Resenhas - Infiltrada

Iohana.Gama 25/04/2023

Relato corajoso e impressionante!
Eu digo que é sempre maravilhoso aprender sobre outras culturas, seja ela qual for, e nesse caso não é diferente, mesmo com todos os pesares. É um choque de realidade e um "chega pra lá" nas nossas reclamações cotidianas.

Sempre me interessei muito em conhecer mais e mais sobre a cultura asiática em modo geral, e sempre busco muito sobre a Coreia do Norte por saber que o regime político matou e continua matando milhares de pessoas, que grande parte da população está em luta constante por sobrevivência e não existe viver por si só ou por sua família, apenas pelo GRANDE LÍDER.

E esse livro é um ótimo relato de parte da realidade de lá. Falo em parte porque como em todo o país, sempre há limitações de locomoção por lá, então a escritora só teve acesso a nata da nata. Mas é tão interessante quanto outros relatos que já li sobre a parte pobre do país. É riquíssimo em detalhes e surreal como o comportamento das pessoas dizem muito sobre o sofrimento que passam ao mesmo tempo em que não dizem nada.

É o tipo de livro que eu recomendo pra qualquer tipo de pessoa. É muito bem escrito, com ótima ordem cronológica, rico em detalhes e um ótimo lembrete do quão privilegiados somos, e o quanto nos esquecemos disso quando nos perdemos em tantas reclamações no dia a dia, quando tantos não sabem nem o que é LIBERDADE.

Lily.Lyli 25/03/2023

1984 da vida real
Que livro!

Esse livro sem dúvida é 5 estrelas, 5 estrelas porque nos faz imergir numa narrativa que nunca pensamos que em pleno século 21 possa estar acontecendo. É assustador se sentir preso dentro de suas próprias mentes e saber que à qualquer momento, sua mente pode lhe trair e lhe condenar a um destino cruel, é assustador pensar que esses jovens nunca tenham comido sorvete ou tenham sido devidamente vacinados quando eram bebês mas ainda sim serem tão sonhadores. Claro que eles são rudes, machistas mas entendam que o regime faz com que eles sejam assim. A nata da nata tem condições de vida semelhantes a pessoas que moram na pobreza e vive de benefícios sociais, vocês tem noção disso? Ah! Mas quanto a população mais pobre? São tratados pior que verme, como escravos sujos e podres. Suki Kim descreve eles como zumbis. Vocês não tão ligados o quanto isso me abalou. Eu queria pegar aquela senhora que a Suki Kim viu e botar ela no potinho e proteger ela, eu sei que ela deve tá mortª hoje porque pelo modo como a Suki descreve ela, ela já tinha pra morrer mas ainda sim eu quis pegar ela e fazer uma refeição pra ela e dá um banho nela e botar ela numa cama quente e macia. Eu queria simplesmente abraçar todo mundo que vive lá e eu queria cuidar deles. Eu sou pobre mas eu como ovos, carne, pizza, açaí e durmo numa cama quentinha, tenho acesso a remédios e a internet, filmes da Disney, mas mais do que isso, eu tenho acesso a escolhas. Esses relatos é sobre não poder escolher e isso me matª por dentro. Eu vou me lembrar pra sempre desse livro.

Romeu Felix 24/02/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
A obra "Infiltrada por dentro da Coreia do Norte, a ditadura mais secreta do mundo" é um relato da jornalista e escritora sul-coreana Suki Kim sobre sua experiência de dois anos como professora de inglês em uma universidade de elite na Coreia do Norte, durante a última década do regime de Kim Jong-il. A autora conta como foi selecionada para o trabalho e as dificuldades que enfrentou para se adaptar à cultura e às regras rígidas do país, que se revelou muito diferente do que ela imaginava. Ela descreve a vida cotidiana dos norte-coreanos, suas limitações e os esforços das autoridades para manter a população isolada do mundo exterior. A autora também expõe as contradições e as hipocrisias do regime e as estratégias usadas pelos alunos para se comunicar com o mundo exterior.

Comentário:

"Infiltrada por dentro da Coreia do Norte, a ditadura mais secreta do mundo" é um relato surpreendente e corajoso da jornalista Suki Kim sobre sua experiência de vida em um dos países mais fechados do mundo. A autora oferece ao leitor um vislumbre raro da vida cotidiana na Coreia do Norte, que é revelada como uma sociedade profundamente controlada e reprimida, onde as pessoas são forçadas a seguir um conjunto rígido de regras e costumes. Kim também apresenta o retrato de uma elite privilegiada e completamente desconectada da realidade da população em geral. A leitura é cativante e, em muitos aspectos, perturbadora, uma vez que traz à luz as violações dos direitos humanos e a repressão política do regime norte-coreano. A obra é uma fonte importante de informação para aqueles que desejam compreender a dinâmica política e social da Coreia do Norte e é uma leitura essencial para quem quer entender a importância da liberdade individual e da democracia.
Por: Romeu Felix Menin Junior.

Rê_2021 28/10/2022

Pena ou raiva?
Até que ponto vale se arriscar num país tão fechado e severo? Admiro a autora pela coragem que talvez nunca teria. Fico imaginando se, após a publicação do livro, ela não tenha sofrido nenhum tipo de perseguição. Poderia ela entrar na Coreia do Norte novamente? Como professora de inglês, admiro a dificuldade de selecionar material que esteja de acordo com a vontade e permissão do governo ; não sei se conseguiria esconder meu espanto com a ingenuidade e falta de conhecimento do mundo externo por parte dos alunos. Até que ponto isso funciona? Não acredito que um dia esse regime mude. Adorei as experiências da autora, por mais tristes e desconfortáveis que tenham sido. Mas acredito que, para ela, também foi uma grande lição.

Jamile 09/09/2022

A Coreia desnudada
Ler o relato da professora Suki é como enxergar a Coreia por trás das cortinas. Já havia lido livros q traziam relatos de desertores, mas nunca de alguém em primeira pessoa.
Eu termino esse livro desejando que essa configuração mude, q o seu povo tome o poder e as rédeas da própria vida.

Lia 31/08/2022

Um país que vive na mentira
Me deu um aperto no coração ler algumas passagens mostrando a ingenuidade desses jovens e as suas certezas baseadas em mentiras ditas pelo governo.

O objetivo da autora era "ajudar as pessoas de fora a enxergar os norte-coreanos como pessoas de verdade, como pessoas com quem podemos nos identificar, para que possamos começar a nos importar com o que acontece com elas."