Ro_ 15/02/2022Coloquei muita expectativa e me decepcionei um poucoSendo bem sincera, o livro não é ruim! Mas acho que talvez não tenha sido o momento ideal para eu ter essa leitura, o que me fez ler meio que por obrigação (já que eu não queria abandonar a história), e isso pode ter deixado a experiência ruim para mim.
Vamos começar falando dos personagens e depois do desenvolvimento da história, ok?!
- Declan Coffey é perfeito, eu me apaixonei por esse personagem no segundo em que eu li a sinopse e logo nas primeiras páginas eu já soube que ele seria um dos meus crushes literário principal (sério, esse garoto é 100% do estereótipo que eu tenho uma quedinha). E acredito que eu finalizei o livro única e exclusivamente porque eu queria saber como as coisas terminariam para ele.
- Georgina Sinclair, para mim, é um poço de arrogância e eu não consegui me conectar com a personagem. No começo eu até achei ela incrível e poderosa, mas com o passar das páginas eu não senti uma evolução dela (em alguns momentos eu até achei que ela regrediu...). Confesso que alguns dos capítulos narrados por ela eu pulei vários parágrafos (mas isso é assunto para a parte de descrever a história, não a personagem), e achei seu fim meio bobo e previsível.
- Os pais dos protagonistas:
- Os pais da Georgina são até legais, gostei deles, mas tirando sua participação no plot (para criação do fake dating), eles não foram muito relevantes para a narrativa.
- As mães do Declan, eu amei as duas senti falta de uma maior aparição delas (principalmente depois que o Declan teve seu coração partido e ficou na fossa kkkk). Mas durante boa parte do livro elas nem deram as caras e eu só consegui pensar no meme "a mãe de vocês morreram?", já que mal foram citadas.
- Aproveitando aqui para falar da irmãzinha, a Arizona, perfeita! Ela carregou o romance nas costas!! Mas acho que pesou um pouco da personalidade dela deixá-la tão madura (não digo isso por ela ter síndrome de down, acho até que isso foi bem colocado e bem tratado na história, mesmo que meio superficial), digo isso por ela ter SEIS ANOS e às vezes se portar como uma criança muito mais velha (tanto em falas como em gestos, além de deixarem ela sozinha em casa em uma cena ?).
- Já os amigos de ambos foram meio que jogados de escanteio. Sei que as amigas da Georgina tem seus livros próprios (por mais que eu não tenha os lido), e por isso eu acho que ok não se aprofundar nelas. Mas os amigos do Declan eram literalmente usados para ou aproximar o casal ou para falar do casal, depois sumiam por capítulos... Senti falta de uma maior interação deles fora do contexto de ajudar os principais.
Então em resumo, tirando a Georgina (que eu detesto), todos os outros eu consegui criar algum laço - mesmo que só empatia. Mesmo sentindo que faltou um pouco de profundidade para cada um.
Agora vamos falar sobre a história em geral e o que me fez não gostar muito:
- A proposta da sinopse é MUITO boa!!! Eu amei a ideia do clichê invertido, amo quando tem fake dating.... MAAAAS eu não curto instalove (entendo que o Declan gostou dela assim que a viu, mas acho meio pesado em dizer amor a primeira vista..). Mas fora esse pequeno detalhe a ideia geral é boa.
- Mas agora sobre a escrita eu tenho minhas ressalvas. É ruim? Não, a autora escreve bem para cacete! Mas eu acho que tem muita repetição e floreio na maneira como ela escreve (até brinquei enquanto lia sobre o pavor da autora em escrever "olhos", toda hora os substituindo por "orbes" ou "glóbulos". Nas primeiras vezes foi ok, depois me torrou a paciência). Também tinha MUITOS parágrafo que diziam a mesma coisa repetidas vezes com sentenças diferente, ou até mesmo algo assim: o personagem escuta tal coisa dita por outro, daí ele vai repassar a frase na cabeça - ao invés de só mencionar que vai pensar, NÃO, a frase era reescrita em itálico (tipo, gente eu acabei de ler, eu ainda tenho a frase gravada na minha cabeça, não precisa reescrever). E por isso, como eu disse na parte da descrição da Georgina eu saltei MUITOS parágrafos e isso não me atrapalhou a entender a história.
- Uma coisa que me incomodou de verdade foi que eu gostei muito da proposta da história por conta do trabalho de fotojornalismo, mas a autora jogou isso pro alto quando os personagens começaram a interagir mais. EU, particularmente, senti falta de falarem mais sobre o trabalho, mencionar sua criação e a interação (porquê ao meu ver, o Declan já amava a Georgina, e ela foi de uma maluca tarada para alguém que está apaixonada, e "??? ????? ?? ??? ???? ?? ???????????" mas eu não vi o amor dela surgir).
- Em falar sobre o trabalho de fotojornalismo, que hora PODRE para expressar seus sentimentos, hein Sinclair.
- Gente, o trabalho era para falar do Declan (a prof disse que era Lara mostrar um outro lado DOS JOGADORES), mas a bonita egocêntrica deu um jeito de falar um pouco sobre o fofíssimo do Coffey e logo inverter para falar dela, dos sentimentos dela e como ELA o magoou (se eu fosse a prof iria elogiar ela pela declaração e pelo namoro, mas daria zero pelo trabalho. Sério! Seis meses de prazo, para ela vir falar de sentimentos??????).
- Para mim, eu senti que o Declan realmente gostava dela e a Georgina só fez todo o discurso de garota arrependida porque perdeu o único trouxa que fazia 100% suas vontades. Não senti arrependimento da parte dela e para mim (se eu pudesse mudar o final), eu arrumaria uma garota linda e incrível para o Declan, e ainda falaria "Então, Georgina, você não gosta/não acredita no amor, quer ser livre e voar por aí. Você pode fazer isso, e o meu cristalzinho está feliz com alguém que o ama!!"
- O epílogo foi fofo, teve uma interação com outros personagens não citados antes, e se passa alguns meses depois (eu gostaria que fosse alguns anos depois, para ver o Declan sendo um jogador profissional, e a Georgina sendo a assessora dele. Já que ambos mencionaram no livro que esses eram seus sonhos...).
De um modo geral é um livro bom, dá para passar o tempo e se divertir. Mas não é algo que eu releria ou recomendaria como uma panfletagem aleatória.
Gostei dos personagens mas não me apeguei a definitivamente nenhum.