Pipo 17/04/2023Perfeição e Espiritualidade. São Boaventura, o Doutor Seráfico, dirige palavras, conselhos e admoestações a São Luís da França e a Santa Isabel da Hungria. Exsurge dos seus escritos que uma vida perfeita não destoa da Vida do Evangelho, que uma coisa leva a outra, como consequência necessária. Nosso Senhor, cuja vida não se iguala, delineou os caminhos indispensáveis para que o católico pudesse se fazer perfeito. E, perfeição não é sinônimo de abundância, riquezas e louvores, mas, sim, de humildade, amor e fé. A espinha dorsal dessa obra concentra, portanto, forças em mostrar que estamos numa experiência terrena a exemplo do Cristo crucificado. Que é vão e ilusório portar-se de maneira antagônica. Que mais vale deixar-se entregar nas mãos Daquele que por nós tudo faz e que sabe qual caminho devemos trilhar. Talvez estes sejam os melhores pensamentos para resumir o que São Boaventura muito bem sabia: abandonar esse mundo miserável e fétido para alcançar o mundo por excelência, que é a Jerusalém Celeste.