Resenhas - Em Troca de Um Coração

patriciadesa 03/06/2022

Em Troca de um ?
Me incomodou muito a similaridade com o livro A Espera de um milagre de Stephen King, mas o que doeu mais foi a forma de construir os personagens, o principal Shay Bourne parecia uma caricatura ruim de Jonh Coffe, e Maggie nem dá para entender as motivações dela,se é ajudar o Shay ou desencalhar e batalhar com a baixa estima , só se tem alguns flashes da mãe e da menina que precisa de um transplante. Enfim já que autora resolveu fazer uma versão mais atual do King eu gostaria que ela desse mais profundidade aos personagens.

Marcola. 06/12/2013

Uma história de morte e vida
Este é um livro que provavelmente nunca leria se não fosse para o debate em um grupo. Aí está mais um boa razão para participar de grupos de debate, conhecer livros que você normalmente não leria.

"Em Troca de Um Coração" conta a história de Shay através do ponto de vista de alguns personagens que tiveram contato com Shay de alguma forma. Achei boa este tipo de narração porém o personagem principal não foi tão explorado quanto devia, acho que a autora usou isto para aumentar o mistério sobre ele.

O livro trás discussões interessantes sobre religião, pra mim o melhor do livro, mesmo com alguns erros graves de pesquisa(segundo meu amigo Augusto). Novamente a variedade de narradores com credos diferentes trás ao leitor vários pontos de vistas. Desde o padre Michael até a descrente Maggie( pra mim de longe a melhor personagem) todos trouxeram algo que me fizeram pensar na realidade das religiões.

Tenho que destacar duas partes que mais gostei. Primeiro quando juiz da seu parecer favorável a Shay, mesmo falando aquilo e pensando outra coisa, ele teve um pensamento bem próximo do meu. "Pessoalmente acho que é tão válido tirar as folhas secas do relvado de um vizinho idoso no fim de semana, ou escalar uma montanha e maravilhar-se com a beleza da terra em que vivemos como cantar hosanas ou ir à missa. Por outras palavras, acho que cada homem encontra a sua própria igreja: e nem todas têm quatro paredes". Incrível! Que pensamento bonito. E a segunda é todo o discurso de Maggie após a execução que termina com: " O que nos resta é a morte, sem humanidade. Portanto digam-me... esta execução fez-vos sentir mais seguros? Juntou-nos mais? Ou separou-nos ainda mais? Toda análise feita por ela é muito boa.

Particularmente não gostei do final, mas o livro é bom.