Pesado

Pesado Kiese Laymon




Resenhas - Pesado


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Maurice3 13/04/2024

Um livro pesado.
Kiese Laymon escreve de um jeito nu e cru e isso me faz aprofundar mais e sua própria visão. Cada parte desse livro me fez entrar em um poço de pensamentos. Simplesmente sublime.
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skuser02844 03/04/2024

Que leitura cansativa, pesada, exaustiva! Varias vezes me perdi, ficava sem entender o que estava acontecendo. Mas no fim, consegui entender um pouco do que o autor quis mostrar neste livro. A vida de uma criança negra e gorda nos EUA não foi nada fácil, sua mãe tentava fazer o melhor para que ele tivesse uma boa vida e que não sofresse tanto com o racismo, mas ela fazia de uma forma bem abusiva em algumas situações (na minha visão). E acredito que por isso ele passou por coisas que não precisava, mas também por isso conseguiu se tornar um professor e escritor.
O que mais me chamou atenção é o que ele conseguiu fazer com seu corpo!!! Levou aos dois extremos por praticamente o mesmo motivo!

O livro não é ruim, e traz uma mensagem bem clara sobre abusos, racismo e excessos. Mas eu não gostei muito do formato, da escrita, só não abandonei porque minha meta desse ano é não abandonar nenhum.
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annylives 09/02/2024

Realmente, um livro de peso!
Ácido, crítico e sensível.

A história, confissão, biografia de Kiese Laymon que aborda vários temas que, se você for uma pessoa negra de classe baixa ou média, vai se identificar em alguns dos diversos relatos contados no livro.
Meu olhar sobre o Sul dos E.U.A. e sobre a sociedade num todo mudou após essa profunda leitura.
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litera_fox 22/12/2023

P E S A D O
Pesado conta a história do autor Kiese Laymon, um jovem negro de Jackson, Mississipi.

O leitor acompanha toda a trajetória desse garoto, que desde a infância esteve cara a cara com a violência. Foi abusado sexualmente e presenciou dois amigos sendo abusados. Mantinha uma relação abusiva com o seu corpo ao ponto de chegar ao extremo para emagrecer e depois engordar ao ponto de não conseguir se encontrar.

Kie foi criado por uma mãe rígida, que por muitas vezes tinha comportamentos abusivos, mas o leitor acaba não tendo como tomar uma posição contra a mãe. Porque como podemos condenar uma mulher negra que foi mãe solteira e que sempre fez de tudo para manter seu filho vivo? Que sempre teve que ensiná-lo a sobreviver e não ser mais um dos jovens a ter a cabeça estourada por um policial branco? Que além de lutar por ela e pelo filho, tinha que lutar por outras pessoas negras? Que por muitas vezes quase não tinha o que comer? Que também era vítima de um sistema opressor que negligenciava corpos negros?

Kie foi uma pessoa incrível, que lutou para ser ouvido, que nunca abaixou sua cabeça para os brancos. Ele mesmo dizia que jamais deixaria de levantar, que podiam derrubá-lo, mais ele nunca permaneceria no chão, e foi o que ele fez.

Os Estados Unidos sempre foi um país racista ao extremo, exterminando corpos negros como se fossem ratos e baratas, mais Kie jamais deixou que o vissem dessa forma. A forma como ele lutou por si e por seus irmãos e irmãs de luta foi inspiradora e única.

No livro temos tantos aspectos da vida de um jovem negro abordado, desde a relação conturbada com a família, a relação abusiva com o seu corpo, as mentiras que contava porque era mais fácil do que dizer a verdade, os vícios, as violências, tudo nos é mostrado de uma maneira clara.

Quando Djonga fala "Fogo nos racistas" há pessoas que pensam que a frase é extremista, mas quantos dos irmãos e irmãs negras foram assassinados por brancos? Quanto desses irmãos e irmãs negras tiveram seus corpos mutilados e violados por homens e mulheres brancos? Foram vários, milhares, e isso não está apenas no passado, está no nosso presente, histórias foram construídas em cima de sangue negro, países foram construídos em cima de sangue negro, e mesmo assim há pessoa que acham exagerado a frase "Fogo nos racistas".

Kie por algumas vezes se perdeu, e nessas perdas demorou muito para se encontrar, mais se encontrou, se descobriu, lutou por ele e por aqueles que não podiam lutar.

Pesado é um livro que deveria ser lido por todos, sejam irmãos ou irmãs negras, mas também por brancos, para que possam entender que por jamais poderão exterminar o povo negro.

Pesado é um livro para se refletir e finalizar pensando "Morte aos Estados Unidos" e "Fogo nos Racistas".

A abundância negra vive, a abundância negra resiste e a abundância negra nunca morre.
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Raio 20/10/2023

PESADO
Leitura densa, lenta e literalmente pesada. O autor faz sua autobiografia de forma mais nua e crua possível.
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Guto 14/10/2023

Um dos livros mais honestos que já li
Sim, é uma autobiografia como tantas outras. mas a honestidade bruta que ele coloca em todos os momentos me fez me apaixonar pelo livro, pela história, pela relação conturbada e amorosa com a mãe.

os problemas que todos nós podemos enfrentar. os problemas que apenas pretos enfrentam. a ambição de ser alguém no mundo, o orgulho de pertencer, as dificuldades de pertencer.

é um livro 5 estrelas. difícil, pesado (realmente), tenso, brutal.

mas é um livro 5 estrelas.
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Ana Carolina C. Crescencio 09/10/2023

O título não te prepara para o que está por vir
O livro é denso, lento. Pesado. De muitas formas, em muitos níveis. De uma sinceridade e crueldade que trazem à tona a realidade da narrativa.

Abordando temas profundos, como racismo, relações familiares, autoestima e compulsão alimentar, com muita sensibilidade o autor provoca o leitor a um olhar pela perspectiva de um jovem negro, periférico e gordo. Em uma montanha-russa de emoções, o livro se mostra cruelmente real.

"Acho que nós todos somos pessoas quebradas. Algumas pessoas quebradas fazem tudo o que está ao alcance delas para não quebrar outras pessoas. Se nós vamos ser pessoas quebradas, eu só fico aqui imaginando se poderíamos ser esse tipo de pessoa quebrada a partir de agora. Acho que é possível ser uma pessoa quebrada e pedir ajuda sem acabar quebrando outras pessoas."
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danilo_barbosa 05/10/2023

O peso do mundo no corpo
“Pesado” é mais que um livro de memórias. É catarse, dor e livramento. Transforma-se no decorrer de suas páginas uma narrativa ambivalente de compulsão e autodestruição, numa forma de expor e, ao mesmo tempo, exorcizar de si todas as dores e fissuras que o escritor Kiese Laymon adquiriu durante sua existência.
Não espere desse relato um final feliz, onde um homem preto e gordo se sobressairá diante de uma sociedade que o massacra. Em cada frase cuspida, solta e explodida do fundo de seu cerne, vemos alguém que se vincula à dor e sofrimento de tal forma que sobrevive como pode, acostumando-se a apanhar, errar e carregar a desesperança à tiracolo.
O peso, exposto no título em letras garrafais, vai além do corporal… Vem das expectativas da mãe, da necessidade de mudança, das frustrações que carrega em si, das tentativas de aparecer e desaparecer no mundo, ora comendo os restos de pizza dos residentes do alojamento na faculdade, retirados do lixo, ou de correr 30 quilômetros até os quadris não aguentarem mais… É essa sensação de carregar o mundo nas costas de termos de ser melhores, mais dedicados e menos questionadores que os outros, como se o fato de ser uma pessoa preta e bem-sucedida fossem algo descabidos e questionáveis. Essa necessidade colonizadora de ter de se provar sempre o primeiro diante do outro para ser aceito como terceiro no ranking de merecimento.
A cada capítulo percorrido o livro me atraía e me afastava, me cortava e me curava de uma forma como poucos fizeram. Mais que isso, colocou diante de mim a crueza de uma vida normativa e preconceituosa, onde uma sociedade minoritária que se diz a maioria teima em nos moldar, cortando e nos fazendo sangrar, na tentativa de nos remodelar quebrando a nossa identidade. Esse é relato verdadeiro e catártico de alguém que faz o que pode para sobreviver em um mundo destroçador… E cabe a cada um de nós, ao terminar esse relato, perseverar essa mensagem ou ver formas de quebrar esse ciclo que reflete em cada um de nós.
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Beatriz 28/09/2023

Um livro muito interessante, o autor nos mostra sua história, discorre sobre as memórias de sua infância, adolescência e vida adulta, as dificuldades e desafios de ser um homem negro nos Estados Unidos, a sua relação tão conflituosa com a mãe, seus medos, seus segredos, suas ambições? Seus vícios, como os jogos de aposta e sua briga constante com a balança, ora comendo muito e chegando a pesar quase 150kg, ora não comendo absolutamente nada, correndo e se exercitando como louco e tendo menos de 5% de percentual de gordura, tudo fruto de sua ansiedade e sua busca constante de fugir de si mesmo? Traz bastante reflexões sobre diversos temas importantes.
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Luciana 25/09/2023

Pesado - Recomendo
Esse livro faz juz ao nome. Kie relata sua vida e suas experiências sendo um homem negro e gordo nos Estados Unidos. É bem triste e revoltante ver o relato da luta contra o racismo por uma pessoa preta. Eu fiquei muito frustrada em alguns momentos, parece que toda essa luta é em vão. É um livro bem reflexivo, que me fez pensar em como eu, mulher branca, posso ajudar nessa luta diária contra o racismo.
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Jessica 06/09/2023

Eu queria poder reler esse livro mil vezes. E quando eu terminasse ele, eu queria reler mais uma. E mais uma.
A experiência estadunidense de ser negro não é a mesma de ser uma mulher negra brasileira. A experiência de ser um homem negro gordo nos EUA não é a mesma de ser uma mulher negra gorda no Brasil. E, ainda assim, eu queria que todas as pessoas brancas ao meu redor lessem esse livro e pensassem sobre o seu poder. Eu estou, há anos, tentando me reconhecer como uma criança negra machucada pelo sistema, que faz com que, apesar de eu amar minha cor, eu odeio o que o sistema fez comigo. Eu estou, há anos, tentando lidar com o vício em emagrecer e o refúgio encontrado nos carboidratos. Esse livro colocou em palavras experiências muito pessoais. Não consegui parar de ler, de devorar cada palavra. Que escrita impecável e que tradução incrível.
Leiam, de onde estiverem no mundo. Geograficamente ou não.
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Gabriel 06/08/2023

Bom
O livro é muito pesado em diversos sentidos, meio pa mas bom, gostei, só o final que achei meio esquisito, mas passa uma mensagem legal.
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Fran Piva 15/06/2023

Sobre racismo
Por meio de um relato em primeira pessoa dirigida a sua mãe como uma carta, o autor explicita com muita sinceridade os efeitos da educação e relação abusiva da mãe (que assim agiu como uma forma de proteção do filho contra o racismo no Mississipi). O relato aborda o período da sua adolescência até a sua experiência como professor universitário. O principal aspecto da história é como o racismo afeta a subjetividade das pessoas causando sofrimento, relações conflituosas com o próprio corpo e processos de autopunição. O livro dá alguns tapas na cara e faz pensar no nosso espaço de privilégio e como e quanto uma pessoa negra, pobre e gorda precisa se esforçar muito mais do que brancos cheios de privilégios para alcançar determinados espaços na sociedade.
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Giulia29 20/05/2023

Pesado
"[…] os garotos eram treinados para machucar as garotas de uma maneira que as garotas nunca poderiam machucar os garotos de volta, e que garotos héteros eram treinados para machucar garotos queer de maneiras que os garotos queer nunca poderiam machucar os garotos héteros de volta, e que homens eram treinados para machucar as mulheres de maneiras que as mulheres nunca poderiam machucar os homens de volta, e que os pais eram treinados para machucar os filhos de maneiras que os filhos nunca poderiam machucar os pais de volta, e que babás eram treinadas para machucar as crianças de maneiras que as crianças nunca poderiam machucar as babás de volta. Meu corpo sabia muito bem que o povo branco era treinado para nos machucar de maneiras que nós nunca poderíamos machucar o povo branco de volta"
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