Resenhas -

Filino 12/04/2024

Uma obra didática e instrutiva
Um ótimo manual para se compreender um período riquíssimo em discussões e figuras curiosas. Bréhier tem uma exposição didática e em poucos momentos, conferindo um tom bastante fluido à sua exposição, parece estar numa conversa com o leitor. Isso fica demonstrado, por exemplo, quando chega a mencionar uma semelhança entre Francis Bacon e Júlio Verne (ao tratar da capacidade inventiva do primeiro).

O autor estabelece as influências que marcam cada uma das reflexões em análise (se têm traços do agostinianismo; do pensamento de Aristóteles ou de Plotino; de algum outro autor medieval etc.), demarcando ainda a originalidade de cada pensador. E é de se ressaltar que mesmo o vocabulário utilizado no período (que se debruçava sobre "intelecto agente", "emanação", "iluminação", "abstração", dentre outros elementos) não constitui dificuldade para o leitor. Após a sua exposição, Bréhier promove incursões sobre a bibliografia utilizada em várias passagens, confrontando os pontos de vista dos autores utilizados. Uma ferramenta utilíssima para os estudiosos do período.