Serafim Ponte Grande

Serafim Ponte Grande Oswald de Andrade




Resenhas - Serafim Ponte Grande


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JosA225 30/12/2023

Serafim Ponte Grande
Oswald de Andrade, um dos maiores nomes do modernismo brasileiro, da primeira fase, da Semana de Arte Moderna de 1922. O mais anarquista de todos. O livro conta praticamente uma autobiografia, de alguém que é anarquista e não aceita as leis.
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Jonathan153 29/06/2023

Abusa dos experimentalismos; procura "destruir" tudo; mas, no fim, não chega a resultado algum. Porém, tem uns momentos engraçados.
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oilanazu 28/04/2023

?
Não conheço o autor muito bem e só li esse livro dele, então não tenho como fazer uma comparação e afins, mas eu gostei da escrita e de como ela não é contínua e muitas vezes parece quebrada, só que isso causou uma confusão na minha cabeça e tiveram coisas que eu não consegui entender direito na narrativa
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marcelo.batista.1428 20/02/2023


Mais um livro que me encontro pelo objetivo de conhecer clássicos da literatura brasileira do século XX. A edição que eu li traz um prefácio de Haroldo de Campos, cujo título é: “Serafim: Um grande não-livro”, o que já nos traz uma ideia do que vamos encontrar. Desse mesmo prefácio e, de algumas críticas que li, temos: obra com uma prosa fragmentada, aglutinação de gêneros e justaposição de estilos numa colcha de retalhos (textos curtos, frases, cartas, poemas, anedotas), radicalização da proposta ficcional, escrita pontuada pela comicidade e pelo grotesco, pela ironia e trocadilhos.
Consigo apenas tangenciar tudo isso. Penso que me falta referências da época e conhecimento do que foi o movimento modernista para poder me aproximar mais da obra. Percebo o tom cômico e irônico, mas quase nunca ele tem um grande efeito em mim. Em mais de um momento me incomodo com uma prosa, que me parece, elitista e misógina.
Talvez, em outro tempo, eu sendo um leitor mais maduro, o livro ganhe outro lugar em mim. Mas, no agora, não foi uma leitura cativante ou prazerosa, e nem de longe, consegui captar o porquê do seu destaque na literatura nacional.
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1001 Páginas 08/04/2021

"Tudo é tempo e contra-tempo! E o tempo é eterno."
Achei um livro bem ok, em alguns momentos achei a escrita um pouco confusa. Mas é uma boa leitura.
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Thalya 24/10/2020

Uma esfinge modernista
O que dizer de um livro desmontável, repleto de "flashbacks" a lá cinema e suas montagens de cenas e de personagens?

"Serafim Ponte Grande" de Oswald de Andrade tem a capacidade de extrapolar a estrutura de um romance tradicional, o que deixa o leitor desacostumado, um pouco tonto ou confuso, de início. Mas conforme a narrativa - ou a não-narrativa, melhor dizendo - continua começamos a formas quadros de quem seria seu protagonista irônico, burguês e quase poeta, como és Oswald. Inspiração em si mesmo? Sim e não, pois o escritor vai além de aspectos autobiográficos e chega no ápice de um carnaval de sentimentos, sensações e descobertas de formas para construir uma narrativa.

Há uma brincadeira de palavras, na linguagem desmontada, capaz de suscitar imagens e demonstrar que o homem da década de 30, contexto pós-primeira guerra e época de modernização, se encontrava fragmentado, à procura de um novo sentido para sua vida mequetrefe e efêmera. Serafim Ponte Grande procurou em um casamento, em romances furtivos, em viagens e na própria antropofagia de outras perspectivas -, a cultura brasileira que assimilava e engolia a outras, se metamorfoseando em outra, mais forte e potente. Mas ainda assim, ficou à beira procurando e sempre procurando. Afinal, procuras existenciais são contínuas, não é?

Publicado em 1933, "Serafim Ponte Grande" é essencial para quem desejar conhecer e compreender mais desse momento político, cultural e histórico que foi a década de 30, marcada por extremos. Portanto, bem parecida com a nossa.
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Jeanne22 05/01/2018

Caramba, que livro confuso, chato, não sei nem o que dizer.
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Valnikson 23/07/2016

1001 Livros Brasileiros Para Ler Antes de Morrer: Serafim Ponte Grande
Figura de destaque do cenário artístico brasileiro na primeira metade do século XX, Oswald de Andrade articulou nossa identidade cultural com propostas vanguardistas e experimentais. Pregando a antropofagia estética e a liberdade ideológica, o paulista foi autor principalmente de poesia e teatro, também contribuindo para várias revistas e jornais, além de organizar e fundar seus próprios periódicos com a ajuda e influencia de amigos. Todavia, foi com a prosa ficcional que o escritor empregou com maior ênfase a crítica debochada ao purismo da sociedade e a desconstrução dos padrões literários então vigentes. A interessante narrativa de 'Serafim Ponte Grande', concebida por ele entre os anos de 1925 e 1928, foi encarada mais tarde não como um romance, mas como uma verdadeira “invenção” textual de estrutura extremamente diversa e maleável. (Leia mais no link)

site: https://1001livrosbrasileirosparalerantesdemorrer.wordpress.com/2016/07/23/69-serafim-ponte-grande/
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jota 29/03/2016

O não-livro de Oswald
As obras de Oswald de Andrade (1890-1954), assim com as de Mário, são fundamentais para o entendimento do movimento modernista nas letras. Além do Macunaíma de Mário, outros dois livros de Oswald, Memórias Sentimentais de João Miramar e este que terminei de ler, Serafim Ponte Grande, constam de todas as listas dos livros brasileiros mais importantes do século XX.

Serafim foi escrito entre 1925 e 1929 e publicado em 1933. É tido pelos críticos como uma grande paródia literária em forma de colagem (como o cubismo na pintura), com textos curtos, frases, cartas, poemas e anedotas, abrangendo uma miscelânea de estilos e gêneros literários poucas vezes vista na literatura brasileira. E que depois inspirou o tropicalismo de Caetano, Gil e outros músicos da década de 1960.

Acompanham esta edição ensaios de Haroldo de Campos, Antonio Candido e Mario da Silva Brito. Mais do que analisar Serafim, Brito desenha um perfil de Oswald de Andrade. Por seu lado Antonio Candido considera a obra, por conta de sua estrutura fragmentada, um fragmento de grande livro. Campos vai mais longe, pega essa ideia e a reelabora: "o Serafim é um grande não-livro de fragmentos de livro."

O texto de Haroldo de Campos é complexo, com referências a James Joyce, Laurence Sterne, Claude Lévi-Strauss e outros autores, mas ao mesmo tempo elucida diversas passagens de Serafim Ponte Grande. Oswald faz referências a tipos, lugares, coisas e fatos passados há mais de oitenta anos e também é extremamente criativo, inventa palavras etc: podemos nos perder no meio desse singular edifício narrativo, do mesmo modo que podemos nos perder em Sampa.

O que Oswald faz o tempo todo é justamente tentar implodir o edifício narrativo tradicional, conforme aponta Campos. Ele afirma que o tema central do livro é "o da libertação: seja das normas narrativas tradicionais, seja da sociedade castradora, tíbia, enraizada em valores falidos." Daí que o volume é pontuado pela comicidade e pelo grotesco, por observações cáusticas, ironia, trocadilhos e muitos palavrões. E, claro, pelo uso de metalinguagem.

A certa altura Serafim, funcionário público do saneamento (referindo-se a São Paulo ele diz: "A paisagem desta capital apodrece"), vendo que seu secretário (que atende pelo nome de Pinto Calçudo) domina uma roda de conversas, produzindo balbúrdia e riso, logo que se vê sozinho com ele grita-lhe: "Diga-me uma coisa. Quem é neste livro o personagem principal? Eu ou você?" E por aí vai...

Claro que não é o tempo todo que a leitura de Serafim Ponte Grande se faz interessante assim; ela representa um desafio para o leitor acostumado com narrativas tradicionais, mas vale a pena conhecer esta obra-prima do modernismo brasileiro, sem dúvida.

Lido entre 27 e 29/03/2016.
Marta Skoober 29/03/2016minha estante
Belíssima resenha, Jota!


Velho, feio, pobre e burro 29/09/2018minha estante
Sim, belíssima resenha.
A título de complementação sobre a citação de Antonio Candido, em um ensaio posterior de 1970 de título "Digressão sentimental sobre Oswald de Andrade", o respeitado crítico atualiza sua opinião sobre Serafim, em uma comparação com outro livro de Oswald, "Memórias sentimentais de João Miramar":
"A leitura de Serafim não permite dizer que é inferior a Miramar ou, como me parecia, um "fragmento de grande livro". É um grande livro em toda a sua força, mais radical do que Miramar, levando ao máximo as qualidades de escrita e visão do real que fazem de Oswald um supremo renovador."




Túlio Demian 05/03/2014

Serafim...será...o..fim?
A prosa fragmentada de Oswald vai além da influência cubista em sua obra. Em Serafim Ponte Grande (1933), no meu entender, ela reforça a própria desconstrução do indivíduo diante da realidade em cacos. A São Paulo de Serafim não se encaixa em sua melopeia do século XIX. Nada mais existe. Nem a cidade que fora símbolo do desenvolvimento do país no ínicio do século, nem o indivíduo burguês tradicional do segundo império, restam apenas os vestígios desses tempos incrustados na epiderme da classe por maquilagens mal-acabadas e melancólicas. Serafim vive a intensidade de sua juventude em atrito com os valores caretas de uma sociedade extremamente hipócrita e arredia aos seus atos.E quanto aos revolucionários? Serafim vai traí-los. Sentimos isso na pele, recentemente, quando fomos traídos por aqueles que acreditamos (qualquer semelhança com o atual governo não é mera coincidência) No entanto, o tempo, sempre ele, acaba por adequar as "bizarrices" na normalidade, e se sua epopeia se desse nos tempos atuais, o excêntrico Serafim Ponte Grande seria adjetivado como um grande "careta". Enfim, definições e valores que se renovam (refazenda) na cíclica história de nossas tragédias.
O grande "não-livro", como afirmou Haroldo de Campos, é o auge da produção de Oswald. Confecção cara do espírito atropofágico, aglutinação de gêneros e radicalização da proposta ficcional e das estruturas do romance. A justaposição dos estilos tece uma colcha de retalhos aquecida e efervescente, ao tempo em que esfria toda a expectativa de certos leitores, acostumados com as marcas retilíneas das tradicionais narrativas.

site: http://contempoemidade.blogspot.com.br/2014/03/serafimseraofim.html
Maria.Clara 25/09/2023minha estante
Linda escrita e análise ?




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