Pollyana 13/02/2022
Resenha por Pollyana Trindade
Lusíada e seu pai, o "Barão do café", um homem vaidoso que insiste em ser chamado de Barão (apesar de não ser um de fato) são surpreendidos pelo noivo da moça, Josias Batista, que ao entrar na sala de jantar, anuncia o rompimento do noivado sem dar um motivo plausível para tal ato.
Apesar de nunca ter visto o homem na vida e nem estar empolgada com o casamento, Lusíada se sente triste, pois casar-se com ele era a única forma de não perderem a fazenda. No entanto, esse não seria o único, nem o pior problema que surgiria em suas vidas. 😱
Josias é encontrado a beira da morte, completamente espancado. Sendo as últimas pessoas a terem o visto com vida, o pai de Lusíada, o Barão, se torna o principal suspeito da tentativa de homicídio.
Para ajudar a inocentar o pai e procurar o verdadeiro culpado, Lusíada foge de casa e parte em um missão perigosa em busca de respostas ao lado de sua companheira, Suriane. O que ela não sabia é que o mundo poderia ser muito mais cruel do imaginava e que encontrar as respostas para solucionar esse crime não seria tão fácil quanto pensava. 👀
A primeira característica da história que me chamou bastante atenção foi a época em que se passa, em 1882.
Além de narrar os costumes de uma forma bem natural, o autor consegue nos fazer sentir como se estivessemos vivendo no mesmo período que os personagens.
Alguns debates como os direitos das mulheres, o preconceito e a escravidão, apesar de não serem o foco da história, foram muito bem retratados, fazendo o leitor refletir sobre como era difícil viver naquela época, ainda mais fazendo parte de uma minoria ou sendo apenas alguém diferente, fora dos padrões.
"A Burguesinha" está longe de ser uma história puramente romântica. Apesar de conter momentos de romance e drama, o livro nos proporciona momentos de suspense, investigação (por parte de querermos descobrir quem tentou matar Josias e o porquê), toques sobrenaturais e ainda citações folclóricas que dão um ar mágico, juntamente com a figura das duas queridas bruxas, Hilda e Caboclinha.
Sendo um livro narrado em terceira pessoa, vemos a pesperctiva de vários personagens paralelamente, como se estivessemos assistindo a uma série onde possuí cortes de cenas. Foi um dos pontos que mais gostei, porque cada personagem tinha um toque único, o que tornou tudo mais interessante.
É difícil dizer qual parte do livro mais gostei, até porque não foram poucas!
Cada momento me gerou uma sensação diferente e contribuiu para o desfecho da história. A cada capítulo ficava mais curiosa para ler o final.
E, falando no final, como foi? Bom...Não posso dar muitos detalhes, mas o que posso dizer é que foi surpreendente (apesar de algumas partes já saber, lá no fundo, que não poderia ser diferente) e muito condizente com toda a história. ❤️
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