Mel ð¯ 22/02/2024
Histórias que sobrevivem para dar vida
Uma demonstração de como uma boa fantasia em forma de livro pode sobreviver ao tempo, construindo sonhos e salvando a alma de pessoas através das gerações.
Nesta história primorosamente bem construída acompanhamos, com capítulos com trocas de perspectivas, cinco personagens: Anna, uma garota curiosa e sonhadora, diferente de todas as outras na falida Constantinopla em seus últimos momentos antes da queda; Omeir, um garoto sensível e amante dos animais, com o rosto deformado por um lábio leporino que leva a expulsão de sua família de um vilarejo otomano, também no final do século XV; Zeno, um ex-soldado que lutou na Coreia durante a segunda guerra, agora com seus seus 86 anos por volta de 2020, e a retrospectiva de sua história desde a infância; Saymour, um jovem excêntrico e idealista que apenas encontra conforto em um bosque ao lado de sua casa com seus ?HomensAgulha? e sua ?Amigafiel?, nos anos até 2020; e, por fim, Konstance, uma garota crescendo abordo da nave Argos em uma missão em direção à Beta Oph2, um plante a mais de 42 mil anos-luz da Terra, em anos indeterminados do futuro.
Ao longo do livro vamos acompanhando as personagens e assistindo aos fios de suas histórias se emaranharem, improvavelmente unidos pela história de um livro chamado Cuconuvolândia, escrito por Antônio Diógenes em grego no século II.
Ao mesmo tempo que acompanhamos as personagens, também somos apresentado a Éton, o personagem do livro que uniu todos os outros e podemos desfrutar da tradução dessa história que sobreviveu a séculos para dar vida a tantas outras.
O final me surpreendeu e me agradou bastante.