mia 22/02/2024
Como o Zafir pode te amar, Danika?
Não vou me estender aqui, tudo o que posso dizer é:
É um livro de 288 páginas que parece ter 700; é engraçadinho no começo, mas depois fica chato e entediante, saturando os mesmos diálogos e monólogos. Cheguei no meio do livro e parecia que estava no começo.
Zafir é um fofo, querido, mas deveria fazer terapia, e a autora errou muito ao colocar que ele curou um trauma com um chá de... (vocês sabem do que). Uma paixonite. Ele merecia alguém melhor do que a Danika.
Danika é insuportável, muito chata, demonstra uma segurança inexistente e precisa urgentemente de terapia. É compreensível, mas essa narrativa se torna cansativa quando se estende até o final. No começo, ela é engraçada, toda galera, mas depois é só ladeira abaixo. Independente da visão dela sobre relacionamentos, o ponto de vista dela sobre as pessoas com quem se relaciona casualmente é péssimo e injustificável (para uma pessoa adulta), tipo... simplesmente não é aceitável você tratar alguém que você tem algum tipo de carinho como um vibrador ambulante. A militância dela, em grande parte, é rasa. Ela é egoísta, inconveniente e insensível. No final, o trauma dela, que é colocado como um grande problema e motivo para os comportamentos e pensamentos horrorosos, se resolve em duas páginas. Isso não faz sentido, o que tornou impossível para mim gostar dela.
Essa leitura abordou os mesmos assuntos e tópicos, e ainda assim conseguiu ser totalmente superficial. De qualquer forma, entendo quem gosta; é uma escrita fluída, um livro para ler e descontrair, mas para mim não funcionou. Não dá para esperar um grande desenvolvimento com tão pouco, talvez o erro tenha sido meu.