O Santo das Sombras

O Santo das Sombras Gareth Hanrahan




Resenhas - O Santo das Sombras


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Queria Estar Lendo 25/04/2022

Resenha: O Santo das Sombras
O segundo volume da série O Legado do Ferro Negro chegou pra gente em cortesia da Editora Trama, junto com A Oração dos Miseráveis, e hoje a resenha é pra falar de O Santo das Sombras, essa expansão no universo criado por Gareth Hanrahan que tanto me cativou lá no primeiro livro.

Esse texto vai conter alguns spoilers de A Oração dos Miseráveis.

O Milagre da Sarjeta criou uma cidade de pedra dentro de Guerdon, nosso cenário principal no começo dessa aventura. Depois da catástrofe orquestrada pelos alquimistas para tentar trazer os Deuses do Ferro Negro de volta - que foi impedida no último segundo por uma ladra e um Homem de Pedra - Guerdon enfrenta instabilidade.

Tanto nas ruas, quanto na política, fragilizada depois do incidente com os alquimistas - que, até então, eram a maior fonte de poder político na cidade - e até mesmo em consequência da Guerra dos Deuses que está acontecendo além do mar.

Com uma eleição de aproximando para tentar estabilizar a cidade, e espiões de todos os cantos do mundo invadindo Guerdon aos poucos para encontrar a arma matadora de deuses, é questão de tempo até que a crise se torne colossal e incontrolável - e até que a guerra divina chegue com tudo nesse cenário.

"- Os deuses enviam dragões para flagelar tanto o pecador quanto o homem honesto."

O Santo das Sombras pega esse mundo estabelecido no primeiro volume da série e escala toda a potência dele ao máximo no decorrer das suas páginas. Do começo ao fim, é um livro intenso, carregado em política, reviravoltas e magia.

Gareth Hanrahan já tinha me ganhado em A Oração dos Miseráveis com toda a sua criatividade sem limites na construção de Guerdon e da fantasia que engloba esse universo, e aqui ele se estabeleceu como um autor que eu fiquei muito animada por ter conhecido.

A fantasia de O Legado do Ferro Negro é excêntrica, curiosa e sombria. Toda a questão com os deuses e seus santos, a magia que faísca nas ruas, os mistérios que acompanham o Milagre da Sarjeta, é tudo muito bem explorado nesse volume. É uma expansão de universo, por assim dizer, porque antes era só sobre Guerdon. Agora, é sobre o mundo.

Não apenas a cidade de comércio que se tornou familiar pra gente, mas Haith e Ishmere também. Dois territórios distantes, muito mais maculados pela Guerra dos Deuses, cada um com suas peculiaridades e detalhes intrincados que os tornam vivos dentro da história, tal qual Guerdon.

Haith, inclusive, é um cenário importante nessa expansão de pontos de vista, e tem muitos detalhes na sua concepção. É um mundo que reverencia a morte de infinitas maneiras, com uma pegada de mitologia nórdica no que concerne "morrer com glória"; conforme a história avança, conhecemos mais sobre a cultura, as histórias antigas e o que esse lado do mundo carrega como legado. E o quanto isso vai influenciar no que está por vir.

O Santo das Sombras abre com um capítulo carregado do fantástico, que já dita o tom que essa história vai ter. Enquanto em A Oração dos Miseráveis estávamos lidando com um santa relutante, outra santa mal humorada e deuses aprisionados, aqui temos uma explosão de deuses, santos e consequências.

Eu não consigo falar o suficiente sobre como esse esquema dos deuses é criativo e medonho. Eles são entidades superiores, mesquinhas e sedentas por poder; cada um deles, por um tipo de poder. E seus santos são marionetes relegadas a servi-los até se esgotar. As consequências e paralelos disso, em cada personagem conectado às divindades e naqueles ao seu redor, são grandiosas e ganham proporções titânicas com o passar das páginas.

Tal como se espera de uma guerra divina.

Há muitos novos personagens nessa segunda parte da história, abrindo caminho que foi deixado pelos personagens principais do anterior. Eladora, prima da nossa querida Cari, é uma das peças principais dessa nova visão de mundo; ela guia a trama à sua maneira, com seu jeitinho estudioso e cuidadoso, sempre pensando racionalmente onde tem muita emoção.

"- Quando tudo parece perdido, procure a ajuda dos deuses."

Um rosto novo que muito me surpreendeu foi o espião. Falar dele é estragar a surpresa, mas ele aparece de repente e não parece grande coisa, só para se tornar essa grande coisa com o passar dos capítulos. Sua trama, entrelaçada a Guerdon e às divindades e santos, é essencial para o desenrolar desse livro.

Eu gosto de como as personagens femininas são fortes, independentes e extremamente versáteis. Vocês bem sabem que morro de receio de ler autores escrevendo mulheres porque já enfiei o pé na jaca com vários, mas o Gareth escreve suas personagens como deveria ser: como pessoas. Elas têm falhas, tem anseios, tem sonhos. Algumas são corrompidas pelo poder, outras lutam contra ele. Eladora é só uma entre dezenas de outras personagens importantes que aparecem no decorrer da história, e que eu não posso parar para elogiar porque senão essa resenha vai ter muito mais páginas.

O Santo das Sombras é uma fantasia completa para o deleite de quem ama esse gênero. Segue firme e forte no legado deixado por seu antecessor, dando novos ares ao universo, trazendo maiores perigos ao que conhecemos, nos apresentando ao desconhecido para dar visão do que vai se tornar essa série.

"A morte e o dever estão inextricavelmente entrelaçados em Haith. Morrer bem é um dever."

Com cenas de ação, mistério e até mesmo alguns momentos para dar uma aterrorizada, O Santo das Sombras é a sequência perfeita para ditar o tom maduro de O Legado do Ferro Negro. Gareth Hanrahan encerra esse segundo volume com um baque, e deixa espaço para um terceiro livro ainda mais arrebatador.

site: https://www.queriaestarlendo.com.br/2022/04/resenha-o-santo-das-sombras-gareth.html
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Amanda.Moura-@vidadebookstan 08/09/2022

Livro denso... #resenhaVDB
Hoje trago a resenha da fantasia épica ?O Santo das Sombras?, segundo volume da trilogia ?O Legado do Ferro Negro?, escrita por Gareth Hanrahan e publicada pela Editora Trama.

Aviso: essa resenha pode conter spoilers de ?A Oração dos Miseráveis?.

Com o fim do primeiro volume dessa trilogia, ficamos sem ar com o desfecho surpreendente: o Milagre das Sarjetas. Nomeada como Cidade Refeita, essa nova conjuntura mudou completamente o cenário físico e político de Guerdon.

Apesar de tentar manter a neutralidade frente à Guerra dos Deuses, Guerdon está cada vez mais ameaçada, principalmente após os boatos de guardar em seus subterrâneos uma arma capaz de destruir deuses, que eram imortais.

Mais uma vez, Gareth Hanrahan extraiu cada gota do imaginário introduzido no primeiro volume. A narrativa é construída a partir de pequenas tramas particulares de cada personagem, que convergem num confronto épico. Portanto, é um livro denso, que deve ser saboreado aos poucos.

Assim como no primeiro volume, Guerdon, a cidade, continua atuando como um personagem notório. Dessa forma, o centro urbano funciona como uma grande engrenagem viva, dinâmica.

O que me incomodou nessa leitura foi a quantidade de nomes citados. Como são vários personagens centrais e diferentes narrações, fiquei extremamente confusa. Tem um certo protagonista que muda de nome várias vezes, o que me fez ler diversos capítulos sem entender que era ele mesmo. Em 15% de leitura, cheguei a contar 32 nomes pessoais citados, isso sem mencionar os de cidades e de deuses.

Fiquei triste que um dos plot twists da obra é evidenciado logo no começo da experiência literária, o que enfraqueceu essa parte da história. Mas estou curiosa para ler o próximo volume, já que alguns conflitos ficaram sem solução.

Indico essa leitura para os fãs de fantasias épicas detalhadas, que é o caso de "O Santo das Sombras".
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Talita.Chahine @cutucandoahistoria 07/05/2022

Uma jornada alucinante
O livro começa alguns meses após os acontecimentos do primeiro livro, e a gente não sabe muito bem o que aconteceu com a Carri e o Mastro.
Eladora agora é assistente de um politico, e é a única ali que realmente sabe o que aconteceu
Esse livro é bem mais frenético, mesmo tento vários lugares e personagens novos, tudo é muito instigante , e a gente quer saber como a história vai se desenrolar !
Eu fiquei fascinada com esse final, não esperava isso.
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08victoria 03/10/2023

Diferente do primeiro de um jeito bom
O primeiro livro tinha uma história densa e que acaba atrasando a leitura mas ainda sim é um bom livro e esse veio pra mostrar que o primeiro serviu pra apresentar o mundo pra gente. Esse livro me ganhou pq os personagens mudaram de verdade mostrando seus traumas e novas perspectivas falo isso em relação a Eladora que era uma personagem muito chatinha e nesse livro virou alguém por quem a gente torce a todo momento e a cari tbm, além dos personagens novos que são muito carismáticos as tramas que envolvem cada um é seus meios surpreendentes porem "finais" que fazer sentindo no contexto de mundo que eles vivem e gostei bastante e quero que o próximo livro seja traduzido logo
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Pedro P. R. 14/05/2022

maravilhoso
Em 2021 A Oração dos Miseráveis ficou entre as minhas melhores leituras, ou melhor dizendo, foi a minha melhor leitura e sua continuação O Santo das Sombras está tendo um destino semelhante agora em 2022.

Eu demorei bastante para ler O Santo das Sombras por causa do valor pelo qual estava sendo vendido. Para um livro de 632 paginas, considero o preço de 80,00 a 99,99 reais um pouco caro, mesmo que a historia compense cada centavo. Mas consegui uma promoção recentemente que me permitiu adquirir o livro por um valor mais em conta.

A historia nesse segundo volume da série O Legado do Ferro Negro acontece quase um ano após os acontecimentos do primeiro livro. Os protagonistas no inicio da narrativa são novos, com um ou outro personagem que tinha um foco secundário na primeira trama ganhando foco.

Algo que ficou bem legal nesse segundo volume foi a expansão do universo criado por Gareth Hanrahan. No primeiro a historia está praticamente focada na cidade de Guerdon, enquanto agora conhecemos um pouco mais do resto do mundo, principalmente da Guerra dos Deuses, bastante mencionada no livro 1, mas batendo nas nossas portas no livro 2.

O inicio desse livro acaba tendo um ritmo mais lento que seu antecessor, já que precisa apresentar todo um novo cenário e novos personagens, mas o ritmo da leitura é tão fluido que você consegue devorar com facilidade as paginas, terminando capitulo atrás de capitulo.

Apesar dos novos protagonistas, os antigos também se fazem presente na narrativa, como personagens secundários ou recuperando seus próprios pontos de vista ao decorrer da historia.

Agora que terminei a leitura, estou ansioso pelo lançamento do terceiro volume, The Broken God e espero que a TRAMA não demore em trazê-lo para o Brasil.

Lembrando galera que hoje 14/05 teremos uma live as 19h com o M. P.NEVES conto com a presença de vocês lá.


site: https://www.instagram.com/autorpedropr/
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L D 25/09/2023

Fantástica continuação para The Gutter Prayer
É uma continuação bem diferente do que estou habituada, novos personagens são introduzidos enquanto os principais do primeiro livro são deixados em segundo e terceiro plano, com exceção de Eladora que é ''promovida'' e ganha muita importância. Mas é uma mudança bem vinda juntamente com a expansão dos limites da história para todos os continentes ao invés de se concentrar somente em Guerdon.
Esse livro é essencialmente sobre conspiração, guerra e espionagem onde 3 personagens cada um com seu objetivo em mente tentam lidar de suas próprias formas com o resultado da luta contra os Deuses do Ferro Negro e a eminente guerra dos deuses que chega à Guerdon, e em algum momento os 3 pontos de vista, o de Eladora, o do Espião e de Terevant se unem, o completo oposto do que ocorreu no primeiro livro.
O Espião certamente é de longe pra mim o personagem mais interessante de todos, assumindo várias identidades ele tem uma missão na cidade, uma missão de guerra que não pode falhar. E com isso as várias personalidades que ele cria para ser bem sucedido acabam cedo ou tarde se conflitando, não como se ele tivesse um problema psicológico mas sim porque cada uma acaba tendo objetivos que se atritam, e isso é fantástico, agoniante porém fantástico. É preciso muita atenção nos capítulos dele, pois ele usa vários nomes.
Eladora não fica muito para trás, ela teve um desenvolvimento sublime. Ganhou importância política e passa pelo sonho, ou pesadelo, de viver a história pela segunda vez, enquanto fantasmas do seu passado voltam para tirar daquele compartimento velho e empoeirado da sua mente coisas que ela queria esquecer. Toda a força dela é exposta nesse livro.
Terevant é um caso curioso. A jornada dele é de provação após um grande fracasso e de viver constantemente na sombra de seu irmão de sucesso, Olthic. De onde eles vêm, Haith, a morte é mais importante do que a vida, e morrer em uma casta boa pra ser um Vigilante de alma honrada é mais importante do que qualquer conquista feita em vida. Ainda assim... eu não sei, ainda assim acho que o autor foi de certa forma injusto com esse personagem, mas a vida é injusta, oque torna ele ainda mais real.
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Renata 07/03/2023

Guerra, deuses e maldições
Esse é o segundo volume de uma trilogia. O autor consegue expandir o mundo e colocar muito mais intriga e conflitos entre diferentes nações e facções. É até melhor que o 1 volume. O maior problema é que esse livro 2 é quase que desconectado com o primeiro. Os personagens principais do primeiro são colocados de lado e se tornam secundários. A conexão entre os dois volumes também deixa a desejar, o que prejudica a ligação do leitor com a história até o meio do livro mais ou menos, onde este passa a se ambientar no mundo. Principalmente se o leitor não lê os dois em sequência. Outro problema é a escrita que não é muito fluida. Recomendo para quem gostou do 1, nesse o autor se encontra na história, mas o ideal é ler quando o 1 ainda está fresco na memória.
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Felipe 20/08/2023

Me deram mais da prima
Ah, como é bom ler um livro do qual a protagonista eu realmente gosto.
Nessa continuação, as historias se expande, nos é mostrado mais sobre o mundo. E a trama é realmente boa, mas o final é um caos completo.
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Gabriela.Alvim 06/02/2024

Eu amo
Não sei exatamente como esse livro se autodenomina, fantasia ou f. científica, mas eu amo como esse autor faz. Acho o universo que ele criou tão complexo e entremeado entre si, sabe- por mais nada a ver que a coisa seja, faz sentido pq tem tudo a ver com o universo.
O começo é meio lento até você entender o que está acontecendo, mas continua sendo instigante.
Adorei acompanhar mais da Eladora aqui e saber mais dela. Não sei o que esperar do próximo livro exatamente, mas medo dos personagens que gosto morrerem ou sofrerem?? (porque ele sempre faz isso)
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