O Navio Negreiro

O Navio Negreiro Castro Alves




Resenhas - O Navio Negreiro e Outros Poemas


90 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Cleber 06/04/2023

Poesia
Depois de ler o livro Abc de Castro Alves do Jorge Amado, fiquei curioso para ler mais sobre esse importante poeta e conhecer seus poemas que mesmo depois de tanto tempo ainda trazem grande impacto.
Ana Usui 06/04/2023minha estante
Adoro Castro Alves, costumava ler na infância, bons tempos




Leila de Carvalho e Gonçalves 12/03/2022

??Stamos Em Pleno Mar?
Castro Alves, o maior representante do condoreirismo no país, é o primeiro poeta publicado pela Antofágica. O livro O Navio Negreiro e Outras Poemas inaugura essa nova fase e reúne 11 obras voltadas para a escravidão e seus desdobramentos.

O carro-chefe é O Navio Negreiro, o poema-símbolo de nosso movimento abolicionista, e os demais, conforme a ordem de apresentação, são: América, A Canção Do Africano, Bandido Negro, Mater Dolorosa, O Século, Estrofes Do Solitário, O Sol E O Povo, Saudação A Palmares, Tragédia No Lar e Vozes D?África.

De posse desses títulos, basta uma rápida pesquisa na internet para encontrar ?todos? os poemas disponíveis ?sem qualquer custo?, o que leva a inevitável pergunta: por que eu devo comprar o livro?

Eu posso enumerar três motivos que me levaram a optar pela compra. O primeiro é tê-los reunidos num único exemplar? formato de bolso ? de inequívoca qualidade. Da capa dura à qualidade do papel, a Antofágica não decepciona o leitor. Inclusive, o e-book também oferece uma experiência diferenciada de leitura, pois, se o leitor dispensar o Kindle e usar o aplicativo de leitura da Amazon instalado num tablet ou notebook, ele poderá visualizar as belas cores das ilustrações de Mulambö, isto é, o vermelho vivo, o amarelo e o negro, respectivamente o sangue, o ouro e o luto pelos escravizados. Aliás, a ousada inserção dessas ilustrações no poema O Navio Negreiro muito me agradou, redimensionando o horror que escapa dos versos.

O segundo motivo reporta aos Posfácios e às esclarecedoras Notas que dão uma boa ideia sobre a vida do poeta e também oferecem uma análise valiosa sobre a obra castro-alvense dentro do contexto histórico atual, aliás, esse juízo critico não poupa elogias e até mesmo objeções. Outro desafio é entender ?como um um homem branco do seu tempo e lugar de privilégio soube traduzir a dor da escravidão? de maneira a tornar-se seu principal porta-voz. Sem dúvida, uma testemunha de inegável talento, contudo será que as narrativas seriam outras, se relatadas por aqueles que sofreram diretamente com a escravatura?

O terceiro e não menos importante, trata-se de duas videoaulas sobre o livro com Luiz Henrique de Oliveira, doutor em Teoria da Literatura e Literatura Comparada pela UFMG. Para acessar basta escanear o QR Code da cinta (livro) ou da página 8 (e-book).

Enfim, recomendo e antes de encerrar, segue a relação dos textos que acompanham a edição:
Apresentação: Pétala e Isa Souza, do Canal Afrofuturas.
Posfácios:
* Poesia A Serviço Da Liberdade (Doutor Em Teoria Da Literatura E Literatura Comparada Luiz Henrique Oliveira)
* Tragédia No Mar, O Filme Subversiva (Atriz E Poeta Elisa Lucinda)
* Castro Alves, Poeta Da Liberdade (Escritor E Jornalista Tom Farias)
* Vozes De Indignação (Historiadora E Especialista Na Diáspora Africana Monica Lima)

Nota: ??Stamos Em Pleno Mar? é a abertura das quatro primeiras estrofes de O Navio Negreiro. ?
comentários(0)comente



Dani 10/04/2023

"São os filhos do deserto, onde a terra esposa a luz. Ondr vive em campo aberto a tribo dos homens nus... São os guerreiros ousados, que com os tigres mosqueados combatem na solidão. Ontem simples, fortes, bravos... Hoje míseros escravos, sem ar, sem luz, sem razão."
comentários(0)comente



Laura F Souto 13/08/2022

.
Castro Alves escreve de forma brilhante o tamanho da barbaridade que foi a escravidão. Ele não poupa palavras e mostra de todas as formas como ocorreu.
comentários(0)comente



Nadjini 21/04/2022

Castro Alves era conhecido como ?poeta dos escravos?, mas preferia ser chamado como ?poeta da liberdade?.
O poema ?O navio negreiro? é uma cena vista de cima, de fora, pelos olhos de um albatroz, da travessia de um navio que transporta escravizados. Vemos a dor, o sangue e as injustiças, pelo olhar privilegiado de espectador, assim como era o próprio poeta, um espectador em uma posição privilegiada (homem, rico, branco), num voo solitário, se escandalizando com as mazelas e injustiças sofridas pelos negros.

Nessa edição, além do poema em prosa questão, temos outros poemas de denúncia do autor, e diversos textos de apoio, que enriquecem demais a leitura. Antofágica sempre está de parabéns!
comentários(0)comente



Phelippe 23/01/2023

Poeta dos Escravos
O livro é um compilado de poemas, onde o principal poema é "O Navio Negreiro". E para quem tem sensibilidade, é de cortar o coração. Parece que a dor revelada nas palavras de Castro Alves, foram mesmo escritas por homens e mulheres colocados naquela situação desumana, a escravidão.
comentários(0)comente



Bruna 15/01/2023

Tanto horror perante os céus!
Meu primeiro contato com Castro Alves e foi intenso. O poeta dos escravos expõe a dura realidade da época, para qual tantos fechavam os olhos. A maior parte dos poemas não é fácil de ler, de sentir ou imaginar. Tento ter esperança que algum dos meus antepassados fossem contra todos esses horrores e fossem firmes contra as atrocidades, como Castro foi, mas acho difícil. Os horrores não devem ser esquecidos, para não serem repetidos.
comentários(0)comente



Gi Santos 19/06/2023

Pra conhecer
Admito que não curto mto poema (me julguem rs) então minha opinião não pode ser levada em consideração por quem gosta. Li o livro, mas mtas vezes não entendi mto msm tendo rodapé explicando. Teve um dos poemas q me fez chorar ao imaginar tdo que passaram. O título do poema é Tragédia no lar é simplesmente tocante. Nesse livro não tem só poemas tem tbm textos sobre o autor que é bem legal.
comentários(0)comente



Juju 23/04/2022

Imagens fortes
Impressionante como algo tão pequeno é capaz de ser tão intenso, denso e profundo. A edição é belíssima, ilustração incrível, muito material de apoio (e eu diria até um pouco demais rs) com muita informação. Senti como uma aula, num bom sentido.
comentários(0)comente



Luci_books 22/08/2023

Essa obra é extremamente necessária. Principalmente em dias que as pessoas acham que o racismo não existe mais, que fazem pouco caso da pauta e dessa luta. Ler esse livro após tudo o que aconteceu com o Vini Jr. dói. Dói porque estamos falando do período de escravidão, e olhar para o cenário atual bate total desespero por não enxergar uma grande evolução no ser humano. Esse caso citado é o que ganhou manchetes recentemente, mas quantos casos acontecem diariamente? Por isso recomendo fortemente a leitura, o que o Castro Alves fez foi brilhante.
comentários(0)comente



Paloma 31/03/2022

O poeta da liberdade
Era assim que Castro Alves gostaria de ser reconhecido, como o poeta da liberdade. Mas foi sob o signo de ?poeta dos escravos?, que Machado de Assis gentilmente o denominou, que Castro Alves ficou popularmente conhecido. De escravizados e liberdade, o poeta, ainda tão jovem, transformou sua habilidade e dom com as palavras em um instrumento de reivindicação política e justiça social em torno da temática da abolição. É claro que já conhecia a importância e a obra do autor, mas não tinha passeado pelos seus outros poemas abolicionistas para além de O navio negreiro que, diga-se de passagem, é tão marcante ao ponto de, nessa releitura, ter me remetido a mesma sensação do primeiro contato com o poema.

O modo como Castro Alves dispõe as palavras nesse poema nos leva para uma imersão completa de sentimentos e trabalha com todos os sentidos, visuais, sensoriais, emocionais. É possível se sentir na calmaria inicial do poema, no meio do mar, e imediatamente a seguir, sentir a angústia, o horror do que efetivamente se está contemplando. Como diz Elisa Lucinda em seu texto de posfácio: é um poema-filme ainda não produzido da nossa história. E não apenas, todos os demais poemas reunidos nessa obra trabalham com esses mesmos sentidos do leitor, porque era isso mesmo que o poeta queria, causar essa comoção e imersão completa para convencer os seus de que essa luta pela abolição era necessária e deveria ser apoiada.

Fiquei muito emocionada com ?Mater dolorosa?, ?Saudação a Palmares? e ?Tragédia no Lar?, poemas que desconhecia e que me soaram tão eloquentes quanto a obra-prima do poeta, O navio negreiro. A reunião de poemas dessa edição está impecável, assim como os textos de posfácio. Inclusive me atrevo a dizer que, de todas as edições de livros da editora que conheço e li, esse é o com a melhor curadoria de textos de posfácio. Todos muito elucidativos e esclarecedores da história do poeta e da sua luta política. Nem precisaria entrar em detalhes sobre o projeto gráfico da obra, a antofágica nunca decepciona, mas as ilustrações de Mulambö deram um tom muito especial a?O Navio negreiro. Belíssima edição!
Joao 31/03/2022minha estante
Resenha maravilhosa!!! Castro Alves é de uma beleza ímpar.


Paloma 31/03/2022minha estante
Muito obrigada, João! Castro Alves realmente sabia como nos encantar com as palavras.




Duda 09/04/2022

O navio negreiros
Que poema! Eu nunca gostei muito de poesia, de uns tempos para cá comecei a ler mais e tentar apreciar. Nessa edição tem o vídeo com a interpretação da Elisa Lucinda e me apaixonei. Percebo agora que talvez seja a forma como eu lia antes que me deixava apática a esse gênero textual. Poemas incríveis, que revelam abertamente o horror de uma época ainda tão recente do nosso país.
comentários(0)comente



OgaiT 29/06/2022

139 anos de horror perante os céus
Em um de seus versos, Castro Alves exclama: "Senhor Deus dos desgraçados!/ Dizei-me vós, Senhor Deus!/ Se é loucura... se é verdade/ Tanto horror perante os céus?!" e é triste perceber que esse verso ainda é uma reação de nossa sociedade diante dos crimes praticados contra as vidas negras.
Quando teve a ideia de compor este poema, Castro decidiu chamar a atenção dos religiosos católicos para a chaga que afligia a população de escravizados e ex-escravizados, que erroneamente acreditavam e pregavam a "ausência de alma" e a supremacia da etnia branca. Acerca disso, em um dos posfácios, escrito por Elisa Lucinda, temos a seguinte perspectiva "Castro Alves expõe as vísceras da insensatez genocida que mancha a nossa bandeira e dá uma chacoalhada geral, a ponto de balançar os pilares imperiais e calar a turba, que não tem outra saída a não ser vestir a carapuça[...] Incontestável, irrebatível, o poema anuncia a inescapável da sangrenta empreita escravocrata."(p. 202-3).
Além do poema título (O Navio Negreiro), a edição traz outros poemas do poeta baiano, tais como: América, Estrofes do solitário e Vozes d'África – o meu segundo favorito do poeta.
Como educador, buscar obras artísticas que dialoguem com obras clássicas de nossa literatura, sobretudo, músicas é uma de minhas tarefas. Como resultado de minhas pesquisas encontrei "O Navio Negreiro", música que além de homônima ao título do poema, é uma versão musicada do poema e é cantada por Caetano Veloso e Maria Bethânia; já na música "Diáspora" do grupo Tribalistas, Arnaldo Antunes declama os primeiros versos do poema "Vozes d'África".
comentários(0)comente



Guilhermo del Toró 16/09/2023

Os escritos de Castro Alves são de extrema importância, demonstrando uma visão que pouquíssimas pessoas de sua época tiveram.
comentários(0)comente



I.Moon_ 25/05/2023

Uow...
O livro é muito bom, com poemas pesados e impactantes... recomendo!!

"Não basta inda de dor, ó Deus terrível?!
É pois teu peito eterno, inexaurível
De vingança e rancor?
E que é que fiz, Senhor? que torvo crime
Eu cometi jamais, que assim me oprime
Teu gládio vingador?!"
comentários(0)comente



90 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR