Nina Souza 23/07/2023
Um ótimo começo
O que você faria se recebesse o diário pós-morte de sua melhor amiga assassinada? É um cenário que, de certeza, nunca passou pela cabeça de ninguém, mas acontece com Queen. E... para complicar as coisas, sua alma é dada como garantia do retorno de sua amiga ao mundo dos mortos.
Como se não estivesse complicado o suficiente, Queen ainda acaba descobrindo que criaturas não-humanas caminham entre os homens e uma delas está crescendo em seu ventre. Ela agora precisa não só salvar a si, mas desconstruir convicções e a realidade que acreditou por toda a vida.
O Véu da Realidade não cai apenas sobre Queen, mas sobre o leitor que se propõe a ler “O diário de Eliz”, uma saga que vai trazer reflexões sobre a vida e morte, filosofia(s), criação da humanidade, evolução humana, mitologia(s) e realidade(s) possíveis em diversas temáticas.
Foi um livro que me levou à loucura no melhor sentido possível da palavra, porque além de aprender sobre alguns conceitos religiosos, a narrativa fornece um quebra-cabeça único, criativo, e com o encontro de todos os relances de perspectivas, formando um desconhecido hipotético e novas percepções de mundo através de seus personagens, suas ações e todos os mistérios que os envolvem.
É uma narrativa curiosa, complexa e de personagens bem elaborados e de relevância na narrativa. No começo, acaba sendo um pouco confuso, mas o leitor logo se habitua a toda a dinâmica e o universo apresentado, assim como com os personagens e suas peculiaridades, e deseja saber cada vez mais.
Encerrei o livro entusiasmada pela sua continuação, e interessada em saber sobre a evolução da dicotomia de luz e trevas, que me trouxeram muito o que pensar. Afinal, muitos ainda não se permitiram despertar.
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