abacaxeira 13/06/2022
Raios dourados
Difícil falar do livro sem citar antes a autora. Juci é uma querida e pioneira no incentivo a leitura e democratização da literatura em Saj City! Criou o #ClubeDoLivroSaj (que amo e participo) e o #AmigosDaLeituraSaj, projeto social que consiste em distribuir livros (doados) gratuitos pela cidade para que as pessoas leiam e depois "devolvam" às ruas para outras pessoas pegarem e fazerem o mesmo processo.
Então quando falamos de "O sol na janela" estamos falando de mais um incrível projeto de uma pessoa maravilhosa que conseguiu realizar um "sonho antes dos 30": lançar o próprio livro.
Contanto com poesias, notas, crônicas e cartas, a autora fala de infância, maternidade, racismo, machismo, festejos populares e muito "municipalismo" ao tratar do amor pela sua cidade; Santo Antônio de Jesus.
Sua escrita é simples, nada de palavras rebuscadas ou frases difíceis de serem entendidas, ela é direta e singela (amo isto). A obra contém poemas escritos desde a sua adolescência até uma carta endereçada para seu marido minutos antes da cerimônia (chorei litros lendo).
Antes de cada poesia, ela trás textos explicando e dando contexto ao que vem a seguir, tornando sua poesia mais intimista. Durante a leitura, ela trás várias dicas para uma vida mais leve, deixando uma veia de autoajuda ao percorrer da narrativa.
Como o livro tem um teor de memórias autobiograficas, terminamos a leitura nos sentido "migos" da escritora. Ou pelo menos, saímos mais íntimos de um dos lados de seu prisma, o lado poético/artístico.
Além de tudo isto, o livro é extremamente lindo por dentro, contendo várias "ilustrações" para "ornamentar" os textos, dando um ar mais romântico à obra.
"O sol na janela" é uma ode à vida interiorana em Santo Antônio de Jesus, à cultura popular brasileira, às crenças populares, à vida e ao amor...
Abra suas janelas e deixe o sol da liberdade raiar no horizonte da sua alma.