spoiler visualizarRegis 07/10/2022
Elsa, a ingrata.
Lohengrin de Richard Wagner é uma versão da lenda do Cavaleiro do Cisne.
Lohengrin também é filho de Perceval, O Rei Pescador e Brancaflor no poema Parzival de Wolfram von Eschenbach.
A história é muito interessante e a proibição de que Elsa (a quem Lohengrin vem salvar após ter sido acusada da morte de seu irmão), não deve lhe perguntar seu nome, me fez recordar da proibição de Eros à Psiquê, de que ela nunca poderia ver seu rosto, e de como ela instigada por suas irmãs invejosas quebrou a promessa feita a ele.
Aqui, Elsa é instigada por Friedrich e Ortrud, seus acusadores e de quem Lohengrin a salvou, então não vejo muito sentido que ela não perceba que os dois desejavam apenas seu mal.
Achei bem ingênuo da parte dela duvidar do seu salvador e se opor a única exigência feita por ele (já que ele ao salvá-la da acusação pela morte de seu irmão não questionou sua inocência nem sequer uma vez).
Achei a história curiosa e gostei muito de lê-la, mas não chega aos pés da grandiosidade que senti ao ler Parsifal.
Não vi a ópera encenada ainda, mas gostaria. É nela que figura a Marcha Nupcial, tão usada hoje em dia na celebração de casamentos.
Em resumo achei a ópera muito ingênua para os dias de hoje, apesar de entender o propósito de tudo que ocorre. O uso do simbolismo de que o amor deve estar a frente da dúvida da origem do herói é o ponto central da história, mas não conseguiu me prender de maneira efetiva.
Foi uma boa experiência, e pretendo conhecer a versão romana e a original de Wolfram von Eschenbach.