Planícies

Planícies Federico Falco




Resenhas - Planícies


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Diego Vertu @outro_livro_lido 22/05/2023

Sutil, emotivo, metafórico
Em Planicies, acompanhamos um narrador que sai da cidade de Buenos Aires e passa morar no campo, após ser deixado pelo namorado, nosso protagonista vai contando sua rotina no campo com memórias do passado e refletindo seu futuro e ainda vai detalhando as lindas paisagens da planície argentina e a pequena cidade de Zapiola.
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Acho que é um dos livros mais detalhistas que já li e confesso: amei. O autor usa uma descrição poética que nos faz imergir na história, fala da horta, dos cultivos, da relação com os animais, do calor, do frio, da chuva e dos tempos de seca.
No meio somos apresentados a algumas memórias do protagonista, da infância no campo, da relação com a família. Também contrapondo a imagem da capital Argentina e sua relação com o namorado Ciro.
Entendi que o livro é uma grande metáfora entre natureza e ser humano sendo a solidão da planície uma representação dos momentos do protagonista.

Recomendo a leitura
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Isa 28/08/2023

"O tempo sem narrativa, sem histórias"
O que fazer com todo esse tempo que temos a disposição?
O livro é um jeito de responder.
O espaço vazio é deixado vazio. Pequenas coisinhas a serem feitas, como a horta, ter galinhas, escrever, lembrar.
Nada grandioso, heroico, que mude o rumo de tudo. A vida não é feita de montanhas o tempo todo e a planície também tem algo para contar.

O livro fala de tédio, de luto e de se aceitar quando não se é aceito da maneira mais real possível. Maravilhoso.
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luiza lima 07/04/2023

São sempre os livros que compro sem pensar muito que mais me surpreendem.

Eu simplesmente amei esse livro. O enredo, a narrativa, toda a descritividade que alguns possam achar excessiva, pra mim foi tão bem escrita, ressoou tanto com o modo que eu vejo, sinto e escrevo o mundo, que foi como estar em casa o tempo todo.

O cenário rural. Como o tempo e o clima nos afeta, e como nosso estado de espírito afeta como vemos o dia. Toda a rotina da horta, uma metáfora algumas vezes, mas outras vezes apenas uma horta com seus problemas vegetais (me identifiquei demais também).

Pra mim, foi uma leitura perfeita, que li em um momento ideal também. Fiquei com vontade de conhecer mais os trabalhos do autor. Amei demais.

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Cassio.Santos 11/09/2022

Visão ampla como numa planície.
Achei bem interessante e acabei gostando, embora bem descritivo visualmente e por horas cansável, é um livro belo que mexe em todos os sentimentos que envolvem rupturas, dor e aceitação de ter que mudar de ares, ambientado nos pampas, é uma ótima obra Argentina Adorei toda a melancolia e lucidez com que o personagem tenta lidar.
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Ricc 30/03/2023

Planícies é simples, porém profundo.

Capaz de trazer uma imersão em um cenário bucólico nos pampas argentinos, o enredo é melancólico e nostálgico. A lida com um luto pós-término e memórias do protagonista é delicada, sutil e tão realista que é difícil não se identificar.

Umas das leituras mais interessantes e reflexivas que tive em algum tempo. Uma literatura poética, descritiva e de uma sensibilidade única que me tirou da zona de conforto e agregou valor.

Recomendo.
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MatthewsVianna 23/04/2023

Uma narrativa extremamente contemplativa, em que o autor, ao descrever o processo de manter a sua horta, cria uma analogia sobre o que é criar e as expectativas que exercemos sobre o mundo e as pessoas.

Os capítulos longos deixam a narrativa muitas vezes arrastadas e melancólicas, mas parece uma característica proposital, assim como o fluxo de consciência, que transita entre presente e passado.

Não é um livro que vai agradar a todos, por ser um tipo de história que cabe ao leitor se engajar, pois não há grandes reviravoltas e, sim, muita confabulação sobre a vida.
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Ed Bortolotte 09/02/2023

Recomeço
O início muito descritivo sobre os legumes e a lavoura torna o ritmo um pouco lento... Mas quando os recordatórios são intensificados a trama toma o rumo. Uma grande obra sobre o luto e o recomeço.
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Esther.Prado 16/01/2024

Comecei a ler com expectativa nenhuma, mas me prendeu, o ritmo é calmo, por causa da vida no campo, faz sentido, é confuso no começo s forma de escrever do autor, mas é um livro sobre superação, se reconhecer e voltar ao lugar que traz paz
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Paulo 28/01/2024

Neste romance argentino, o primeiro romance do antes contista Federico Falco, o protagonista se distancia para longe, uma fuga, para o pampa argentino, uma paisagem plana, "vazia", sem destaques. Não uma fuga social, familiar, isso já ocorreu muito antes, num passado que ele vai nos contando numa linha do tempo de ida e volta, agora é a fuga de uma perda, de uma daquelas perdas de uma vida compartilhada e amparada em conjunto, em dois, e então se tem que reaprender a viver só. Dor de fim de amor, rejeição, solidão, incompreensão. Essa fuga foi um "surto" ou uma tentativa legítima de se recuperar?

Existe muita calma no meio dessa nova terra, é o vazio afastado do pampa, mas ao contrário do que se espera quando se sabe de alguém que foi ou vai entrar em contato (mais) direto com a natureza, aqui há, a princípio, e durante um tempo considerável, muita melancolia, muita angústia, muita surra da natureza e da falta de conhecimento num novo aprendizado. Pouca contemplação, "a natureza fustiga", parafraseando o protagonista.

Às vezes, as voltas no tempo da narrativa são um pouco confusas, não as voltas ao fim da vida em conjunto, isso é dolorosamente claro, mas quando o narrador volta, por exemplo, em dois passados ao mesmo tempo, quando recorda uma época e aí já puxa uma recordação similar de outra época anterior.
As descrições e listas incessantes de plantas, frutas etc. e da forma como elas são plantadas são, talvez, um pouco excessivas e cansativas.

Romance sobre distanciamento, aceitação, renovação e perda.
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Rute31 17/05/2024

Uma história sensível, marcada pela passagem lenta dos meses, de um escritor/professor que terminou o relacionamento (na verdade foi chutado) e resolve ir pro mato. Engraçado que quando meu ex terminou comigo eu fiz exatamente a mesma coisa. Eu também escrevi um livro (mas no caso não foi sobre meu ex). A vida imitando a arte aí.
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