Receitas de inverno da comunidade

Receitas de inverno da comunidade Louise Glück




Resenhas - Receitas do inverno da comunidade


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joaoggur 27/02/2024

Sinestesia poética.
Sejamos sinceros; até antes de 2020, ano em que fora laureada com o Prêmio de Nobel de Literatura, não creio que Louise Glück fosse um nome muito comentado por terras brasileiras, - e até mesmo quatro anos depois, já com a morte da poeta, seu (re)nome ainda se restringe a um minoritário grupo, amante ávido de poesia.

Trazendo um antigo costume da poesia estado-unidense, a autora mescla elementos da natureza com uma espécie de narração, - mesmo com cada texto tendo a sua intenção e cadência, todos são, por estrutura, uma narração episódica, uma sequência de sentimentos decorrente de ações, ou vice-versa; a sucessão de atos exprimindo implícitos sentimentos.

Alguns textos (?A negação da morte?, por exemplo) parecem exprimir toques autobiográficos (como a anorexia, uma enfermidade de sua juventude), enquanto outros centram-se em tópicos mais mundanos, como o medo da morte e a infindável saudade daqueles que não mais estão presentes em nossas vidas.

A edição da Companhia das Letras é bilingue; a magia da experiência de leitura está ler na língua original (principalmente em poesia), mas não creio que a tradução deixe a desejar.

Uma grata surpresa.
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alineaimee 31/05/2022

Memórias compartilhadas
"Que lástima que fiquei
verbal, desconectada
dessa memória."

Se o título da coletânea "Receitas de inverno da comunidade", de Louise Glück, já sugere algo de doméstico e de coletivo, essa percepção se confirma ao longo de seus quinze poemas. Marcados por coloquialidade e ritmo, eles trazem a partilha de rememorações e experiências, reconstituindo uma tradição oral.

Fala-se, em atitude de balanço, do que foi, do que se perdeu e do que ficou gravado. Um mundo de onde o eu poético resta como ruína, deslocado e rompido, mas ainda um monumento testemunhal.

As experiências evocadas são comumente dialéticas, envolvem a mãe, a irmã, um professor, uma pessoa querida. E é dessas interlocuções que a voz poética retira a bagagem que procura descrever: aprendizado, belas memórias, construção conjunta, silêncios, segredos.

"A vida, disse minha irmã,
é como uma tocha que agora passa
do corpo para a mente.
Que triste, ela continuou, a mente não
estar ali para recebê-la."

Ler esses versos fez com que me sentisse numa roda em torno do fogo, ouvindo a sabedoria dos meus, acompanhando seu ritual antigo de dar (ou buscar) sentido ao vivido através das palavras. Recebendo uma herança imaterial que me é ofertada com a generosidade e o cansaço de quem perdura.

"Como pesa a minha cabeça,
cheia de passado.
Será que tem espaço
para o mundo penetrar?
Ele precisa ir a algum lugar,
não pode simplesmente ficar na superfície ?"
Wagner269 29/05/2023minha estante
Q alegria encontrar uma resenha sua sobre esse livro




Leila de Carvalho e Gonçalves 08/06/2022

Quinze Poemas
Receitas de Inverno Da Comunidade é o décimo terceiro livro de Louise Glück, o primeiro após ela ganhar o Nobel de Literatura em 2020 e, sem dúvida, essa circunstância adiciona um maior interesse aos quinze poemas reunidos, em especial, para os leitores brasileiros que já tiveram acessos a seus três livros publicados pela Companha das Letras ? Averno, Uma Vida No Interior e Noite Fiel E Virtuosa ? reunidos numa única edição.

Em linhas gerais, o livro está voltado para a velhice, tanto para as relações interpessoais como para o papel da memória nessa fase da vida, portanto não causa surpresa as inúmeras descrições metafóricas sobre o inverno e a presença de poema mais longos em conformidade com o prolongamento das noites nessa estação do ano. Um bom exemplo é Receitas de Inverno Da Comunidade, que intitula a seleção, eis as linhas de abertura:

?Todo ano, quando chegava o inverno, os velhos entravam / nos bosques para recolher o musgo que crescia / no lado norte de certos zimbros. / Era um trabalho lento, de muitos dias, embora aqueles / fossem dias curtos porque a luz minguava, / e quando as mochilas ficavam cheias, penosamente, / eles tomavam o rumo de casa, pois musgo é carga pesada. / As esposas fermentavam esses musgos, projeto que exige tempo / especialmente para pessoas tão velhas / eles haviam nascido num outro século. / Mas tinham paciência, aqueles homens e mulheres idosos, / de um tipo que você e eu mal imaginamos??

Sem preocupação com a métrica e as rimas, os poemas surgem sombrios, até assustadores, semelhantes a histórias infantis de Grimm ou Andersen onde nem sempre as florestas encantadoras e misteriosas levam a casa da avó, mas a um mundo esgotado e avariado, que exige todo esforço para permanecer sustentável.

História de criança
?Cansados da vida rural, o rei e a rainha / voltam para a cidade, com todas as princesinhas / bagunçando no banco de trás do carro, cantando a canção de ser: / Eu sou, tu és, ele é ? / Mas não haverá / conjugação no carro, ah, isso não. / Quem pode falar no futuro? / Ninguém sabe coisa alguma sobre o futuro, nem os planetas sabem. / Mas as princesas terão de viver nele. / Que dia mais triste virou este dia. / Fora do carro, as vacas e pastagens derivam para longe; / parecem calmas, mas ?calma? não é a verdade. / Desespero é a verdade. É isso que / mãe e pai sabem. Toda esperança está perdida. / Precisamos voltar para o lugar onde a perdemos / se quisermos encontrá-la outra vez.?

A bem da verdade, esses poemas discorrem sobre como lidar com os tempos sombrios, sujeitos as rajadas atmosféricas não importa qual seja a paisagem invernal. A receita pode ser um prato de frutas silvestres, um passaporte abandonado, um revigorante sanduíche de inverno ou um momento de sol, mesmo que seja fugaz esse prenúncio de primavera.

Dia Do Presidente
Tanto sol aprazível por toda parte / fazendo a neve cintilar ? parece / de verdade, pensei, bonito / ver isso outra vez; minhas mãos / estavam quase quentes. Algum / princípio está em ação, pensei: / louvável, dando um apoio / à vida humana, mas por cautela / joguei um pouco de neve por cima do ombro, / não tendo sal. E não deu outra, / as nuvens voltaram, e não deu outra, / o céu ficou escuro e ameaçador, / tudo como antes, sem contar que / as perdas se amontoavam ? / momentos antes, porém, / o sol brilhava. Que jubilosa estava a minha cabeça, / ao fruí-lo, sentindo-o primeiro / enquanto o resto do corpo esperava. Feito colmeia abandonada. / Jubilosa ? aí está uma palavra / que não usamos há um bom tempo.?

Finalmente, com tradução de Heloísa Jahn, o livro é uma edição bilingue inglês e português. Se esse é um aspecto positivo, a editora oferece apenas uma breve biografia de Glück para o leitor, aliás, o mesmo já ocorreu com seu outro livro. Uma pena pois a vencedora de um Premio Nobel mereceria ao menos um Prefácio ou Posfácio para contextualizar a leitura. Quatro estrelas!
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Solange Sólon Borges 21/10/2022

O verão chega delicado em sua poesia...
Receitas de inverno da comunidade, que reúne 15 poemas de Louise Elisabeth Glück, poetisa e ensaísta, de Nova York, ganhadora do prêmio Nobel de Literatura em 2020. Tem em sua trajetória outros prêmios literários importantes nos EUA, incluindo a Medalha Nacional de Humanidades e o Prêmio Pulitzer, de jornalismo. Ao explorar temas amplos, como desejo e traumas, sua poesia tornou-se conhecida por suas expressões de tristeza e isolamento ao transitar entre poesia autobiográfica, mitos clássicos, história ou natureza para meditar sobre experiências pessoais e os impactos da vida moderna. Me chamou a atenção estes trechos de sua poesia: “Não sabe como arrumávamos a mesa. É verdade, disse o professor. Não sei nada da sua infância. Mas se você adicionar sua mãe ao mobiliário distorcido, terá uma imagem. Ela será boa, perguntou o garoto, uma imagem forte? Muito forte, disse o professor. Muito forte e plena de presságios.” Um quadro luminoso que se desenha, uma poesia essencialmente imagética. Me identifiquei com a profundidade que ela traz e para onde leva nossa imaginação com a sua delicadeza literária.

site: www.youtube.com/watch?v=_5V3rP7g24Y&t=164s
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 05/06/2022

Louise Glück - Receitas de inverno da comunidade
Editora Companhia das Letras - 88 Páginas - Tradução de Heloisa Jahn - Capa de Daniel Trench - Lançamento: 2022.

Em 2020 a Academia Sueca surpreendeu, como sempre, ao anunciar a poeta norte-americana Louise Glück como Prêmio Nobel de Literatura "por sua inconfundível voz poética que, com beleza austera, transforma a existência individual em universal". Na época, sem livros traduzidos no Brasil, a autora era praticamente desconhecida por aqui e talvez em boa parte do mundo, apesar das premiações constantes em seu país, por exemplo, em 2016 recebeu a condecoração National Humanities Medal do então presidente dos EUA, Barack Obama.

A tal "beleza austera" está presente também no mais recente lançamento de Louise Glück, primeiro livro após ter sido laureada com o prêmio Nobel. Nesta bem-cuidada edição bilíngue estão reunidos quinze poemas que lidam com a passagem do tempo e a proximidade da morte, ou seja, a nossa fragilidade humana tão difícil de aceitar e de compreender, como no poema Outono: "A vida, disse minha irmã, / é como uma tocha que agora passa / do corpo para a mente. / Que triste, ela continuou, a mente não / estar ali para recebê-la." (p. 53), ou no longo Uma história sem fim: "Buscamos amor a vida inteira, / mesmo depois de encontrá-lo." (p. 43).

Os poemas utilizam personagens comuns em diálogos simples e situações do cotidiano (me fazendo lembrar da mestra de todos os poetas, Wisława Szymborska), normalmente evocando lembranças da infância como em História de criança: "[...] Quem pode falar no futuro? Ninguém sabe coisa alguma sobre o futuro, / nem os planetas sabem. / Mas as princesas terão de viver nele." (p. 73). Selecionei abaixo três poemas que lidam com a questão da finitude, cada um a seu modo, uma boa oportunidade de conhecer um pouco da obra de Louise Glück, uma das vozes mais importantes da poesia contemporânea norte-americana.

Pensamentos noturnos

Há muito tempo eu nasci
Já não há ninguém vivo
que se lembre de mim quando bebê.
Eu era um bebê bonzinho? Ou
difícil? A não ser na minha cabeça,
essa questão está agora
silenciada para sempre.
Que será que caracteriza
um bebê difícil, pensei. Cólica,
dizia minha mãe, o que significava
que eu chorava muito.
Que mal poderia haver
nisso? Que dura era essa coisa de
estar viva, natural
todos morrerem. E que miúda
devo ter sido, pendurada
na minha mãe, ganhando suas palmadinhas
de aprovação.
Que lástima que fiquei
verbal, desconectada
dessa memória. O amor da minha mãe!
Não demorou, emergi
No meu eu verdadeiro,
forte mas amarga.
como um despertador.

Night Thoughts

Long ago I was born.
There is no one alive anymore
who remembers me as a baby.
Was I a good baby? A
bad? Except in my head
that debate is now
silenced forever.
What constitutes
a bad memory, I wondered. Colic,
my mother said, which meant
it cried a lot.
What harm could there be
in that? How hard it was
to be alive, no wonder
they all died. And how small
I must have been, suspended
in my mother, being patted by her
approvingly.
What a shame I became
verbal, with no connection
to that memory. My mother's love!
All too soon I emerged
my true self.
robust but sour,
like an alarm clock.

Segundo vento

Acho que este é o meu segundo vento,
disse minha irmã. Muito
parecido com o primeiro, mas
isso acabou, me lembro. Ah,
que vento era aquele, tão forte
que as folhas caíam das árvores.
Acho que não,
eu disse. Bom, elas estavam
no chão, minha irmã disse. Lembra
que corríamos pelo parque em Cedarhurst,
pulando sobre as pilhas, destruindo-as?
Vocês nunca pulavam, disse minha mãe.
Eram comportadas; ficavam onde eu mandava.
Não na nossa cabeça,
disse minha irmã. Passei
os braços em torno dela. Que
irmã mais valente a minha,
eu disse.

Second Wind

I think this is my second wind.
my sister said. Very
like the first, but that
ended, I remember. Oh
what a wind that was so powerful
the leaves fell off the trees.
I don´t think so,
I said. Well, they were
on the ground, my sister said. Remember
running around the park in Cedarhurst,
jumping on the piles, destroying them?
You never jumped, my mother said.
You were good girls; you stayed where I put you.
Not in our heads,
my sister said. I put
my arms around her. What
a brave sister you are,
I said.

Uma frase

Está tudo acabado, digo.
Por que você diz isso? perguntou minha irmã.
É que, eu digo, se não acabou, vai acabar logo,
O que dá no mesmo. E se for assim,
não há razão para começar
uma frase que seja.
Mas não é a mesma coisa, disse minha irmã, isso de acabar logo.
Fica uma pergunta.
É uma pergunta boba, respondi.

A Sentence

Everything has ended, I said.
What makes you say so, my sister asked.
Because, I said, if it has not ended, it will end soon
which comes to the same thing. And if that is the case,
there is no point in beginning
so much as a sentence.
But it is not the same, my sister said, this ending soon.
There is a question left.
It is a foolish question, I answered.

Sobre a autora: Louise Glück é autora de treze livros de poemas e duas coletâneas de ensaios. Foi laureada com o Nobel de literatura, a National Humanities Medal, o Pulitzer e o National Book Award, o Bollingen Prize for Poetry e a Gold Medal for Poetry, da American Academy of Arts and Letters. Atualmente, é professora nas universidades Yale e Stanford e vive em Cambridge, Massachusetts. Dela, a Companhia das Letras publicou Poemas (2006-2014).
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João Vitor 14/05/2022

Minha ode à Louise
Todo dia eu acordava e dizia:
a poesia não foi feita para mim.


Na faculdade, não queria analisar poemas, fazer escansão e pensar sobre sílabas métricas,
não queria saber se era um soneto ou um haicai,
não queria contar estrofes, definir um monóstico, ou septilha — pelo menos não só isso.
Eu queria sentir o que todos sentem lendo poesia.

Qual é seu ponto? Sempre me questionava quando terminava de analisar um poema xerocado entregue pela professora.
Tão inocente na época, e desde quando precisa ter ponto algum?

Tentei todos os cânones da academia, tentei Dickinson, Plath, Sexton, Vuong, e nada adiantou.
Eu ainda estava em busca do meu Poeta.

Então um milagre, como no milagre das folhas de Clarice, aconteceu.

Averno.
O nome, o que ele significa literalmente e metaforicamente, me chamou atenção — os antigos romanos acreditavam que era uma passagem para o submundo.
Comprei, li, grifei, risquei, decorei poemas inteiros e os reescrevi nos meus cadernos, compartilhei fotos com amigos, vi e revi entrevistas.

Eu queria escrever como ela, me comunicar como ela, me vestir como ela, ser como ela.
Desejava uma conversa a sós, mas não para tentar entendê-la, mas me entender, entender esse meu grande fascínio.
Seus poemas servem como um oráculo particular, onde encontro respostas de perguntas que nunca nem fiz, perguntas que nem existem, mas que são sempre respondidas.

Escrevendo assim, parece tão melodramático, tão teatral.
Mas então, como explicar o que não pode ser e explicado?
Não precisa haver um ponto!

Talvez agora, nesse momento da minha vida, eu esteja vendo grandes significados em todas as coisas.
E não é isso que os leitores de poesia fazem?

Se você ainda não achou o seu Poeta, não se preocupe, ele está a sua espera e estará para sempre.
Pode levar tempo, mas lembre-se,
o tempo bate diferente para a poesia.

Escrevo sobre livros no meu insta: @jojoaaao
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Tim 09/09/2022

Sobre a efemeridade da vida
"Há muito tempo eu nasci./ Já não há ninguém vivo/ que se lembre de mim quando bebê." "A não ser na minha cabeça,/ essa questão está agora/ silenciada pra sempre."

Havia muito tempo que não me sentia tão tocado por uma leitura assim. Louise Glück nos leva a emoção com poucas palavras, sem floreios ou se apoiar em frases prontas e clichês, como boa parte da literatura poética contemporânea.

Aqui, somos convidados a partilhar em primeira mão, de relatos sinceros, pessoais e cativantes. No mais puro sentido da palavra arte, é assim que esse punhado de textos se apresenta, sem pretensão alguma de serem maiores do que são, mas sendo gigantescos em seus próprios tamanhos.

Essa é a típica leitura que não se esbarra duas vezes, é única, é marcante e é assim como o próprio tema que permeia a obra, passageira. Porém, mesmo sendo passageira, permanecerá guardado no canto mais quente do coração, onde todas as boas coisas devem estar.
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Anderson 05/05/2022

Ler poesia traduzida é sempre um desafio, independentemente da qualidade da tradução. Quando não se tem o domínio da língua em que a obra foi escrita originalmente, perdemos uma parte substancial da expressividade que a composição poética nos quer transmitir. Não apenas rimas, ritmo, mas esta ou aquela palavra que tem um significado às vezes intraduzível.
A poesia em língua inglesa obedece a esquemas de versificação próprios, mais afastados daqueles da tradição da língua portuguesa, embora talvez isso fique menos representativo no caso de versos que não se orientem nem por métrica nem por rima.
Talvez sejam estas as explicações que justifiquem o fato de eu não ter apreciado tanto “Receitas de inverno da comunidade”.
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Biblioteca Álvaro Guerra 05/05/2023

Receitas do inverno da comunidade é um livro poderoso sobre a vulnerabilidade. Ao refletir sobre a finitude, Louise Glück trata de dramas individuais que são comuns a todos nós: “Nunca/ fui muito boa com coisas vivas./ Com luminosidade e escuridão me viro bastante bem”.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9786559212231
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mirroball 19/05/2022

É bom. Não amei a tradução, acho que muito do sentido de alguns poemas foi perdido ao ser traduzido, mas em geral gostei, só não me pegou muito.
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Igor.Banin 10/10/2023

Ótimo
Ótimo primeiro contato com a obra da autora. De uma sensibilidade incrível em vários trechos. Mais uma incursão minha na poesia.
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Lexa 17/04/2024

Achei um bom livro, contudo, acredito que eu não estava no momento talvez de vida pra apreciar os temas. Existem livros poéticos que nos aconchegam em determinadas fases de vida e são pra esses momentos. Acredito que esse livro lido daqui 10 anos ou 20 anos, me trará o vislumbre das emoções nostálgicas ocorrentes que eu deveria sentir de forma profícua, sobre a reflexão da vida e seus fechamentos de ciclos e a solidão interposta nela que abala todos os seres vivos em grau ou não, mas não vieram de forma arrebatadora. De resto, achei a leitura proveitosa. A poesia traduzida sempre irá perder o brio da original, independente de qualquer coisa.
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