Solitária

Solitária Eliana Alves Cruz




Resenhas - Solitária


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kaarine 20/09/2023

Leitura necessária, gente.
Peguei esse livro na maior ignorância da vida, não sabia do que se tratava, só via o pessoal falar por alto, mas não sabia da profundidade dele, do quão lá no fundo minha cabeça ia mergulhar em todas as linhas dele.

A Eliana brilhou muito em retratar cada parte desse livro, com os pontos de vista da Mabel, da mãe dela a Eunice e até do quartinho em que elas viveram a maior parte das vidas.

eu fico muito triste em saber que isso até hoje acontece muito nas surdinas de algumas casas, alguém sendo apagado por trabalhar tanto em um emprego que exige tanto e te humilha tanto, ainda mais quando é em casa de famílias, sempre tem quem chame de "é parte da família" e por trás só deus revela o que acontece.

esse livro é maravilhoso, retrata com tanta verdade sobre temas tão sérios (é bom ver gatilhos) mas é uma leitura muito necessária, te pega de jeito, faz você ler rápido, faz você querer entender o que aconteceu, e não acho que aquela família esnobe teve o que merece, mas fica em aberto então vou pensar o pior pra me acalentar hahaha

eu fiquei emocionada, de verdade, em tantas partes que me identifiquei, em tantas partes que eu gostaria de ter feito ou seguido o que o Mabel fez, quem dera ter um terço da determinação dessa menina, tão sábia, tão forte. E a mãe dela??? nem se fala, finalmente vivendo a vida dela e não a dos outros.

Juro gente, é tanta coisa pra falar, tantas partes lindas, frustrantes, decepcionantes, que a gente sente tanta raiva, tanta angústia, tanta solidão e ao mesmo tempo vontade de viver, de acertar, de seguir em frente com determinação, de tentar ser feliz, sem medo, sem ninguém pra te oprimir ou diminuir, juro, que livro lindo e real, leiam.
Lady Addams 20/09/2023minha estante
Ótima resenha, deu vontade de conhecer o livro ... onde encontro ?


kaarine 20/09/2023minha estante
obrigada, tem na Amazon, versão física e a versão ebook no Kindle, tá um pouco cara, mas juro, vale cada centavo


Bárbara 20/09/2023minha estante
Maravilhoso. Leia tb Água de barrela da msm autora


Lady Addams 20/09/2023minha estante
Vou providenciar ?? obrigada ?


kaarine 20/09/2023minha estante
meu deus, nunca tinha ouvido falar bárbara, vou ler sim!!!!


Bárbara 24/09/2023minha estante
Eleito o melhor livro do ano no clube do livro. Água de Barrela. Mas é totalmente diferente desse aí.


Jess.Goulart 07/11/2023minha estante
Eliana é potência, leia tudo dessa mulher maravilhosa ??


kaarine 04/01/2024minha estante
eu li e amei água de barrela gente, vou procurar mais dela pra ler ??


Bárbara 05/01/2024minha estante
Né!!! Maravilhoso


Bárbara 05/01/2024minha estante
@kaarine




Isaias 10/02/2024

Até hoje me pergunto COMO os autores conseguem colocar tanta profundidade em poucas páginas. Me vi apegado aos personagens logo nas primeiras 20 páginas e foi uma das melhores experiências desse ano acompanhar toda a trajetória de Eunice e Mabel ao ponto de comprar as dores delas e querer proteger de todo o mal do mundo. Um livro profundo, doloroso e marcante.
Gustar.x 10/02/2024minha estante
SIM! Solitaria foi um dos melhores livros que já li, é tão bom, toda a historia-


Rosie 10/02/2024minha estante
Um dos melhores do meu 2024 !




Ana Sá 19/12/2023

O Brasil do quarto de despejo
O livro narra a história de Eunice, empregada doméstica, e sua filha Mabel. Como tantas mulheres deste país, as duas se veem restritas aos limites da cozinha, da área de serviço e do "quartinho de empregada". A postura nada resignada de Mabel é o que movimenta a narrativa.

A primeira parte é narrada pela filha, a segunda, pela mãe. Já o(s) narrador(es) da terceira parte são uma sensível e original surpresa de que Eliana se vale para fechar a obra com chave de ouro.

Reafirmando uma das marcas de estilo da autora, temos aqui um livro que transforma em literatura o noticiário nacional. O gosto amargo vem do grito estridente de tudo que sabemos estar longe de ser ficção neste país.
Flávia Menezes 19/12/2023minha estante
Amiga Ana sempre arrasando nas resenhas!!! ?????????


Ana Sá 19/12/2023minha estante
Amiga, tô chocada que ficou curtinha desta vez! rs

... E obrigada! ?


Flávia Menezes 19/12/2023minha estante
Amiga, mas eu achei perfeita. Claro que quem escreve, gosta de se debruçar sobre o tema. Mas quando acontece uma resenha curtinha, acredite! É uma pérola que apareceu no caminho! E essa é o exemplo, porque diz tudo e instiga muito a querer ler. ?
Obs.: você, com as suas resenhas, me faz conhecer livros e autores que eu nunca ouvi falar. É um mundo todo novo pra mim nas suas resenhas! ?


Ana Sá 19/12/2023minha estante
Flávia, isso é uma das coisas legais do Skoob, né? Porque você, no caso, me instiga a incluir e/ou a antecipar a leitura de clássicos estadunidenses (não à toa estou lendo aquele livro sobre os EUA)! rs Essas trocas são sempre especiais! :)


Flávia Menezes 19/12/2023minha estante
Muito mesmo! É o que eu mais amo por aqui, amiga!!! ??


JurúMontalvao 19/12/2023minha estante
??
pela sua resenha, então o título do livro aproveita bem os significados


Thárin 23/12/2023minha estante
Ótima resenha, fiquei interessada!




Alessandra Leandro 11/10/2022

Necessário!
Como primeira experiência de leitura de um livro de Elaine Alvez Cruz, o livro me deixou dolorida por dentro.Dolorida pela vida de Eunice, pela forma que ela e sua filha eram tratadas no trabalho, como as pessaos pobres e negras são tratadas pelas pessoas ricas. Como a vida vale pouco para alguns. Livro necessário!!!!!!
Mi_lendo23 26/05/2023minha estante
Leia Água de barrela. É a história da família dela


Alessandra Leandro 30/05/2023minha estante
Sim, Mi, quero ler sim, tenho ele na estante; Obrigada


Mi_lendo23 30/05/2023minha estante
Dica: tenha sempre um lencinho do lado rs Dps me conta




anythgs 05/01/2024

?que horas ela volta?? em formato de livro!!!
Caso Miguel e de muitas Eunices pelo brasil a fora contado de uma forma tão cuidadosa e que mesmo você tendo consciência que ainda acontece, fica chocado e desconfortável com os detalhes e diálogos usados pela autora. Eu amei muito e recomendo como leitura obrigatória, assim como o filme Que Horas Ela Volta?

?O odor do chá tomou conta do ambiente. O quarto de descanso é todo aquele que tem o cheiro da nossa própria vida.? ????
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brebrocardo 06/09/2023

Vai ser difícil esquecer esse livro, é minha primeira vez lendo uma obra da Eliana e o que ela faz aqui é incrível

A leitura é intensa e desconcertante, da maneira que esse assunto exige, deixa a gente incomodado até o âmago, mas ela ainda vai além

Em nenhum momento a escrita deixa de ser bela, até mesmo poética, com conexões perfeitas e muitas camadas

A forma como ela trouxe os cômodos como personagens pra narrativa final foi a última pá de terra pra mim

Um título importantíssimo contemporâneo que une dois dos grandes traços característicos da nossa literatura: o engajamento em questões sociais e a prosa intimista, com todo talento de alguém que, como dito por Conceição, sabe lidar perfeitamente com as com palavras
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Angie - @livros_libras 25/02/2023

Um Livro muito sensível e que mostra todas as nuances do nosso passado escravocrata que ainda reverbera no século XXI.

A autora mostra com muita astúcia a relação de mãe e filha, de empregada, de medo, de insegurança. Me emocionei com várias passagens de personagens secundários, todos que foram silenciados pela alta sociedade.

E me emocionei mais ainda ao ver como o título do livro foi impresso no enredo. Enfim, esta é mais uma leitura que mostra como a nossa Literatura tem potência! Leiam este livro, minha gente, leiam.
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fev 23/03/2023

Solitária é um livro que condensa e escancara a vivência de mulheres negras que atuam como empregadas domésticas. Eliana Alves Cruz em nenhum momento quis esconder o que acontece. Sem firulas ela apresenta de forma explícita todos os abusos, as dores, os racismos explícitos e disfarçados. Como tudo isso acaba moldando a vida de quem os sofre e ao seu redor. Ela aponta de inúmeras formas como a branquitude age e se apoia. Este livro é como a violência racial e suas diferentes formas estão presentes nas vidas das pessoas negras. Não adianta os brancos afirmarem que somos todos iguais. Isso nunca foi uma verdade.

Achei o livro potente, mas algo não me conquistou por completo. Gostei de como a autora conseguiu construir vozes diferentes para a primeira e segunda parte da história. Os narradores inesperados da última parte também são interessantes. Mas a história é muito rápida. É um livro atualíssimo e infelizmente é como se estivesse lendo uma matéria ou assistindo ao telejornal. É um bom livro e fica a recomendação.
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Amanda 17/04/2024

Livro importantíssimo sobre vidas tão marginalizadas e, ao mesmo tempo, tão inseridas no cotidiano.

Dando protagonismo e representando tantas e tantas empregadas domésticas e suas famílias, Eliane trata o assunto com a dureza que precisa e a sensibilidade que merece.

Lindo, triste, forte, potente, necessário!
CleytonHub 17/04/2024minha estante
Olha suas mensagens


RaissaBDA 18/04/2024minha estante
Adorei esse livro. É dos que sempre indico pra quem tá retomando as leituras, porque ele prende muito a gente.




Natasha 17/07/2023

Leitura fluida e ponto de vista valioso
Narrativa que acompanha a história de mãe e filha, dona Eunice e Mabel. A primeira parte é contada do ponto de vista de Mabel, que relata parte de sua infância e juventude vivendo na casa dos patrões de d. Eunice. Trata-se de gente rica que mora em um apartamento enorme e sofisticado, e Dona Eunice é empregada doméstica dessa família.

Mabel e sua mãe passam por diversas situações que incluem várias violências: abusos laborais, racismo, elitismo classista, humilhações, desvalorização. A moça é consciente dessas injustiças sofridas, e carrega em si uma indignação não apenas pessoal, mas também uma revolta por uma exploração que atravessa gerações sem que se vislumbre uma melhoria efetiva na vida da família.

A segunda parte traz o ponto de vista de d. Eunice sobre muitos dos acontecimentos já narrados por Mabel - e alguns mais. A terceira parte é contada por alguns espaços ocupados pelas duas protagonistas, como o quartinho de empregada, e remetem aos nomes dos capítulos também: "Quintal", "Cozinha", "Portaria", "Banheirinho", "Área de serviço". A escolha da autora aqui foi muito assertiva (e acertada): são os cenários onde se passa a ação daquele capítulo, mas também são os lugares que aquelas mulheres estão "autorizadas" a ocupar, de acordo com a sociedade.

Apesar das temáticas difíceis de serem digeridas, a escrita de Eliana Alves Cruz é direta e elegante, o que torna a leitura fluida e rápida. É muito bom ver que atualmente podemos ler ótimos livros de pontos de vista que, até há pouco tempo, não tinham espaço.
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Toni 26/05/2022

Leituras de 2022 | Cortesia da editora

Solitária [2019]
Eliana Alves Cruz (RJ)
Cia. das Letras, 2022, 166 pág.

Na capa deste romance, uma xícara de chá de cidreira e um livro conjugam, com a delicadeza de firmes metáforas, a sabedoria da ancestralidade e a possibilidade de futuro que, juntas, engendram liberdades e conectam três gerações de mulheres negras. A partir dos pontos de vista de uma trabalhadora doméstica e de sua filha, Eunice e Mabel, “Solitária” articula as micro e macroviolências dos famigerados quartinhos de empregadas e da branquitude “credora de gratidão eterna”, mas mostra também como essas personagens encontram elas mesmas formas de se libertarem das prisões que o racismo estrutural e o trauma sem-reparação de uma sociedade escravagista continuam a produzir.

O tom do romance, que pode ser confundido com “didático” (entre aspas, reparem), não existe para regozijo e aprendizado da branquitude, mas se justifica, com muita propriedade, como tentativa de elaboração das personagens frente às violências simbólicas, físicas e estruturais que acompanham suas trajetórias – do riso debochado do patrão quando a filha da empregada diz que deseja cursar medicina à supressão da infância de meninas e meninos pretos forçados desde muito cedo à vida adulta (diferente das "eternas crianças" das classes mais ricas).

É um livro sem excessos, respeitoso com relação às feridas ainda abertas e atento às tragédias e abusos que ontem mesmo viravam notícia (como o caso do menino Miguel em PE e as cada vez mais frequentes descobertas de trabalhadoras domésticas mantidas como escravizadas). Na carta que acompanhou este livro enviado aos parceiros da Cia., a autora escreveu que desejava trabalhar temas “complexos, angustiantes, perturbadores” “de um jeito simples e direto, que chegasse a todo mundo. Como se Mabel e Eunice fossem minhas leitoras.” No universo da ficção, que nunca deixará de ser um regime do real, não é difícil imaginar este belíssimo livro chegando não só a Eunice e Mabel, mas tecendo um diálogo urgente e libertador com os quartos, as cartas e as companhias de Carolina Maria de Jesus e Françoise Ega, suas insubmissas precursoras.
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Camilla.Conti 09/04/2024

Muito bom
No livro "Solitária" acompanhamos a vida de Mabel e Eunice. Eunice é uma empregada doméstica que mora no "quartinho de empregada", junto de sua filha Mabel.

De início, Mabel comenta rapidamente, sem muitos detalhes, de uma tragédia que aconteceu no edifício de luxo no qual morava: "Brincamos e descobrimos muita coisa juntos naquele mesmo pátio que fazia as vezes de quintal para os ricos e que ainda tinha as marcas frescas do sangue do corpinho de quatro anos de idade incompletos caído do décimo andar naquela tarde.". A partir disso, vemos como que essa tragédia se desenrolou ao longo de diversos anos.

Gostei muito da leitura!
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Carolina.Gomes 01/04/2024

Servidão humana
Comecei essa leitura por indicação de uma amiga e fiquei impactada.

A autora consegue, num breve relato, chacoalhar o leitor e trazer à tona a questão da invisibilidade do trabalho doméstico e a condição servil em que vivem muitas mulheres.

Alternando os narradores, a autora nos dá a perspectiva dos fatos acontecidos na cobertura de um condomínio chique. A história prende e foi bem difícil parar de ler.

É um livro curto com temática forte. Gostei!

?Reparei mais uma vez que, para quem não era patrão, tudo era ?inho?: quartinho, apartamentinho, banheirinho...?
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Thi Acrisio 26/08/2022

Quarto Solitário, Representativo!
É um livraço, usa como cenário várias referências dos acontecimentos reais, associados ao trabalho de mulheres negras como doméstica e os casos de trabalho análogo a escravidão, eu notei um certa similaridade ao filme "que horas ela volta" e varias referências ao livro quarto de despejo, além da citação da Pandemia, que demarca o período da sua escrita. É uma narrativa de mulheres negras, negligenciadas, que usam sua força para mudar a sua realidade.
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Roseane 08/08/2022

Solitária
Eliana Alves Cruz, uma das maiores romancista brasileiras e retratista do Brasil está com um novo romance.Solitária é um livro que provoca o leitor a fazer reflexões sobre armadilhas sociais e raciais presente em nosso cotidiano. Eliana usa uma lupa e a amplia realidades nos ajudando a enxergar melhor.
Ao contar a história de algumas famílias destaca-se a exploração de mulheres negras. Eunice é uma mulher casada, tem uma filha e trabalha como empregada doméstica em um bairro nobre. A filha da Eunice, a Mabel ainda criança foi incumbida a ser babá de Camila, filha da patroa da mãe. Irene aos 11 anos de idade é retirada do interior para trabalhar em casa de família na capital. Dadá tinha 10 anos quando foi trabalhar na casa de dona Imaculada e foi explorada por décadas. Luiza precisa do emprego e se vê obrigada a levar seu filho Gilberto um menino alegre de riso fácil para a casa dos patrões.
O marido da Eunice sucumbe as opressões de sua existência como um homem negro em uma sociedade racista. Jurandir é aquele que é parceiro e não deixa os seus na mão, de forma inusitada ele consegue ajudar a Mabel atingir seus objetivos. Joao Pedro expõe suas indignações do cotidiano e nem sempre agrada a todos, mas ele nem liga.
As histórias vão se desenvolvendo e tomando diferentes rumos e desdobramentos. Não há somente tristeza, temos romance, alegrias, amor, vitórias e finais felizes. Os percursos é que são cheios de pedras. O anseio por justiça tira muitos da inércia e para pedir justiça e revoluções acontecem.
Os brancos se protegem historicamente assim cito dois casos reais para exemplificar: Sari Cortes Real, envolvida na morte de um menino negro de 5 anos, filho da empregada doméstica foi condenada apenas 8 anos, porém o juiz Edmilson Cruz Júnior, nega o pedido de prisão. Margarida Bonetti escravizou uma mulher negra por 20 anos nos EUA onde morava. Foi condenada, fugiu para o Brasil e se “esconde” na casa que era de seus pais. O marido Renê Bonetti também foi condenado, mas por ter nacionalidade americana teve prisão decretada. Dessa forma, governo brasileiro no período do governo de Fernando Henrique Cardoso planejou colocar Rene em um cargo de chefia do Sistema de Vigilância da Amazônia, um projeto de defesa do espaço aéreo da região, em uma jogada para lhe devolver a nacionalidade brasileira e ele então pudesse vir para o Brasil.
O livro traz diversas situações em que parece que a vida imita a arte ou seria que a arte imita a vida? Não tem como contar mais devido a risco de spoiller. Leitura intrigante. Super recomendo.
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