Um teto todo seu

Um teto todo seu Virginia Woolf




Resenhas - Um Teto Todo Seu


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Jorlaíne 13/01/2024

A desigualdade sob um teto que ainda não é todo nosso!
Em 1929, Virgínia Woolf questiona sobre a quantidade de mulheres que fazem parte e são reconhecidas nas artes em geral e na literatura.
Hoje, em 2024, quantas Autoras mulheres você leu? Qual a diferença em quantidade de livros entre Autoras e autores em sua estante?
Refletindo sobre isso cem anos depois, percebemos o quão importante ainda é a luta feminista diante de um cenário tão desigual entre homens e mulheres.
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Rildery 21/04/2022

E se Shakespeare tivesse uma irmã?
O papel da mulher numa sociedade machista sempre foi uma discussão relevante, principalmente quando falamos sobre a mulher no mercado de trabalho. Afinal, quantas mulher continuam sendo menosprezadas em um ambiente de trabalho? Muitas!
Nesse ensaio, Virginia Woolf reflete sobre o papel da mulher na literatura, principalmente da mulher que escreve ficção. Ao longo dessas páginas, a autora discorre sobre séculos em que essas mulheres foram silenciadas, todo o tempo que seus trabalhos foram menosprezados e deixados de lado.
Woolf fala que uma mulher para escrever ficção precisa de 500 libras por mês e um teto todo seu, um lugar para por as ideias no lugar. Esse ensaio foi de extrema importância no século XIX e continuar relevante nos dias atuais.
A edição da Antofagica conta com textos extras que enriquece a leitura. Recomendo.
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Natasha.Louredo 05/09/2023

Uma Reflexão Sobre Mulheres na Literatura
Publicado por Virginia Woolf em 1929, "Um Teto Todo Seu" é um ensaio baseado em uma série de palestras ministradas em 1928 em Newnham College e Girton College, duas escolas para mulheres na Cambridge University.

O ensaio é um gênero textual em que o autor ou a autora imprime ali o seu posicionamento diante de um determinado assunto e o defende a partir da apresentação de argumentos, além de convidar os leitores para a reflexão.

A autora faz uma análise sobre a condição da mulher, aponta as críticas mordazes e machistas feitas pelos homens sobre as obras literárias e o trabalho intelectual feito por mulheres em áreas acadêmicas. Woolf critica a sociedade e fala sobre as dificuldades enfrentadas por mulheres que desejavam escrever. Mulheres que dependiam financeiramente dos maridos ou das famílias, que sequer tinham direito ao próprio tempo e a um espaço para desenvolver suas habilidades ou trabalhos livre das interrupções da família, visitas e problemas domésticos, tomando como exemplo Jane Austen. Em algumas obras escritas por homens encontravam-se comentários de que as mulheres não possuíam capacidade intelectual suficiente para o exercício da escrita.

Por conta de toda essa discriminação as mulheres ficavam com medo de escrever, muitas se reprimiam e quando algumas resolviam enfrentar esse medo, era comum que publicassem seus livros usando pseudônimos masculinos.

A primeira parte do livro eu confesso que foi difícil de vencer, achei bem cansativa, principalmente quando ela começava a divagar demais. Mas na segunda parte, quando ela começa, de fato, a pensar sobre a condição feminina, a leitura fluiu muito bem. Woolf fala sobre a pobreza e a forma como ela influencia na vida da mulher e de como muitos homens escreveram sobre mulheres, mas poucas mulheres de fato conseguiram fazer o mesmo. Ser vista sempre pelo olhar do outro é uma forma de não existir.
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Jorge Luiz da Silva 13/01/2024

A mulher é destaque
Mulher independente, dona do seu próprio nariz, reflexão sobre as condições sociais da mulher são temas em destaques nesse excelente livro.
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Luci_books 19/11/2023

Em "Um Teto Todo Seu", Virginia Woolf oferece reflexões perspicazes sobre a vida das mulheres na sociedade do passado, explorando temas como status financeiro, a expressão artística feminina na escrita e o papel da mulher como esposa. Ela expõe criticamente aspectos normalizados da época, revelando pontos cegos que limitavam severamente as mulheres.

Woolf analisa as restrições impostas pelo patriarcado, onde até mesmo mulheres que trabalhavam não tinham controle sobre seu próprio dinheiro. Mesmo herdeiras perdiam sua autonomia ao se casarem, tornando-se quase extensões de seus maridos, como se seus nomes e recursos não tivessem valor.

Em uma comparação intrigante entre Jane Austen e Liev Tolstói, Woolf destaca como as obras do último frequentemente exploram temas amplos e universais, enquanto Austen concentra-se nas complexidades das relações sociais e na vida doméstica. Mulheres eram muitas vezes confinadas a temas considerados "femininos", vistos como menos importantes. Woolf argumenta que Tolstói, ao não enfrentar tais limitações, destaca a necessidade de um "teto todo seu" para as mulheres - um espaço físico e intelectual onde pudessem contribuir plenamente para a literatura. Isso fortalece o apelo de Woolf por um espaço próprio e liberdade mais ampla, permitindo que as mulheres explorem plenamente seus potenciais na escrita e na vida em geral.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 11/04/2022

Mulheres E Ficção
Sobre o Livro:
Em 1928, Virginia Woolf (1882-1941) deu duas palestras no Newnham College e no Girton College que, na época, eram as únicas faculdades que admitiam mulheres, aliás, só mulheres em Cambridge.

Intituladas Mulheres e Ficção, essas palestras foram ampliadas, revisadas e, no ano seguinte, publicadas em livro e hoje em dia, Um Teto Todo Seu é a obra mais importante da critica literária feminista graças a pertinente abordagem das contingências históricas e conjunturais da atividade literária.

Em 197 páginas, Woolf esquadrinha de maneira inusual e provocativa as condições sociais e materiais ? tempo, privacidade e independência financeira ? para uma produção literária ser sustentável. Uma circunstância especialmente significativa para o entendimento da condição da mulher na tradição literária, à medida que, historicamente, nós sempre fomos despojadas dessas exigências essenciais.

Concomitantemente, ela apresenta a precária erudição feminina como outro desafio a ser superado e, num texto coalhado de metáforas, chega até a elaborar um princípio estético que idealmente propõe a afastamento, ou melhor, a eliminação dos assuntos pessoais, para que a criação artística possa fluir livre e desimpedida.

O resultado é um ensaio absolutamente inovador. Woolf contesta as estruturas tradicionais no conteúdo e também rejeita a premissa padrão na forma. Para tanto, ela assume diferentes identidades, a fim de propor que a voz narrativa não é exclusivamente dela, mas a de todas nós, mulheres. Também lança mão da ficção para compensar a escassez de registros sobre as mulheres elizabetanas, a fim de combater preconceitos sobre nossa suposta ?inferioridade?. Enfim, ?ela escreve uma história do pensamento de uma mulher sobre a história das mulheres pensantes: seu ensaio é uma reconstrução e uma reconstituição, bem como um argumento?.(*)

Em suma, defendendo que a verdade e a própria história são subjetivas, a escritora estimula o senso crítico dos leitores, colocando em xeque até o próprio ensaio. Portanto, com quais pontos você concorda e com quais discorda de Um Teto Todo Seu?

Sobre a Edição:
Adquiri o e-book cujo custo-benefício atendeu minhas expectativas. A tradução, de Vanessa Bárbara, é novidade e ultrapassa com facilidade os percalços de um texto que exige atenção. O projeto gráfico e, em especial, a capa merecem elogios, assim como a revisão e a diagramação cumprem seu propósito. Entretanto, tenho minhas restrições quanto as fotografias, de Luisa Callegari, que, no meu entender, não se encaixam harmonicamente com a proposta do ensaio de Woolf, a despeito da qualidade artística que possuem.

Com relação ao material suplementar, o livro reúne quatro textos exclusivos. São eles:
Apresentação: Dúvidas Ainda Quentes Para O Século XXI, por Aline Bei (Escritora)
Posfácios:
- Um Teto, Um Quarto, Um Canto Só Seu, por Ana Carolina Mesquita (Tradutora e Doutora em Letras)
- Um Teto Todo Seu, Os Ensaios De Woolf E Possíveis Diálogos Com A Filosofia, por Renata Cristina Pereira (Professora, Mestre em Filosofia, Licenciada em Filosofia e Letras)
- Virgínia Woolf E Os Ensaios, por Mônica Hermínio de Camargo (Professora, Doutora e Pesquisadora)

Recomendo a compra e, se sua opção for o e-book, sugiro dispensar o Kindle e usar o aplicativo de leitura da Amazon instalado num tablet ou notebook, pois será possível a visualização a cores, uma experiência mais próxima a do livro físico.

Nota: (*) SparkNotes.
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Mi Rubin 03/11/2023

O tipo de livro que começamos a ler para distrair mas no fim, passamos raiva rs.

Incomoda ler o quanto foram podadas mulheres incríveis, que poderiam ter escrito tantas coisas, mas a sociedade ditava que suas ocupações eram apenas voltadas para a família.

Foram impedidas de serem mais, única e exclusivamente, por serem mulheres.
Não pq não tinham talento ou algo assim.
Mas por serem mulheres.

E o que mais assusta, é que essa realidade continua sendo tão real.
Sociedade oprimido mulheres que poderiam ser incríveis, mas que ficam de lado sem ao menos terem espaço para tentar.

Isso é cruel demais...
Que a igualdade e liberdade realmente cheguem!
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Alyne66 29/07/2023

Ótimo ensaio
A única questão desse livro, para mim, é a escrita. Uma escrita assim, sem parágrafos, me deixa cansada. Mas é um bom ensaio escrito pela brilhante Virgina Woolf que, ao final, me deixou bastante reflexiva, são ótimos questionamentos e perpetuam até os dias atuais. A única questão é que livro de época realmente, não é muito para mim, mas estou tentando e lendo mais para me adaptar, pois a mairoia dos livros clássicos são maravilhosos e valem a pena o "esforço".
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Thais645 12/09/2023

O livro trás uma perspectiva sobre o universo que cerca a vida da mulher em uma sociedade marcada pelo patriarcado. A autora expõe de uma maneira simples a forma como o conhecimento foi polido da vida da mulher em diferentes frentes.
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Giovanna.Gregorio 10/01/2023

Casa de Alvenaria: um teto todo seu.
Dividi a leitura desse livro com o volume 2 de Casa de Alvenaria, da Carolina Maria de Jesus e essa foi a coincidência literária mais rica que já tive. (recomendo)

À principio o livro de Woolf é uma experiência de linguagem e tanto, a vertigem de transitar entre realidade e ficção, entre múltiplas vozes, entre a tese e o romance acaba criando uma leitura que excita qualquer amante da literatura independente das discussões que se seguem. Porém, enquanto engajamento crítico, confesso que já adentrei pensando que a discussão já estava ultrapassada, que faltaria recorte de classe, faltaria até mesmo o recorte colonial e que nos é tão caro e é aí que entra Carolina e expande Virginia.

Falta recorte de classe? Sim. De raça? Sim. Acho que estava ao alcance de Woolf traçar tudo isso? Não. E justamente por isso a leitura ainda é tão válida, contudo Carolina representa esses recortes e ironicamente consolida a universalidade de algumas violências direcionadas ás mulheres que Woolf elabora tão bem em seu livro.

Carolina batalhou muito por um teto todo seu, ela saiu do quarto de despejo e encontrou sua tão sonhada casa de alvenaria, que de sonho representou muito pouco, a gente acompanha a vida de Carolina e percebe que além do teto lhe falta algo: paz. As interrupções que são feitas a uma mulher são incontáveis, o papel de cuidado incansavelmente solicitado, as tarefas domesticas infindáveis e etc. Essa descontinuidade aparece na estrutura de Woolf, ela não traz essa discussão literal mas ela interrompe seu ensaio, ela troca de narradora, de identidade, ela nos enche de retomadas e de rupturas. Essa é a realidade de uma mulher que trabalha, a dupla jornada que é tão silenciosa e tão violenta e que continua ferindo todas nós até hoje.

"Eu não queria minha vida assim. Queria viver só escrevendo. Quando cheguei em casa respirei aliviada porque ia repousar um pouco."
- Carolina Maria de Jesus, 16/01/1961.
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Rafael 07/05/2022

Lugar de mulher é onde ela quiser!
O ensaio "Um teto todo seu", de Virginia Woolf, foi escrito em 1928, período em que as mulheres inglesas, apesar dos avanços alcançados nas áreas social e política (ex: direito ao voto e maior acesso às profissões remuneradas), semelhantemente ao tempo presente viviam em uma nação centrada nos homens: ?a Inglaterra está sob o poder do patriarcado? (p. 73).

Na obra, os efeitos desse sistema são sempre sentidos pela protagonista. Até que palestre sobre "As mulheres e a ficção" numa universidade, sua preparação é marcada por impedimentos nesse espaço, como as proibições de andar só pelo gramado ou de acesso desacompanhada à biblioteca, e por muitos questionamentos: "Por que um sexo era tão próspero e o outro, tão pobre? [...] Que condições são necessárias para a criação de obras de arte?" (p. 63).

A partir do resgate histórico de séculos de forte repressão à produção artística feminina, levando-a à quase extinção, e de uso das mulheres como espelhos para "refletir a silhueta dos homens com o dobro do tamanho real" (p. 76), sustenta-se que "a liberdade intelectual depende de coisas materiais" (p. 200).

É apenas com dinheiro e um quarto só seu que poderão as mulheres conversar e escrever sobre qualquer tema, desfrutar sozinhas de qualquer jantar e almejar "por uma vida agradável e honrada em uma das profissões largamente rentáveis" (p. 53), livres de quaisquer convenções sociais aprisionantes.

Para a autora, se forem abertas as portas às mulheres, rica transformação haverá não só na literatura, como também em ambos os sexos, individual e coletivamente.
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mai 05/12/2023

é lindo e ao mesmo tempo dolorido ler esse livro enquanto mulher. quantas vezes deixaríamos de nos pôr em risco de tivéssemos uma renda fixa e um cantinho todo nosso! virgínia estava certíssima.
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Vih 27/07/2022

Para uma mulher escrever ela precisa de um teto todo seu
Foi o meu primeiro contato com a Woolf e foi maravilhoso, eu sempre senti que ia amar a escrita dela, eu estava certa kkkk
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Karem.Bianchin 22/02/2023

Excelente
É uma reflexão sobre as condições sociais da mulher e sua produção literária. O livro é um ensaio feminista relevante até os dias atuais.
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Gi Santos 19/06/2023

É uma obra feminista e provocativa que aborda as limitações e desafios enfrentados pelas mulheres na sociedade patriarcal. Woolf argumenta que, para que as mulheres possam se expressar plenamente, elas precisam de independência financeira e de um espaço próprio. Virginia critica a exclusão das mulheres da história, literatura e filosofia, questionando por que tão poucas obras escritas por mulheres foram preservadas e celebradas e examina as questões da identidade feminina e da escrita feminina, enfatizando a importância de as mulheres terem a liberdade de contar suas próprias histórias.

Com uma escrita perspicaz e eloquente, Virginia Woolf oferece uma análise crítica da opressão das mulheres e argumenta que a criação de um espaço seguro e de oportunidades igualitárias é fundamental para que as mulheres possam florescer intelectualmente e expressar sua voz única no mundo.
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