Resenhas - Bolo Preto

Maria Rolim 03/04/2024

? Sobrevivência não é o suficiente. ?
Não basta só sobreviver, a sobrevivência nunca foi suficiente; Acredito que esse pensamento envolve toda a narrativa, apesar das suas origens, gênero e idade todos querem e merecem uma chance de viver!
Tinha muito expectativa no livro que não foi atingida, achei que a autora se prolongou muito e correu na linha temporal e nos eventos em si; poderia ter um desenvolvimento maior das personagens e mais diálogos! É um bom livro, com uma proposta bacana de resgate cultural, segunda chance e amor

Edilaine 21/03/2024

Maravilhoso
Que livro...
A trajetória de uma mulher, de uma família.
Esse livro mostra tantas injustiças, tanto sofrimento, mas também tanta luta, tanto amor, recomeço, como as famílias podem se afastar por mal entendidos, orgulho...
Recomendo demais esse livro. Vale a pena cada palavra.

LimaOLimao 12/03/2024

Foi bonzinho, até
Enredo - 3,0 estrelas ( Bom

Acompanhar a vida dos filhos da Eleanor Bennett, enquanto eles ouvem uma gravação da mãe expondo o passado e revelando as mentiras que ela contou sobre si mesma antes de falecer, é instigante, mas não foi meu favoritado.

Esse livro se compara perfeitamente com A Metade Perdida, só que sem as irmãs gêmeas. Mas ao contrário deste, a personagem principal ainda tem papel ativo até o final, mesmo que a autora adicione, como prioridade, os pontos de vista dos filhos da personagem principal e de sua família.

Engraçado até, no outro livro a história foi excelente, mas no decorrer foi deixada de lado e teve um final ruim. Nesse, a história foi boa, mas foi se elevando a cada página e não se perdendo, e foi concluída perfeitamente bem, conseguem entender?

Personagens - 2,0 ( Razoável

Eu não me envolvi emocionalmente com a trama dos filhos da Eleanor Bennett, e sim com a história dela. O que foi diferente com a Metade Perdida. Engraçado, o que teve em um, não teve no outro.

Os dois filhos não me cativaram, não me foi interessante a vida deles e nem o desenvolvimento deles. A outra filha, foi um pouco mais interessante, mas não aquela coisa, que eu diga: amei essa personagem! Mas o que tende a ser bom aqui, pra mim, foi a amizade da Covey com Bunny. Os dois golfinhos.

Escrita - 3,0 estrelas ( Bom

Essa escrita alterna entre passado e presente e é de fácil entendimento, mas temos uma pequena similaridade com o livro que citei no começo da resenha. As personagens pulam de uma idade para outra no decorrer do livro, a única diferença é que neste livro, a história foi mais completa, digamos assim, antes de pular pra uma outra fase da vida dos personagens

Izabel.Franzoni 06/03/2024

Livro bem profundo..
O Bolo Preto" é um romance envolvente e emocionante que narra a história de uma família complexa e os segredos que a cercam. Escrito por Charmaine Wilkerson, o livro explora temas profundos como identidade, raça, maternidade e as consequências do passado.

A trama gira em torno de Viola, uma mulher que cresceu em uma família afro-americana e que, após a morte de sua avó, descobre que sua mãe escondeu um grande segredo por anos. Viola então embarca em uma jornada para descobrir a verdade sobre sua própria história e suas origens.

A narrativa é habilmente construída, alternando entre o passado e o presente, revelando aos poucos os eventos que moldaram a vida da família. Os personagens são complexos e bem desenvolvidos, cada um com suas próprias lutas e dilemas.

Um dos pontos mais fortes do livro é a maneira como aborda questões de identidade e pertencimento. Viola é uma personagem cativante, cuja jornada de autodescoberta ressoa profundamente com o leitor. A autora também não tem medo de confrontar questões difíceis, como racismo e trauma intergeracional, o que torna a narrativa ainda mais poderosa.

Além disso, a escrita de Wilkerson é envolvente e poética, criando uma atmosfera rica em detalhes e emoção. Ela consegue capturar as complexidades das relações familiares e as nuances da experiência humana de uma maneira que é ao mesmo tempo sensível e impactante.

lauraods1 06/03/2024

Ancestralidade, etnia e escolhas...
Bolo Preto é daqueles livros paa se ler devagar, degustando e refletindo.

A história de Coventina é contada por ela, e mesmo quando narrada pelos outros personagens ainda consegue manter o tom.

Há muito não lia uma obra tão bem feita, onde todas as pontas foram muito bem amarradas no final. Sem falar da parte de pesquisa geográfica, histórica e antropológica feita pela autora que nos coloca dentro dos cenários: seja nas ilhas, em Londres ou na Califórnia.

Sem dúvidas entrou para minha lista de favoritos.

Speck Of Giovanna 03/03/2024

Uma grande mistura de sensações, com muitas reflexões e aprendizados sobre quem somos e a ligação que temos com o nosso passado. Mostra também a importância de tradições e nos ensina o verdadeiro significado do bolo preto. A narrativa é cheia de acontecimentos e um olhar meio psicológico relacionado aos protagonistas. Só achei que o final poderia ter sido menos demorado, já que entendemos todos os acontecimentos antes, e a autora acaba se demorando nos detalhes e torna algumas coisas repetitivas.

Pdrmcd 11/02/2024

Reconhecer nossos antepassados é uma grande história
?Bolo Preto? é um livro sobre identidade. Acompanhamos a história de uma família, que atualmente mora nos Estados Unidos, em uma revisita ao passado e às raizes da mãe e do pai, que perpassam pelo Caribe e pela Inglaterra.

Apesar dos personagens serem fictícios, a autora deixa claro que eles representam milhares de pessoas que possuem uma mistura étnica e que podem por vezes enfrentar diversos desafios no processo de reconhecer quem você é, de onde você vem e qual o seu papel no mundo.

Ele explora muito a questão racial e de gênero também, afinal, essas coisas sempre estão entrelaçadas quando vivemos em um mundo dominado por homens brancos do hemisfério norte e que, mesmo no século XXI, um sobrenome certo ou uma família certa ainda conta muito.

Em relação a parte histórica e crítica social, o livro é espetacular. A narrativa pode ser um pouco ?repetitiva?, pois são muitos detalhes e em alguns pontos é preciso voltar várias vezes para entender algum ponto, o que pode dar a impressão pro leitor de que ?você já leu essa parte mais de uma vez?.

Penso que o livro chame muito mais atenção para pessoas que se interessam por essas questões que citei.

No geral é um ótimo livro!

ane 08/02/2024

O livro é bom porém ele tem um ritmo diferente
as vezes ele se desenvolve bem rápido e as vezes bem devagar
eu gostei da história e acho que a autora colocou ali muitos estigmas da sociedade alguns de forma mais sútil e outras de forma escancarada como por exemplo o racismo
não é um livro de suspense
tem poucos diálogos o que também pode deixar um pouco cansativa a leitura
indico

Jenny 28/01/2024

"Ela era destemida. Uma garota destemida, sem mãe ou marido para mantê-la na linha, era uma coisa perigosa."

EuNathMancinelli 25/01/2024

Romance e drama familiar
Benny e Byron, irmãos que não se veem nem se falam há 8 anos, se reencontram após o falecimento da mãe.
Acompanhados pelo advogado da falecida mãe, ambos precisam escutar um arquivo de áudio, deixado pela própria, para revelar sua verdadeira história de vida com alguns pedidos aos filhos.
Quais segredos essa mãe carregou por uma vida toda? Porque revelar seus segredos agora ?
Uma história sensível, que fala de amor, renúncia, resignação, amizade, racismo, lealdade, luta e superação.
Com personagens bem construídos, a história vai se revelando aos poucos indo e vindo em duas linhas do tempo.

Cris Moraes 18/01/2024

Ao finalizar a leitura deste livro, confesso que me senti bastante emocionada com o enredo e as temáticas nele apresentadas.

A autora se utiliza de uma tradição passada de forma muito especial, através de gerações, para narrar de um jeito delicado e veemente sobre o que podemos ser e sobre aquilo que realmente somos, imersos em um mundo no qual os rótulos, geralmente, é quem nos nomeiam e quem nos definem.

A narrativa é contada da perspectiva dos vários personagens da história e segue um fluxo temporal diferenciado, alternando passado e presente de todos eles. Achei maravilhoso o fato de que estamos acompanhando a trajetória diversa de personagens negros, cujos traços de personalidade e visão de mundo são muito bem ambientados pela autora, fugindo dos estereótipos ou dos exageros caricaturais.

É uma leitura com vários momentos de tensão, mas que prima pela narrativa ágil e pela capacidade de a história envolver bastante o leitor durante todo o tempo.

Vale a pena conhecer!

andreza 12/01/2024

Esse é um livro com tantas histórias conectadas, muitas camadas e é tão real. Os personagens são muito reais. No começo achei esquisito a ordenação dos capítulos mas depois que acostumei tudo fluiu. É um livro que, pra mim, não teve grandes plots, mas também não acho que esse seja o objetivo

nay.gba 23/12/2023

O colorido bolo preto
Bolo Preto é um romance de formação da protagonista Sra. Bennett. Após a sua morte, os filhos se reúnem para ler as cartas que ela deixou contando a sua verdadeira história.

Temas importantes são trabalhados com muita riqueza e propriedade que a autora possui e foi enriquecendo com suas pesquisas. Alguns deles são: diáspora chinesa, colorismo, racismo, bifobia e machismo.
Gostei muito de como os personagens conversaram com os temas. Deixou a história atemporal e multicultural.

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Dito isso, agora eu vou hablar!

Senti bastante incômodo com a estrutura do livro e a leitura não fluiu. Capítulos curtos, mas desconexos, demorou muito para serem amarrados.
Fiquei com raiva da ordenação dos capítulos porque não tinham muito sentido. É o velho truque de vou contar coisas soltas pra você entender tudo no final, mas quando chega o final estavam tão soltas as peças que algumas se perdem. Não funciona pra mim.

Não teve lógica o suspense em torno do crime, simplesmente porque ela não trabalhou na narrativa. Daí no fim, tem um capítulo pra responder o crime que eu nem percebi que precisava de explicação porque faltou informações.
Se a explicativa de como ocorreu o crime estivesse lá no início, a gente teria pelo menos esperado o desenrolar da investigação que ela entrega no final.

A escrita em terceira pessoa também não funcionou. Nem um pouco. Entregou detalhes demais de personagens que não eram tão importantes, virou um bolo de gente literalmente.
A personagem que eu mais senti identificação foi a sofrida Benny, os capítulos dela foram sensacionais. Acredito, inclusive, que se o livro fosse todo narrado pela perspectiva dela em primeira pessoa eu teria favoritado. A história é boa, mas a escrita que não.

Confesso que fui atraída pela capa e pela indicação da autora Taylor. E pra minha surpresa eu vi em Eleonor um esqueleto da icônica Evelyn Hugo, igualzinhas no jeitinho torto de resolver as coisas kkkkkk

Aaaaaa, tô misturando tudo e vendo coisas que não tem... Tá, pode ser! Mas, leitura é isso e conversamos com o repertório que nós temos.
E mais, dona Marble tem um quê de Elizabeth Zott e o senhor Byron não passa de um mimado com a irmã.

É isso, leiam e discordem de mim. Leitura Recomendada

renni 22/12/2023

Todo mundo está vivendo pela primeira vez
Essa história me pegou de jeito que não larguei por dois dias. Eu precisava saber onde ia dar e se os irmãos ficariam bem.

Admito que os capítulos curtos com a troca de ponto de vista me incomodaram no início pois me deixou perdida, mas fui me acostumando.

Vi que a abordagem de múltiplas temáticas incomodou alguns leitores mas não vi como um problema. Enxerguei apenas como pessoas reais vivendo no mundo real tendo que lidar com problemas da sociedade, política e economia. A verdadeira batalha era de empatia, resiliência e busca do perdão.

Quanto mais as crianças descobriram sobre a família, mais eles se viam nos pais e ficavam "merda, porque eu não sabia disso antes? Porque eu não contei antes?". As relações foram baseadas em muito amor mas em muito medo e insegurança também. Todo mundo ali estava aprendendo conforme a onda ia levando.

Enfim, leitura bem bacana!

@lendosonhando 16/12/2023

Benny e Byron são irmãos que não se veem há 08 anos. Após a morte do pai e em seguinda da mãe, Benny e Bryron são obrigados a se reencontrarem e escutam um áudio que trazem vários segredos de família à tona.

Bolo Preto é um romance ficcional, mas que foi baseado em muita pesquisa e também das próprias vivências da família da autora de origem Jamaicana. O livro tem vários fluxos temporais, alternando entre presente e passado e também pontos de vista de vários personagens que são importantes na trama e intimamente entrelaçados.

Bolo Preto fala sobre a história de Eleanor e tudo que aconteceu em sua vida ao longo dos 70 anos. Do amor à natação às violências que sofreu e do que teve que abrir mão para ter sua liberdade, no entanto, uma das coisas da quais foi obrigada a deixar para trás é a grande razão para que Benny e Byron saibam sobre o passado dessa mulher extraordinária.

Por meio de Eleanor, Bunny, Gibbs, Pearl e tantos outros personagens conhecemos mais sobre a importância da ancestralidade e como é importante termos conhecimento de quem somos, de onde viemos. Em um mundo que tenta nos rotular a todo instante, é imprescindível termos uma base de identidade bem formada.

Cada Bolo Preto que é feito por Elanor, Pearl e Benny tem toques dessa ancestralidade, mas também de tradição, orgulho de suas origens e uma forma de ter contato com sentimentos que muitas vezes são soterrados pela adversidade.

Eu me emocionei muito ao ler Bolo Preto. Um livro composto por homens e mulheres extraordinários, mas também falhos que diante de uma sociedade que insiste em dizer que não são suficientes ou adequados "teimam" em existir e resistir.

O livro já foi adaptado para uma série chamado Doce Mistério, produzido pela Oprah Winfrey e disponível no Star+ e não vejo a hora de conferir!

Leitura 5 estrelas e favoritado!