Resenhas - Não era para ser assim

Vivi Moreno 12/05/2022

Um assunto muito interessante
A maternidade é um dos momentos, senão, o momento mais marcante da vida de uma mulher. E a hora do parto, o momento de maior fragilidade.
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Seu corpo sustentou uma gravidez por 40 semanas, e quando chega a hora, o corpo explode de dor e a alma comprimi de um misto de sentimentos: alegria e medo. E é nesse momento que as gestantes precisam de maior apoio, carinho e respeito, mas não é sempre que isso acontece.
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Em "Não era para ser assim" a autora Natália Elias realizou um trabalho jornalístico e reuniu 20 depoimentos dolorosos e sensíveis sobre mulheres que sofreram algum tipo de violência obstétrica, ou seja, que não tiveram o devido respeito durante o pré-parto, parto ou pós-parto.
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Alguns depoimentos relatam comentários maldosos, humilhantes e pejorativos de médicos e equipe médica; manobras agressivas, uso de medicamentos e adoção de procedimentos sem autorização da gestante; proibição de acompanhante e tratamento desumano. Tudo isso causando traumas e interrompendo o momento do primeiro encontro de mãe e filho.
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O objetivo do livro é divulgar o termo Violência Obstétrica e alertar que nada disso faz parte do "normal" e que realmente o momento do nascimento de um filho, não é para ser assim. Ao final, é apresentado uma série de medidas que devem ser adotadas para relatar o caso e contribuir para melhoraria no atendimento às gestantes.
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"Não era para ser assim" foi lido em parceria com a Editora InVerso, é uma leitura informativa, que chocou pelos relatos, mas super necessária para alertar sobre e evitar novos casos.

flaviacoelhopena 27/06/2022

Tema importantíssimo
Há muito se tem normalizado a violência no pré, no durante e no pós parto. Ao invés de protagonista a mulher se torna vítima do momento de maior vulnerabilidade!
Uma leitura dolorida, mas o indispensável ao debate do tema!

Mi Reis 18/07/2022

São 118 páginas de realidade vivida por muitas mulheres e que, em sua maioria são silenciadas ou acreditam ser procedimentos 'normais'.

Neste livro, Natália Elias, traz depoimentos verídicos de mulheres, de diversas idades, onde são retratados os sofrimentos vividos por elas no momento que deveria ser de sonhos e se tornam verdadeiros pesadelos.

O tema violência obstétrica atinge não só o físico, mas o emocional também e, infelizmente, pouco discutido e denunciado e muito frequente, e acontece durante o pré-parto, parto e pós-parto.

Estes atos de violência são inúmeros, dentre eles os gritos médicos, discriminação, cortes desnecessários, o famoso 'sorinho' para induzir o parto e muitos outros.

Por que é importante discutir esse tema? Porque as mulheres merecem dignidade neste momento tão sonhado e frágil que passam.

Restante da resenha no link

site: https://www.instagram.com/p/CeJIgwfLi2o/?utm_source=ig_web_copy_link

Aline ig @escape.abacharel 26/07/2022

Livro forte, mas muito importante!
Esse livro é um compilado de depoimentos de mulheres que sofreram violência obstétrica durante os seus partos, tanto mulheres do Brasil quanto mulheres do exterior.

Não importa a classe social, não importa a cor da pele, não importa se a mulher está sendo tratada em um hospital particular ou público, todas as parturientes têm risco de sofrer uma violência durante esse momento tão importante para duas vidas: a vida da mãe e a vida desse ser precioso que está chegando ao mundo.

Sim, todas as mulheres têm o risco de sofrer desse dano que não deveria ocorrer... Porém, entre todas essas, as mulheres mais afetadas são as que têm seu parto no SUS e que são pretas ou pardas.

Até quando as mulheres serão tratadas assim?

Essa é uma obra de extrema importância por vários motivos: pelo conhecimento que irá levar a mulheres que não sabem o que é violência obstétrica; pela identificação por mulheres que sofreram este tipo de violência e que agora sabem que não estão sozinhas; por não haver livros que abordem esse tema; por não haver dados nem nas próprias secretarias estaduais de saúde.

Os relatos são de doer o coração. Gera indignação enquanto lemos e pensamos como isso é possível em pleno século XXI.

Sou da área da saúde, mais especificamente do curso de farmácia e já tinha ouvido falar sobre violência obstétrica antes. Não é questão de rixa entre o curso de medicina e o de farmácia, mas o que eu mesma aprendi durante meu curso e o que a própria jornalista e autora desse livro diz é que realmente o Conselho Federal de Medicina (CFM) ainda tem que evoluir muito quanto a esse aspecto. Para quem não sabe, o termo "violência obstétrica" chegou a ser rejeitado pelo CFM. E é por isso que vai gerando uma cultura onde as mulheres sentem vergonha e medo de denunciarem práticas abusivas, quando ocorrem.



site: https://www.instagram.com/p/CgMRP10O9W5/

MarAlia 18/12/2023

Não era pra ser assim!
Esse livro me abriu vários caminhos pro TCC.

Eu estava lendo mta coisa sobre violência obstétrica, mas, eu n tinha restringido, como meu orientador pediu.

Dps desse livro eu decidi que estarei falando sobre a violência obstétrica durante os partos.

Esse é um livro de relatos e eu só aconselho ler quem tem interesse e estômago.

É gigantesco o tanto de coisa errada que tem e o quanto esse assunto é pouco comentado.

O parto humanizado ele devia acontecer, mas, se vc for mulher, pobre ,preta, menor de idade, depende do SUS vc é tratada como um bicho.

Eu fiquei feliz por decidir esse tema.

Eu nunca passei por nada (óbvio, nunca engravidei).

Mas, conheço mulheres que passaram e que não sabiam que era violência obstétrica , que só aceitaram pra n morrerem.

E é bom poder dar voz a essas mulheres.

Camila 04/10/2022

“É necessário debatê-lo em todos os espaços possíveis. E a melhor forma de fazer isso é justamente começar ouvindo as mulheres.”
Gravidez é um momento muito marcante na vida de uma mulher. Mas, o momento que seria cheio de boas recordações, para inúmeras mulheres, se transforma em um pesadelo. A violência obstétrica é mais comum do que as pessoas imaginam e as sequelas podem perdurar por muito tempo na vida de mulheres e seus filhos.

🤰Não Era Para Ser Assim traz relatos reais e angustiantes de mulheres ao redor do mundo que passaram por situações humilhantes com um atendimento sem respeito ou afeto.

🤰Não foi fácil passar página a página e ver mulheres de diferentes idades, mães de primeira viagem ou que já tinham filhos passarem por isso e não ter acontecido nada. Muitas foram perceber que aquela situação que elas passaram era V. O. anos depois.

🤰São 120 páginas importantes para serem lidas, não apenas por quem está gerando um bebê, mas por todos. Precisamos alertar todas as pessoas para que essas diversas práticas insensíveis não aconteçam, e se caso acontecer a pessoa ser devidamente penalizada pelo ato.

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