Um crime delicado

Um crime delicado Sérgio Sant'Anna
Sérgio Sant'Anna




Resenhas - Um Crime Delicado


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Marcus 15/08/2021

Trama instigante que vai além da literatura policial
Cinquentão, solitário e taciturno, o crítico de teatro Antonio Martins vê-se fascinado por uma bela jovem após um prosaico incidente nas escadarias do metrô do Rio de Janeiro. Atração aumenta quando se dá conta que Inês manca, e se aprofunda quando fragmentos da vida da moça começam a fermentar um misto de, amor, desejo, ciúme e paternalismo.
Embora curto, o livro traz longos trechos em que Antonio Martins traça densas considerações sobre sua atividade profissional ou analisa os paralelos entre "Albertine", uma peça que vai assistir, e "Em busca do tempo perdido", de Marcel Proust. Definitivamente, a qualidade do conteúdo de uma obra não se pode medir pelo número de páginas.
O livro acelera para um desfecho surpreendente, em que Antonio Martins se vê acusado de cometer "Um crime delicado". É autor, vítima, objeto de uma rede que faz do crítico de arte personagem involuntário de uma obra? Leia e tire suas conclusões.
Sérgio Sant'Anna morreu em 10 de maio de 2020, vítima de Covid-19.

site: Instagram: bichodepratabr
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Mimi 22/07/2015

Esqueça tudo que vc já leu!
Esse livro é totalmente diferente de tudo que vc já leu. Altamente inteligente, com as ideias bem organizadas e cheio de significados implícitos, a obra de Sérgio Sant'Anna surpreende a cada virada de página. O que fazer quando se é acusado de estupro? O que fazer quando vc se apaixona por um "modelo", isto é, uma obra de arte viva? Quando um crítico se envolve com a arte a ponto de não saber diferenciar a ficção da realidade?
Obra extremamente original e o melhor de tudo: brasileira. Leia e deixe-se ficar confuso com Inês, Vitório e Antônio Martins.
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anselmo.pessoal 12/07/2020

Começa muito bem e depois ...
Tanto a narrativa como a estória são empolgantes no início, mas depois da metade o livro, a meu ver, se perde em divagações e longos detalhes desnecessários que param a estória, que só volta a empolgar no final.
Gostei tanto do início que até estava recomendando. Mas depois ...
Essa opinião é muito pessoal. Estou certo de que para muitos é/será uma leitura deliciosa.
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Marla 28/01/2022

História boa
A história é boa, bem elaborada, mas o tipo de narrativa, pra mim, é maçante. Primeiro livro desse autor que leio, quem sabe o próximo flua melhor.
Mas sim, eu recomendo.
Alê | @alexandrejjr 04/02/2022minha estante
Marla, leia os contos dele! No conto ele é gênio!




Paula 07/01/2016

Quem realmente é Inês?


Um Crime Delicado, de Sérgio Sant’Anna, traz em auto narração Antônio Martins, um crítico de teatro que se envolve casualmente com Inês, que posteriormente ele descobre como sendo modelo de Vitório Brancatti, e então passando a especular e sugerir como sendo alguém a ter uma relação sádica com a moça.
Antônio entra em devaneio após conhecer Inês, que se torna a partir daí sua musa, causa para a perda da calmaria em sua vida tão centrada, atrapalhando seu raciocínio lógico, tornando-o um grande questionador. Ele divaga e entra em sentimento intrínsecos e duvidosos como a raiva e o ciúme, esses dirigidos à Vitório Brancatti, que devo ressaltar, o livro não revelou o que realmente era de Inês, além de “financiador”, ou “patrão” de Inês.
Quem é realmente Inês? O que pensa ela? Um livro inteiramente narrado por um personagem que no final das contas é acusado de abuso sexual nos leva a concluir que o autor justamente não queria que tivéssemos uma conclusão clara de como foram as coisas, e sim que pudéssemos avaliar nossa cumplicidade ou não à Antônio, o julgando inocente, ou mesmo depois de tanto ele esmiuçar os fatos, conseguíssemos detestá-lo.
Um livro com um detalhamento quase fútil, é fácil se perder na leitura esquecendo-se realmente do que era quisto ser retratado. O interessante é quantas vezes o personagem se perdia para assuntos terciários, em nada coligados ao caso “Inês”. E Inês? Para uma personagem tão importante, ela pouco teve ação, e tão abertamente fora citada sendo então quase fictícia para o próprio personagem principal, ficando sem uma voz, sem modos que a detalhassem quem ela realmente era, o que pensava, e não somente o que Antônio sugeria ou almejava dela. Entendo que, o que autor pretendeu, é mostrar que nem mesmo o próprio personagem/narrador, sabia as respostas para as perguntas que ficam no ar, após essa leitura. O que nos resta apenas é questionar, deduzir, e ser assim, um dos tantos que estiveram no júri que não absolveu nem culpou Antônio.
Ficamos sem saber quem era Vitório, Nílton, Inês; se eram “mocinhos” ou “vilões”. Será que a intensão desde o início foi deixar o leitor sem essas informações básicas? Por que Antônio de nada sabe e tão envolvidos com ele ficou?
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pampamcviana 01/12/2023

Entediante
Se for considerar somente a história contada, caberia, talvez, em 10 páginas. Ou seja, são 136 páginas de devaneios do narrador (ou poderia dizer autor?). Este cara é um homem de 50 anos chaaaato... Se acha superior às pessoas. E se apaixonou por uma "manca". Ele, que busca a perfeição nas peças de teatro que assiste, se apaixona por uma mulher "imperfeita". No final das contas, imitando talvez Machado de Assis, você nunca saberá se realmente houve um estupro ou não. Ninguém sai perdendo no fim, por incrível que pareça. Talvez o leitor, por ler um livro tão tedioso.

Indico para as pessoas que têm tempo a perder.
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