maffessoni 03/02/2024Que doideira rapaziadaResuminho: o livro se passa na década de 1930, quando o detetive Poirot começa a receber cartas de um serial killer que se auto-intitula ABC. O nome vem da sua escolha por suas vítimas: a cada mês, uma cidade e uma pessoa são escolhidas seguindo o alfabeto (nome da cidade com A, nome da pessoa com A) e o assassino desafia o detetive a descobrir sua identidade.
Bom, o primeiro ponto que gostaria de comentar é que esse é o primeiro livro da Agatha que leio que nenhuma minoria foi ofendida e nenhum antissemitismo foi cometido (chocante!). então, é um ponto positivo, porque é bem chato ler alguma coisa dela e se deparar com a maior atrocidade escrita por alguém do século XX.
Segundamente, que história doida!!
Até uns 3/4 do livro estava tudo bem linear, uma narrativa lenta e até mesmo chata para algumas pessoas. Sabemos que nos livros da Agatha o óbvio nunca é óbvio de fato, então já ficamos com o pé atrás com o caminho que ela vai estimulando o leitor a seguir e criamos 1001 teorias na nossa cabeça. Mas pqp, dessa vez foi mais complexo do que eu imaginava (e eu adorei).
É uma história envolvente que vai induzindo vários caminhos possíveis para uma solução e cabe ao leitor acatá-los ou não. Dentre os livros que li da autora, esse foi um dos mais divertidos e gostosos de ler.
Sinto muito aos haters do Poirot, mas eu adoro muito esse cara. Como esse livro se passa pelo ponto de vista de um amigo dele, fica muito mais legal acompanhar as loucura desse velho maluco porque a gente simplesmente não faz ideia do que se passa na cabeça desse doidão. Para quem ama personagens excêntricos, deve curtir muito os livros que envolvem o Poirot.
Pelo o que vi, muita gente não gosta desse livro, mas eu super indico. Achei fluido, rápido, divertido e surpreendente.