hiperfeminino 01/04/2024
A beleza de nossos espinhos
Tenho pavor de falar sobre a morte, acho que isso vem do fato de ser muito apegado a vida, as pessoas, materialidades, coisas vivas. Acho que essa obsessão parte do pressuposto de que eu tenha a capacidade de "controlar" coisas vivas, que são tateis e que estão presentes aqui, diferente das coisas que já se foram ou morreram, mas como recomenda o livro, estou tratando disso com consultas psicológicas.
Que lição maravilhosa e aconchegante. Esse livro é um afago no coração e uma oportunidade para que façamos as pazes com a parte, que a tenhamos como amiga, e que possamos parar de temê-lá. Ao menos que ela nos ofereça uma xícara de seu duvidoso café, então haverá ao que temer.
Não há nada mais bonito que nos compararmos com a beleza e arduidade das rosas. Que esse livro comece ou que continue a desenvolver a nossa auto-jornada quanto ao aceitarmos nossos espinhos, nossas partes tortuosas da jornada da vida onde sentimos que não somos suficientes, que nossa vida não vela a pena, mas sempre há pelo o que lutar, mesmo que isso tenha custado algumas pétalas, e que nossos espinhos tenham ficado cada vez maiores.
Que importante mensagem sobre a manutenção da saúde mental. Esse livro me foi uma surpresa positiva, e definitivamente vai ser um dos que vou recomendar com carinho aos que me perguntarem sobre leituras.