Agência nº1 de mulheres detetives

Agência nº1 de mulheres detetives Alexander McCall Smith
Alexander McCall Smith




Resenhas - Agência Nº 1 de Mulheres Detetives


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Driele9 12/04/2013

Por que ser mulher não me limita....
Demorei a ler esse livro, ele ficou parado na minha estante por um bom par de meses, mas quando o peguei para ler ele me conquistou no primeiro parágrafo literalmente, me entreguei a leitura desse livro com uma volúpia que a muito não tinha, a narrativa é gostosa, as palavras bem escolhidas, os personagens principais cativantes. Queria muito ser amiga de Mma Ramotswe, uma mulher de princípios, com uma inteligência e um instinto ímpar. Uma mulher que ama Botsuana, sua pátria e sua gente.

“Mma Ramotswe tinha uma agência de detetives na África, (…). O patrimônio da agência era: uma pequenina van branca, duas escrivaninhas, duas cadeiras e uma velha máquina de escrever(...)Uma agência de detetive precisa de mais alguma coisa? Agências dependem de intuição e inteligências humanas, ambas bem presentes em Mma Ramotswe. Mas esses são itens que ninguém jamais pensa em incluir num inventário, é claro.”(pág 9)

A aparência da protagonista já ganha por si só vários pontos, ela transgride o senso comum das heroínas modernas, ela é negra e gorda, ela está no outro extremo das mocinhas , ela é forte e agente da ação do livro, tanto intelectualmente, desafiando os costumes se tornando a primeira detetive mulher de Botsuana, quanto fisicamente, se disfarçando, atirando, e entrando no jogo para resolver os casos que lhe chegam.
O livro cita algumas vezes o nome de Agatha Christie, como grande fã dela que sou, fiquei fascinada com a singela homenagem, e claro percebe-se que a escrita da grande rainha do crime influenciou e muito o autor, mas esse não tentou copiar o estilo, ele criou o seu próprio, sua própria cadência, e fez bem.
Um tema que percorre vários trechos do livro é o machismo, um assunto espinhoso, tratado de uma forma leve mas sem esquecer de dar a devida importância. Adorei as lembranças escolares de Mma Ramotswe, principalmente no castigo que ela e a freira infligem a um pequeno projeto exibicionista de machista. Queria que mais mães, professor@s, e etc... também coibissem atos assim, cortando o mal pela raiz.

“Mas pior que tudo era que ele desabotoava a calça, apontava aquilo que os meninos têm e ficava esperando que ela olhasse, Ela não gostava disso, não era algo que devesse acontecer numa escola dominical, E afinal de contas, que havia de tão especial naquilo? Era algo que todos os meninos tinham.(...) Não fazem ideia do ridículo que é.”

“(…) Eles a tratavam com um desprezo calado, uma vez que eram pessoas de outro tempo, aferradas à crença de que uma mulher abandonada pelo marido quase sempre merecia o destino que lhe coubera. Elas tinham que acolhê-la, sem dúvida, porém mais por obrigação do que por afeto.”(pág 37)

E claro que tem romance, só que ele não é ponto central da trama, mas é um romance tão fofo, tão platônico e delicado, que é difícil não se apaixonar pelo galante enamorado.
O livro é o primeiro de uma série, mas infelizmente, parece que só dois livros foram traduzidos e publicados no Brasil, acnotícia boa é que a série virou série, rs, saiu do papel e se transformou num seriado de TV, também não achei com legendas traduzidas, mas vale a pena assistir uns trechos, pelas paisagens e claro pela Jill Scott (também cantora) que interpreta a protagonista.
Recomendo para quem gosta de suspense, policial, para quem adora se deleitar com uma leitura gostosa e aconchegante, mas nem por isso superficial dos problemas sociais atuais.
Esse livro me conquistou totalmente...

Resenha de www.pegadaliteraria.blogspot.com.br
Gláucia 07/06/2013minha estante
Amei sua resenha. Amo esse livro, tão singelo, tão belo, tão diferente de tudo que já li. Tão sensível...




girino 02/02/2009

Nada mais fantástico para entrar na cabeça das pessoas que um romance policial. Nada mais fantástico para entrar dentro da cultura dessa região africana do que esse livro. Uma aventura intrigante e humana.
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Gláucia 27/09/2012

Agência Número 1 de Mulheres Detetives
A Miss Marple de Botsuana. É assim que Mma Preciosa Ramotswe é descrita por um crítico do The New York Times. Mas devo dizer que ela é mil vezes mais interessante e faz parte de minha galeria de personagens inesquecíveis.
Mma Ramotswe resolve fundar sua pequena agência de mulheres detetives para ajudar as pessoas a desvendarem seus mistérios. Esses, não são grandes crimes complicados mas sim problemas corriqueiros, prosaicos que qualquer um de nós pode ter. E ela consegue resolver tudo graças à sua "inigualável intuição, senso prático e amor pelo seu povo" (palavas da contra-capa).
O livro é de uma singeleza sem tamanho e seus personagens são apaixonantes e inesquecíveis.
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Marta Skoober 16/12/2012

Agência Nº.1 de Mulheres Detetives
Impressões de leitura

Este livro chegou-me às mãos através da Gláucia, amiga aqui do Skoob, que me falava muito sobre ele. Generosa que só; um dia mandou-me um exemplar e foi uma grata surpresa (aliás a primeira), chegar em casa e encontrar uma caixa de presente contendo um... LIVRO! É tudo! ;- )

Mas, as surpresas não pararam por aí. A história me surpreendeu e muito. Me fez lembrar de Assando bolos em Kigali, de Gaile Parkin. Mas, vamos ao livro: Mma Ramotswe é a dona da Agência e personagem principal, que assim como Angel Tungaraza, de Assando bolos em Kigali, é uma mulher, uma mulher que sofreu muito com as perdas que a vida lhes reservou. Mas, estas duas mulheres são fortes e sobretudo generosas. A dor não as fez mulheres duras, talvez precavidas, mas não duras, são capazes de entender a dor do outro e tentar ajudá-los a superar seus problemas e encontrar saídas para as dificuldades de seus clientes e amigos, e assim elas próprias superam a dor que trazem dentro de si. São mulheres encantadoras sim.

Mas, quem me encantou mesmo foi Obed Ramotswe. Quem é ele? A própria Mma Ramotswe vai dizer pra você: "Sou Preciosa Ramotswe, cidadã de Botsuana, filha de Obed Ramotswe, que morreu por ter trabalhado nas minas e não conseguir mais respirar. Sua vida não ficou registrada; quem está a fim de registrar a vida de pessoas comuns?"
Obed começa a me encantar quando diz: "Só me entristece ter de deixar a África quando eu morrer. Amo a África". E mais adiante."Então penso em Deus e fico só imaginando o que me dirá quando estivermos frente a frente. Aqui estamos longe do mar, com Angola e Namíbia entre nós e o litoral, no entanto temos esse grande e vazio oceano azul sobre nós e ao nosso redor"... Só quem ama a sua terra consegue ver tanta beleza no lugar onde vive. Ver a sua terra com olhar de turista...
Gláucia 17/12/2012minha estante
Ai Marta, estou com vergonha daquele vídeo, não consegui expressar como esse livro é na verdade. Posso indicar esse seu hitórico e impressão de leitura quando voltar a falar dele?


Marta Skoober 25/12/2012minha estante
Claro que pode!




Moony 12/04/2021

Inteligente, divertido e descontraído. Bem diferente das histórias de detetives que a gente lê por aí, mas ainda sim intrigante.
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Vinícius 01/05/2023

Uma história cativante. Mostra os hábitos, costumes e tradições do sul da África de uma maneira simples e harmoniosa.
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Fimbrethil Call 05/02/2009

Interessante
Esse livro é muito interessante, porque mostra uma outra cultura, de um lugar que a gente nunca ouve falar, mas como história de detetive não é tão bom assim.
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Aninha 11/07/2013

Agência nº1 de mulheres detetives (A. M. Smith)
Resenha completa e fotos no blog (link abaixo)! :)

O nome me chamou a atenção. A editora fez o peso. O preço promocional juntou tudo com um laço. Mais uma compra via promoção no Submarino, mais um livro que compro sem ter nunca ouvido falar e que me ganha por uma delicada unicidade.

“(Mma Ramotswe) Mandou pintar em cores vivas uma placa, que foi colocada bem na saída da Lobatse Road, onde terminava a cidade. Apontava para a pequena casa que ela havia comprado: AGÊNCIA Nº1 DE MULHERES DETETIVES. PARA TRATAR DE ASSUNTOS E INVESTIGAÇÕES CONFIDENCIAIS. SATISFAÇÃO GARANTIDA A TODAS AS PARTES. SOB ADMINISTRAÇÃO PESSOAL.” (SMITH, A. M. Agência nº1 de mulheres detetives. 2003, p. 12)

A história tem como plano de fundo o país Botsuana (ou Botswana), localizado na África Austral. Nossa protagonista se chama Preciosa Ramotswe. Diferente das belas protagonistas dos best-sellers ou das nerd-lindas da nossa tão conhecida literatura infanto-juvenil, Mma Ramotswe era uma mulher “boa e gorda”. Perspicaz, inteligente, sensitiva e com uma memória inabalável, ela nos mostra que a bondade e a generosidade são também atributos capazes de desvendar mistérios. Após a morte de seu pai, Mma Ramotswe realiza seu desejo de abrir uma agência de detetives. Mas não uma qualquer, a primeira de Botsuana e a primeira a ser dirigida por uma mulher. Portanto, compra uma casa e duas escrivaninhas, contrata uma secretária e ambas esperam os clientes com sorrisos ansiosos.

A princípio aparecem poucos clientes, uns casos de traição aqui, outros de sumiço ali. Depois os clientes começam a ficar mais poderosos, astutos e com tramas mais complexas. Mma Ramotswe faz amigos importantes e cultiva os antigos com tanto carinho que não demonstra em quaisquer sentimentos as sombras das perdas do seu passado.

Para quem esperava um livro policial ou algo parecido com Agatha Christie (a tal que Mma Ramotswe tanto se inspira), não se engane. Esse livro não trata apenas dos mistérios a resolver, ele é um daqueles livros que vão além das palavras e que nos fazem sentir a leveza da comunicação com outro ser humano. Aquela coisa de ler sobre uma outra pessoa e de repente querer um dia estar perto dela para sentir um pouco daquilo tudo que a cerca.

Eu gostei do livro, foi uma narrativa bem leve e aconchegante. A única coisa que me incomodou foi a foto da capa, pois não imagino, segundo as descrições do autor, que a casa que ela vivia ou seu escritório eram meramente próximos disso. Mas deixei passar pelo nome brilhantemente chamativo.

“Agência nº1 de mulheres detetives” não foi um livro único e tem uma pequena série que o acompanha, no entanto, não foram publicados pela Cia. das Letras, que só manteve esse único título. A Editorial Presença foi mais longe e lançou não só esse como também “Lágrimas de Girafa” e “Moralidade e Raparigas Bonitas”, os seguintes livros da série. Parece que essa não foi uma aposta no Brasil e ainda não temos outras traduções, porém, Smith não parou de produzir as aventuras de Mma Ramotswe e até ano passado já tinha lançado 13 livros da série (veja a série completa!). Pois bem, acho que achei mais uma série para acompanhar em inglês.

Fora os livros, Mma Ramotswe compartilhou seu escritório em uma série de TV criada pela BBC em parceria com a HBO, mas essa só durou 7 episódios de 60 minutos que foram ao ar na Inglaterra (BBC) e nos EUA (HBO) de 23 de março de 2008 a 19 de abril de 2009. Bem, acho que mais uma vez vou preferir os livros, pelo menos eles foram mais longe.

site: http://journaldesorrisos.wordpress.com/2013/04/09/agencia-no1-de-mulheres-detetives-a-m-smith/
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Gláucia 07/06/2013minha estante
Que linda essa resenha. Sou apaixonada por esse livro. Estou lendo em inglês o restante da série, atualmente leio The Kalahari Typing School For Men




Coruja 14/06/2018

Descobri Agência n. 1 de Mulheres Detetives por acaso, num passeio ao sebo. O título fez-me lembrar de uma amiga que é fã de romances policiais e comprei-o com a vaga intenção de enviá-lo para ela. Antes que isso acontecesse, porém, comecei a folheá-lo e logo me perdi na leitura.

A história gira em torno de Preciosa Ramotswe, que após uma série de tragédias pessoais - a morte do pai, um relacionamento abusivo, a perda de um bebê - decide montar uma agência de detetives - sendo ela mesma a primeira e única detetive de seu país, Botsuana, bem ao sul do continente africano. Leitora de Agatha Christie, Preciosa aprende os meandros de sua nova função na base da necessidade, à medida em que vão surgindo casos - e descobre que ser uma detetive significa ser um misto de terapeuta, conselheira e abelhuda profissional.

Entre os casos que investiga neste volume estão o de um pai perdido que pode ser um falsário; um marido que talvez seja adúltero e até o de uma jovem namoradeira. Mas o maior de seus desafios será o desaparecimento de um garoto, por muitos dado como morto em algum ritual secreto de vodu.

A princípio, o livro me fez pensar nos mistérios de Miss Marple - e a Ramotswe tem muito da intuição e poder de observação da velhinha detetive -, mas a verdade é que ela é sua própria criatura. Embora às vezes pareça bem mais velha em função dos sofrimentos que já viveu, ela tem apenas 34 anos, é inteligente, pragmática e bem disposta. Ela se revela nas frases curtas, no humor confortável e no calor afetuoso que parece transbordar das páginas que se vai passando. Ramotswe tem voz e é na voz dela que a história nos é contada.

Isso é um pouco surpreendente quando se vê de relance o nome do autor. Mas, embora Alexander McCall Smith tenha nacionalidade britânica, ele nasceu no Zimbábue e fez carreira como professor (de direito!) em Botsuana. Smith conhece a sociedade, o mundo que descreve na história e, talvez mais importante, sabe sair de cena para que o leitor enxergue apenas a narradora. Em sua forma episódica de contar a história, alternam-se capítulos que contam do passado de Preciosa, com outros mais filosóficos, enquanto se costuram casos por entre as reflexões da protagonista.

Agência n. 1 de Mulheres Detetives não é um livro extraordinário, daqueles que te faz ficar virando páginas freneticamente para descobrir o criminoso, que te faz até perder a noite de sono para ver a conclusão do caso. Ele tem o ritmo das xícaras de chá que Ramotswe serve aos seus clientes e vai bebendo enquanto reflete sobre os mistérios que eles lhe apresentam. Isso, contudo, não significa que não seja um bom livro, confortável como se sentar numa poltrona favorita e também bebericar sua própria xícara de chá.

site: http://owlsroof.blogspot.com/2018/06/agencia-n1-de-mulheres-detetives.html
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Marina.Menchero 10/03/2021

Mulher nr1
Crocodilos, feiticeiros, gado, centros comerciais... Uma história de África moderna mas tradicional.
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elainegomes 23/01/2024

Livro para entretenimento.

Comecei a leitura empolgada, fazendo pesquisas para saber sobre Botsuana, adorei que a personagem principal tem o nome da minha mãe - Preciosa, mas foi só isso.

Preciosa é uma detetive particular, simpática mas muito ingênua, e seus ?casos? sem nenhum desenvolvimento investigatório para as ?soluções? não me empolgaram.

Senti pouca profundidade nos personagens, e esperava uma entrega maior sobre o contexto social, político e religioso daquela Botsuana, frente a dura vida e ousada tomada de rumo daquela Preciosa.
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