Alessandra @euamolivrosnovos 06/08/2022Instagram @euamolivrosnovosA rua não distingue pessoas, credos ou medos. Ela é capaz de receber a todos de forma igualitária, mas seu preço torna-se, na maioria das vezes, aprisionador.
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Todos os dias se tornam uma luta pela sobrevivência e as chances de sucumbir à violência em suas diversas formas são inúmeras, seja diante da necessidade ou do puro desespero.
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É muito mais fácil julgar aqueles que se encontram nessa situação quando se tem dinheiro no bolso e uma cama quentinha no fim da noite. Falar de fome é simples quando a sua barriga não dói ou quando seu filho é bem alimentado.
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O novo romance de Patrícia Melo mostra de maneira nua e crua a realidade de diversos brasileiros que estão nas ruas, seja por qual motivo eles tenham chegado até lá.
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É uma narrativa pesada e brutal, sobre a crueldade e a veracidade do que acontece com essas pessoas, esquecidas pelos governos e desprezadas pela sociedade, como se estar nessa situação fosse uma escolha e não uma necessidade.
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Foi uma leitura difícil, que me fez chorar em vários momentos e me marcou pela sinceridade. Contada em forma de romance, a trama aborda diversos personagens, cujas vidas se conectam de alguma maneira ao longo do enredo.
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O interessante é perceber como, diante da miséria, a rua tira a liberdade de escolha desses indivíduos, que se tornaram muitos depois da crise pandêmica que temos vivido.
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É uma leitura que deveria ser obrigatória, um verdadeiro choque de realidade para todos nós. Com certeza se tornou um favorito do ano e eu quero conhecer mais obras da Patrícia depois da grande experiência que vivi lendo essa história.
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