O que é o luto

O que é o luto Renato Noguera




Resenhas - O que é o luto


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Wallace Jeronimo 03/04/2024

Sensacional
Sem dúvidas, essa foi minha melhor leitura de 2024. Renato Noguera apresenta como os mitos e as filosofias entendem a morte e como lidam com o processo de luto. Achei muito interessante ver o processo de luto de outras culturas, como por exemplo, a cultura mexicana que comemora no dia 2 de novembro, o dia dos mortos. Falar sobre morte e luto costuma ser um processo muito delicado na nossa sociedade atual, mas como Noguera citou sobre a filosofia budista: ?Ao mesmo tempo em que o luto nos informa um desgosto, ele se configura como uma forma de vivenciar a impermanências da vida?. Livro excelente e necessário para aprendermos a conviver com as perdas, pois afinal: ?tudo que nasce, morre?.
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Nadriele Araújo 21/03/2024

É um ótimo livro. Traz de maneira introdutória como outras culturas se organizam em torno da morte e da vivência do luto. Deixou um gostinho de ?seria massa poder ler isso de maneira aprofundada?.

A escrita de Noguera é muito organizada e simples. É super possível indicar para pessoas que estão passando por esse processo e que gostem de ler. Acredito inclusive que seja um dos objetivos dele ao escrever.

Muito importante colocar em xeque que a nossa forma de se relacionar com esses temas (e tantos outros) não é única (ainda que exista uma singularidade) e nem ?natural?.
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Lathara 03/01/2024

O luto é um processo
Ler esse livro me fez repensar muito sobre como absorvemos uma perda. Renato Noguera mostra que o processo de passagem em diferentes culturais envolve sempre rituais, plurais nas diversas sociedades, seja nas cerimônias ou no tempo, mas ligados pelo objetivo de permitir que o morto parta para seu destino e os vivos também.
Perder alguém dói, mas quando passam anos da perda e você ainda não consegue ser feliz, quando tudo que resta é a dor e não as boas lembranças com a pessoa, temos um grande problema.
Os sentimentos humanos existem para serem sentidos. Os cerimoniais ajudam a organizar nossa percepção e dor.
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Fabio Coronel 09/10/2023

Bom livro, no máximo...
O livro tem uma boa introdução e altos e baixos na sua argumentação. Não chega a fundamentar o quadro teórico pelo qual atribui aos mitos algum tipo de conhecimento. A leitura metafórica de Ulisses ficou confusa e apelativa. A parte filosófica deixa bastante à desejar. O compromisso de dar voz a autores autóctones, não-canônicos e etc. é interessante, mas em certo sentido, superficializa alguns debates. Apesar dos pesares, o texto de Renato traz bons insights e cumpre de maneira satisfatória o objetivo de provocar reflexões um pouco mais sofisticadas sobre o luto.
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Baconzitas 18/07/2023

Queria que o mundo todo lesse
Foi essa a sensação que tive ao finalizar a leitura: queria que todas as pessoas lessem também.

Foi muito difícil viver a pandemia COVID-19 que trouxe para o Brasil um luto muito amargo devido a questões políticas e negacionistas

Mas para além disso, particularmente, passei por algumas mortes dolorosas que ainda me atravessam de um jeito estranho

Sabia que precisava dessa leitura, mas considerando um livro de estudo temi que fosse pesado. Que nada! É leve e rico, recomendo demais, amei!
Thayná Krueger 18/07/2023minha estante
É um livro muito filosófico? Estudo sobre o luto e tenho curiosidade no livro.




Bea 30/05/2023

Ajuda a refletir
Gostei do livro, atende ao que se propõe. Traz o luto a partir de diferentes perspectivas culturais, de modo que ajuda ao enlutado (eu no caso) a olhar para o fenômeno sob diferentes prismas.

Apesar do tem, a leitura é leve e simples.
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Mike 30/04/2023

As variações do luto
Renato Noguera propõe que a vivência do luto não é tão simplista como se parece, não são unicamente vividos por suas fases. O autor propõe que o luto é um processo sentimental complexo vivido de acordo com a cultura, sociedade e história do qual se pertence.
Neste aspecto, o livro aborda como é a experiência do luto em diferentes contextos e povos.
Uma leitura bem interessante.
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Doug 30/12/2022

Memento mori
A cada leitura de Renato Noguera sinto que meu mundo se alarga um pouco mais. Com o autor, mergulhamos na pluralidade de significados sobre a vida, a morte, as perdas e o luto, construídos por diferentes tradições e culturas. O resultado desse processo é a possibilidade de entender que "não há uma só maneira de viver o luto" (p. 189) e de compreender a morte. Viver nossos períodos de luto, nossa necessidade de viver a perda com o respeito devido é uma das importantes sugestões do livro; não apenas diante da evidente dor da perda de quem amamos, os apontamentos de Noguera nos permitem entender que o luto é parte da nossa vida cotidiana e também tem papel diante dos momentos de sofrimento coletivo, como no caso da pandemia.
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Belle 27/10/2022

Interessante
O livro apresenta a cultura do luto de alguns povos e reflete conosco como o enlutamento é um processo singular e natural.

É um livro bastante interessante.
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Finotti 06/07/2022

Qual é o seu luto?
"... a imprevisibilidade do que virá depois de perder algo ou alguém é assustadora, e por isso, não existe apenas uma ferramenta para lidar com a tristeza causada pela perda". (p.189)

Através de ensaios, Noguera nos apresenta 12 culturas diferentes e suas diversas formas de encarar a dor da perda. Entre rituais de dança ao levar o caixão em Gana (vide o meme que ficou famoso em 2020), povos originários que enterram seus mortos se alimentando de suas cinzas, o culto aos mortos da cultura mexicana e a aceitação da realidade segundo a ótica chinesa, somos levados a conhecer outras maneiras, que não a nossa, de dizer adeus a quem amamos.

Mas, afinal, o que é o luto? Se muito prolongada, a dor da perda, hoje, pode ser encarada como doença psiquiátrica, mas o autor não concorda com esse diagnóstico:
"O luto não é uma doença, tampouco uma síndrome. É um afeto que envolve emoções, sentimentos e pensamentos". (p.189)

Não vivemos todos em luto, de certa forma? O luto de um emprego perdido, de um amigo que foi morar longe, de um relacionamento que acabou, o luto da infância que passou, da juventude que se esvaiu... Seja qual for o luto, no final das contas, todos nós o vivenciamos em diferentes fases da vida.

Embora haja formas e formas de lidar com a perda, nenhuma cultura normaliza a solidão no momento de dor. Amigos e familiares estão sempre presentes nas tradições e celebrações.
"Para celebrar a fraqueza, devemos compreender que só podemos nutrir amizade com as pessoas com quem podemos dizer que 'não está tudo bem' sem medo. A amizade deve ser baseada na capacidade de compartilhar defeitos e derrotas (...) Na arena do luto, precisamos estar disponíveis, seja no papel de acolher ou receber acolhimento, para nomear a nossa insegurança afetiva".

Qual o seu luto?
Com quem e de que maneira você vivencia sua dor?

É importante não fugir da dor, e igualmente importante é desenvolver a capacidade de não perder-se de si após a perda de algo ou alguém. É desejável que saibamos "...visitar o sentimento de gratidão por cada momento que convivemos com alguém ou algo que perdemos, sem a ilusão de fantasiar uma volta ao passado". (p.195)
Que saibamos, pois, encerrar ciclos e enterrar nossos mortos.
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