Resenhas - O Maior Líder da História

Ingrid 07/07/2022

Percebendo Jesus de uma forma beem diferente..
"Falhar é humano, mas falhar demais é desumano. Que vocês não falhem em namorar a vida. E, ao namorá-la, cobrem menos de si e dos outros. Não traiam sua saúde emocional, seu sono nem seus sonhos. Treinem ser líderes de si mesmos antes de serem líderes sociais. E, se treinarem, não tenham medo de fracassar. E, se fracassarem, não tenham medo de reconhecer suas falhas. E, se as reconhecerem, não tenham medo de chorar. Se chorarem, repensem suas vidas, mas jamais desistam. Deem sempre uma nova chance para si para as pessoas que os rodeiam. Jamais se esqueçam: os invernos mais rigorosos trazem as mais belas primaveras."

Esse é o segundo livro de uma trilogia independente, onde o primeiro retrata a compreensão de Jesus Cristo de forma intelectual, em vez de religiosa, sob o olhar do psiquiatra Marco Polo. É um livro cheio dessas frases de efeito em forma de conselho que nos fazem ter atenção plena sobre tudo.

Como o livro conta a história de Jesus do ponto de vista filosófico, é muito interessante perceber as habilidades socioemocionais que o carpinteiro de Nazaré já dominava e tentava ensinar milênios antes de entendermos a importância disso.

Percebi que o autor traz vários termos que carregam um significado já conhecido dentro da psicologia, mas ele o faz mudando os nomes e fazendo com que as técnicas pareçam ter sido inventadas pelopersonagem do psiquiatra. Particularmente, já vi explicações mais assertivas para as mesmas técnicas (estudadas na graduação por outros nomes). Também tenho uma crítica aos diálogos tentam fazer a reação de todas as pessoas serem de imensa admiração por qualquer frase que Marco Polo fale. Já li outro livro do autor e não lembrava de ser assim, tão "puxa saco", com o perdão da palavra.

Achei muito interessante o quanto o livro nos faz repensar a forma que estamos usando nosso tempo, como estamos demonstrando nosso afeto e como estamos vivendo de maneira geral. Será que somos idiotas emocionais?

A parte mais curiosa foi entender que vários ensinamentos de Jesus não são ensinados nas igrejas. Que os cristãos sabem julgar, rotular, mas não sabem acolher as próprias emoções e vulnerabilidades. Pelas palavras do personagem Marco Polo, Jesus "foi líder dos líderes, o mestre dos mestres, uma mente completamente livre e saudável em busca contínua por formar outras mentes livres e saudáveis [...], nunca alguém tão poderoso teve a ousadia de se fazer tão pequeno para tornar os pequenos poderosos".