Ana Júlia Coelho 20/02/2024Libby e Jason se mudaram para o interior a fim de assumir o hotel da família. Percebendo que a situação é mais precária do que imaginavam e que uma reforma será necessária, eles começam o planejamento financeiro desse gasto imprevisto.
Em frente ao hotel, um acidente acontece: uma moça é atropelada, e, após recobrar a consciência no hospital, esqueceu totalmente quem é, de onde vem, quem conhece, o que faz da vida (espero que assista ao globo repórter pra descobrir). Libby, por ter ajudado a socorrer a jovem, se solidariza e permite que a moça fique no hotel até se recuperar.
O enredo do livro é basicamente Libby se ferrando tentando melhorar o hotel enquanto Jason, o marido, faz merda atrás de merda e a sogra fica infernizando a vida dela, e Pippa tentando lembrar quem é ela, do que gosta e tudo mais. Parece interessante, e tinha tudo para ser uma história legal, mas 🤬 #$%!& , a autora conseguiu fazer tudo errado.
Margaret, a sogra, é um monstro. Tudo tem que ser do jeito dela, tudo Jason é incrível e Luke (o outro filho) é um zero à esquerda, e tudo é culpa de Libby (seu marido queimou 100 mil libras? Ah, é porque tu gosta de comprar bolsa cara – revirar de olhos). Ela é tão insuportável que eu criei ranço DO CACHORRO pelo jeito que essa senhora trata o bicho! Jason é o filhinho da mamãe mais mimado que filho de subcelebridade, e a velha não reconhece os erros que essa criatura comente. Libby aguenta tudo isso calada, mas quando decide explodir e jogar as coisas na cara, VOLTA ATRÁS E PEDE DESCULPA, PORQUE TADINHOS, ELA MAGOOU O SENTIMENTO DESSE POVO ESCROTO.
Pra deixar tudo melhor, entra na história o Gethin, que... olha, tá pra aparecer homem mais manipulador que esse. Ele consegue ser o esgoto da sociedade. Pippa, mesmo sem memória, consegue ter mais personalidade que esse povo todo junto.
Óbvio que um livro desse vai ter final feliz, mesmo a autora não tendo desenvolvido NADA que resulte nesse final. Parece que ela tinha um limite de páginas, foi enrolando, romantizando comportamentos de gente arrombada, viu que precisava terminar e, ops!, hora de escrever o felizes para sempre. As pessoas, magicamente, se tornaram legais da noite para o dia!! Rolou abraço, lágrimas, perdão das atitudes infantis porque, ai tadinhos, eles tiveram uma vida tããããão difícil!!! Esse é um livro de revirar o olho do início ao fim, e indico só pra quem quer passar raiva lendo.
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