Aline Michele 15/07/2022
Inimigos...porém depende
Inimigos foi o primeiro livro da Tijan que eu li e gostei muito. Achei meio que por acaso, curtindo os históricos de leituras dos amigos, achei uma resenha e fui ler. Gostei, procurei no KU e comecei a ler.
A forma como ela escreve me surpreendeu positivamente. Essa autora conseguiu me prender no primeiro capítulo, com sua escrita rápida, fluida, com aquele humor sarcástico que eu tanto gosto.
A história em si é aquele clichê clássico: dois amigos de infância acabam por se tornar “inimigos” e nas voltas que a vida dá, acabam se reencontrando e mesmo que nenhum queira admitir, se apaixonando.
Tijan conseguiu manter minha curiosidade lá no alto. Eu queria muito saber o porquê de eles terem se afastado, o porquê de o Stone ter virado a cara para sua melhor amiga e a cortado de sua vida, queria muito descobrir o motivo da Dusty ter saído da universidade comunitária e se mudado tão rapidamente para o Texas. Ou seja, eu não conseguia parar de ler para conseguir estas respostas.
A Dusty é uma personagem complexa, cheia de problemas e com um passado triste. E ela se usava muito do humor negro para passar pelas coisas.
Stone é outro personagem complexo, que usava sua forma direta e prática para resolver tudo na vida.
O reencontro dos dois foi o que eu esperava e um pouco e eu a cada página que lia, pensava em como o livro era bom.
Digamos que 80% do livro é ótimo, mas os 20% finais são muito insuficientes.
Eu achei os motivos do Stone ter cortado a Dusty de sua vida aceitáveis, afinal um profissional faz sacrifícios para ser ótimo, ele fez uma escolha e arcou com as consequências.
Já a Dusty não aprendia a lidar com os problemas pelos quais passava e era muitos. Ela precisava de uma ajuda profissional desde que perdeu a mãe (isso não é spoiler está na sinopse do livro) e não procurou. Aliás, nem o Stone sugeriu isso.
Ataques de pânico, crises de ansiedade, depressão, são temas sérios e precisam ser levados a sério. Aqui, para mim foram deixados de lado e tratados como se fossem apenas um arranhão.
E o motivo pela qual ela deixou a universidade e foi para o Texas, para mim era totalmente desnecessário. E além de desnecessário mal contato. Foi tudo muito rápido, muito superficial e mais uma vez ela não teve suporte, uma ajuda profissional para lidar com os fatos. Usou do remédio chamado Stone e foi isso.
Então por esse final, por deixar muitas questões sem uma explicação adequada eu não considero o livro ótimo.
Mas eu indico com certeza, porque bom ele é pra caramba.
Já botei na minha lista mental de ler outros livros da autora, ela escreve bem, é gostoso de ler, prazeroso sabe? Então é isso, leiam se tiverem a oportunidade.