Criação em filmes publicitários

Criação em filmes publicitários João Vicente Cegato Bertomeu




Resenhas - Criação em filmes publicitários


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lumarino 18/08/2010

Por que a Inglaterra tem a melhor publicidade do mundo?
Criação em filmes publicitários, do autor e professor da ESPM João Vicente Cegato Bertomeu é indispensável a todos os profissionais de produção publicitária. Ela trata do delicado processo de criação que envolve uma produção publicitária, ilustra ainda os principais documentos que fazem parte de uma produção, como briefings, storyboards, roteiros, orçamentos, relatórios, cronogramas, etc.

Altamente recomendado também para estudantes de publicidade, o livro tem uma leitura extremamente agradável, apesar de técnica. Bertomeu disseca alguns comerciais das principais agências do país, como a Almap/BBDO, DM9DDB e Matos Grey e destaca através de depoimentos de grandes diretores contemporâneos a evolução nos estilos de direção. Por exemplo, o estilo “I´m the boss” - citado por Fernando Meirelles – que afirma que os diretores “geniais” dos anos 80 não estão mais no mercado. “...somos apenas uns carinhas perdidos no Terceiro Mundo, no efêmero ano de 2001, fazendo uma pequena parte de um longo processo para vender coisas. Nem mais, nem menos”.

O conteúdo é rico, e o publicitário moderno precisa ter conhecimento das reflexões feitas dentro do livro. É uma obra crítica. Outro trecho que me chamou a atenção foi em cima da seguinte pergunta: “Por que a Inglaterra tem a melhor publicidade do mundo? Porque tem os clientes mais informados e criativos do mundo.” O cliente tem participação fundamental no processo criativo, é imprescindível que ele tenha mais contato com a área de linguagem visual e que receba mais informações. “O filme perfeito não é aquele ao qual não temos mais nada a acrescentar, é aquele do qual não temos mais nada para subtrair.”

A publicidade no mercado globalizado também tem destaque no livro, e amplia a compreensão da criação coletiva atravessando fronteiras nos mercados mundiais e o processo criativo dos profissionais das agências e dos clientes da criação publicitária global.

O recado do livro é bem claro e deve ser absorvido da melhor maneira possível: num filme publicitário, a criação é comprovadamente coletiva, diluída e complexa. A autoria coletiva é, cada vez mais, uma necessidade do processo.
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