Espumas Flutuantes

Espumas Flutuantes Castro Alves




Resenhas - Espumas Flutuantes


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Tigronna 20/07/2020

Eu não sou muito de ler poesias, mas me aventurei a ler este livro, gostei. Os três amores e O fantasma e a canção são os meus favoritos.
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Tigronna 20/07/2020

Eu não sou muito de ler poesias, mas me aventurei a ler este livro, gostei. Os três amores e O fantasma e a canção são os meus favoritos.
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Paulo 11/06/2020

Pérola
Versos tão preciosos quanto os de Cláudio Manoel da Costa, mas mais encantadores. Difícil leitura para iniciantes em poesia. Reli 2 vezes.
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Rafael 30/05/2020

As Falenas têm asas de Opala
Toda grandiloquência do poeta dos escravos é demonstrada através de seus versos lascivos, doces e naturais. Talvez o mais natural dos poetas. Castro Alves foi o Don Juan brasileiro. Ao contrário dos clássicos românticos, ele não queria morrer. Nascido na Bahia, mas filho de São Paulo, um dos poetas mais amados.

Poemas como "O laço de fita" composto em São Paulo durante uma prova de Direito, homenageando sinhá Lopes, que houvera completado 15 anos; e, "O adeus de Tereza", narrando sua história com Eugênia Câmara, onde a surpreende casada com um maestro, englobam essa belíssima obra, lançando "Cecéu", como era amorosamente chamado pelos colegas e familiares à imortalidade.
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Roneide.Braga 21/03/2020

[ESPUMAS FLUTUANTES - CASTRO ALVES] (23/2020)
AHASVERUS E O GENIO (Pág. 22)


AO POETA E AMIGO J. FELIZARDO JUNIOR



Sabes quem foi Ahasverus?... ? o precito,
O misero Judeu que tinha escripto
          Na fronte o sello atroz!
Eterno viajor de eterna senda...
Espantado a fugir de tenda em tenda,
Fugindo embalde á vingadora voz!

Miserrimo! Correu o mundo inteiro,
E no mundo tão grande... o forasteiro
          Não teve onde pousar.
Co?a mão vazia ? viu a terra cheia,
O deserto negou-lhe ? o grão de areia.
A gotta d?agua ? rejeitou-lhe o mar.

D?Asia as florestas ? lhe negaram sombra,
A savana sem fim ? negou-lhe alfombra,
          O chão negou-lhe o pó!...
Tabas, serralhos, tendas e solares...
Ninguem lhe abriu a porta de seus lares
          E o triste seguiu só.

Viu povos de mil climas, viu mil raças,
E não pôde, entre tantas populaças,
          Beijar uma só mão...
Desde a virgem do norte á de Sevilhas,
Desde a ingleza á crioula das Antilhas
          Não teve um coração!...

E caminhou!... E as tribus se afastavam
E as mulheres tremendo murmuravam
          Com respeito e pavor.
Ai! fazia tremer do valle á serra...
Elle que só pedia sobre a terra
          ? Silencio, paz e amor! ?

No emtanto á noite, se o Hebreu passava,
Um murmurio de inveja se elevava,
Desde a flôr da campina ao colibri.
«Elle não morre» a multidão dizia...
E o precito comsigo respondia:
          ? Ai! mas nunca vivi! ?

O Genio é como Ahasverus... solitario
A marchar, a marchar no itinerario
          Sem termo do existir.
Invejado! a invejar os invejosos,
Vendo a sombra dos alamos frondosos...
E sempre a caminhar... sempre a seguir...

Pede uma mão de amigo ? dão-lhe palmas;
Pede um beijo de amor ? e as outras almas
          Fogem pasmas de si.
E o misero de gloria em gloria corre...
Mas quando a terra diz: ? «Elle não morre»
Responde o desgraçado: ? «Eu não vivi!...»

S. Paulo, Outubro de 1868.

- Adorei o livro, confesso que a linguagem é um pouco complicado, linguagem da época.
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Lipe 17/04/2019

Poesia Lírica de Castro Alves
Castro Alves é a principal expressão poética da terceira geração romântica (condoreira ou hugoana). Ele acreditava acertivamente que a poesia é capaz de suscitar mudanças na mentalidade e, assim, interferir no processo social. Com sua poesia social, o abolicionismo, atingiu um grande público. Entretanto, "Espumas Flutuantes" compõe o grupo da chamada poesia lírica, onde os poemas expressam um novo retrato da mulher e uma nova concepção do amor, como nos poemas "O 'adeus' a Teresa" e "Adormecida". Fazendo da mulher um ser de forma corpórea, situado no tempo e no espaço físico, apresentando assim uma visão mais real da mulher do que as representações do Ultrarromantismo.
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Volnei 26/07/2018

Espumas Flutuantes
"O livro traz uma coletânea de poesias do autor que demonstram o pensamento de sua época e quais eram suas ideias quanto algumas questões tais como o fim da escravidão. Seu poema mais conhecido é justamente Navio Negreiro que descreve a crueldade praticada contra o negro já durante a travessia do oceano. O poeta foi o maior defensor de sua época contra a escravidão

site: http://toninhofotografopedagogo.blogspot.com.br
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Leila de Carvalho e Gonçalves 11/07/2018

A Transitotiedade Da Vida
Castro Alves (1847-1871) foi o último grande nome da terceira geração romântica no Brasil. Chamado de "O Poeta dos Escravos", sua indignação com os graves problemas da época marcou indelevelmente sua obra, inclusive, seu sentido revolucionário e social chega a aproximá-lo do parnasianismo. Outra questão muito peculiar refere-se ao amor, seus versos destilam uma incomum sensualidade ao abordar a beleza e a sedução do corpo feminino.

Dentre seus livros, "Espumas Flutuantes" é uma escolha perfeita para quem quiser conhecê-lo. Nele, estão seus únicos versos publicados em vida, em 1870, um ano antes de morrer, vítima das consequências de grave acidente durante uma caçada.

Com 53 poemas, a repercussão favorável da obra permitiu que seu trabalho fosse compilado postumamente, merecendo destaque o livro "Os Escravos" em que aparece o conhecidíssimo poema "O Navio Negreiro".

Aliás, o próprio título de "Espumas Flutuantes" espelha a transitoriedade da vida que o poeta via se esvair atormentado pela tuberculose, a morte dos familiares e a separação da mulher amada, a atriz Eugenia Câmara, a quem dedica um poema.

Quanto a indicações de leitura, a lista é extensa. Merecem particular atenção "América o Livro" e "Ao Dois de Julho", mas confesso que meu preferido é "Aves de Arribação", inclusive, elogiado por Eça de Queiroz.

Boa leitura!
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Mr. Jonas 05/02/2018

Espumas Flutuantes
O poema ?Dedicatória?, que abre o livro Espumas Flutuantes, funciona como uma espécie de prefácio da obra. O assunto central ali é o próprio livro que, como uma pomba, lança-se ao espaço, ao encontro de seu público. O poema traz alguns dos elementos comuns da obra do autor, como as imagens grandiosas e o desejo de comunicação, o que o faz produtor de uma poesia de caráter público, mais afeita à exteriorização da praça que aos sussurros amorosos característicos da poesia da segunda geração.
Em ?Dedicatória?, essa poesia altiva resiste a intempéries (referência tanto a críticas quanto às oposições políticas que enfrentava) e avança, heroica. Por fim, o poeta pede que sua poesia, como a pomba que a metaforiza, retorne a ele trazendo um ramo de cipreste, símbolo da morte. Era uma triste lembrança da morte que, de fato, começava a tomar conta do poeta, que sofria da tuberculose que o mataria em seguida. Essa poesia repleta de notas pessoais insere-se plenamente no espírito subjetivista dos românticos.
O tom predominante no livro é o do arrebatamento, que contagia desde temas de caráter político até assuntos mais intimistas. As espumas flutuantes do título podem ser associadas aos poemas que, saídos da imaginação de seu autor, fogem ao seu controle e tomam rumos inesperados, ao mesmo tempo em que eternizam seu nome.
Os versos espalhados pelo mundo funcionam como imagem da difusão da cultura, defendida pelo poeta em um dos poemas mais emblemáticos do volume, ?O livro e a América?. Ali, o poeta faz uma exaltada defesa da cultura, concebida como arma iluminista contra todo tipo de obscurantismo (leia-se, naquele contexto, a barbárie da escravidão).
Alguns dos versos do poema ficaram famosos: ?Oh! Bendito o que semeia / Livros... livros à mão-cheia... / E manda o povo pensar! / O livro caindo n?alma / É germe - que faz a palma, / É chuva ? que faz o mar?. Nota-se no poema as marcas mais evidentes do estilo condoreiro: a tendência à expressividade retórica, o apelo exagerado às multidões, o abuso de exclamações e as imagens grandiosas.
Essa vocação da poesia de Castro Alves para a fala pública é reforçada nos poemas de caráter mais explicitamente político, como as homenagens que faz à data que, na Bahia, se associa às lutas pela Independência do Brasil: ?Ao dous de julho? e ?Ode ao dous de julho?. Mais do que a celebração de uma data específica, trata-se da apologia do sentimento de liberdade de todas as épocas.
O anseio de liberdade ganha espaço também na poesia que fala de amor, tema que assume uma conotação sensual. É o que se vê, por exemplo, em ?O gondoleiro do amor?, poema no qual o tom exagerado permanece, a despeito da temática intimista: ?Teu amor na treva é - um astro, / No silêncio uma canção, / É brisa - nas calmarias, / É abrigo - no tufão?. Mas predomina mesmo o tom erótico: ?Teu seio é vaga dourada / Ao tíbio clarão da lua, / Que, ao murmúrio das volúpias, / Arqueja, palpita, nua?.
Alguns poemas do livro tratam da própria arte poética, permitindo entrever a crença do poeta de que a poesia, mais que dom ou vocação, era um estigma a que o indivíduo simplesmente não conseguia resistir e que lhe marcava a existência.
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Mr. Jonas 05/02/2018

Espumas Flutuantes
O poema ?Dedicatória?, que abre o livro Espumas Flutuantes, funciona como uma espécie de prefácio da obra. O assunto central ali é o próprio livro que, como uma pomba, lança-se ao espaço, ao encontro de seu público. O poema traz alguns dos elementos comuns da obra do autor, como as imagens grandiosas e o desejo de comunicação, o que o faz produtor de uma poesia de caráter público, mais afeita à exteriorização da praça que aos sussurros amorosos característicos da poesia da segunda geração.
Em ?Dedicatória?, essa poesia altiva resiste a intempéries (referência tanto a críticas quanto às oposições políticas que enfrentava) e avança, heroica. Por fim, o poeta pede que sua poesia, como a pomba que a metaforiza, retorne a ele trazendo um ramo de cipreste, símbolo da morte. Era uma triste lembrança da morte que, de fato, começava a tomar conta do poeta, que sofria da tuberculose que o mataria em seguida. Essa poesia repleta de notas pessoais insere-se plenamente no espírito subjetivista dos românticos.
O tom predominante no livro é o do arrebatamento, que contagia desde temas de caráter político até assuntos mais intimistas. As espumas flutuantes do título podem ser associadas aos poemas que, saídos da imaginação de seu autor, fogem ao seu controle e tomam rumos inesperados, ao mesmo tempo em que eternizam seu nome.
Os versos espalhados pelo mundo funcionam como imagem da difusão da cultura, defendida pelo poeta em um dos poemas mais emblemáticos do volume, ?O livro e a América?. Ali, o poeta faz uma exaltada defesa da cultura, concebida como arma iluminista contra todo tipo de obscurantismo (leia-se, naquele contexto, a barbárie da escravidão).
Alguns dos versos do poema ficaram famosos: ?Oh! Bendito o que semeia / Livros... livros à mão-cheia... / E manda o povo pensar! / O livro caindo n?alma / É germe - que faz a palma, / É chuva ? que faz o mar?. Nota-se no poema as marcas mais evidentes do estilo condoreiro: a tendência à expressividade retórica, o apelo exagerado às multidões, o abuso de exclamações e as imagens grandiosas.
Essa vocação da poesia de Castro Alves para a fala pública é reforçada nos poemas de caráter mais explicitamente político, como as homenagens que faz à data que, na Bahia, se associa às lutas pela Independência do Brasil: ?Ao dous de julho? e ?Ode ao dous de julho?. Mais do que a celebração de uma data específica, trata-se da apologia do sentimento de liberdade de todas as épocas.
O anseio de liberdade ganha espaço também na poesia que fala de amor, tema que assume uma conotação sensual. É o que se vê, por exemplo, em ?O gondoleiro do amor?, poema no qual o tom exagerado permanece, a despeito da temática intimista: ?Teu amor na treva é - um astro, / No silêncio uma canção, / É brisa - nas calmarias, / É abrigo - no tufão?. Mas predomina mesmo o tom erótico: ?Teu seio é vaga dourada / Ao tíbio clarão da lua, / Que, ao murmúrio das volúpias, / Arqueja, palpita, nua?.
Alguns poemas do livro tratam da própria arte poética, permitindo entrever a crença do poeta de que a poesia, mais que dom ou vocação, era um estigma a que o indivíduo simplesmente não conseguia resistir e que lhe marcava a existência.
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r.morel 31/08/2017

Resenha Telegráfica
Um dos pontos altos do precoce poeta que cedo foi mas cedo relegou para nós algumas obras inspiradas líricas críticas e belas.

Trecho: “Então, nas sombras infindas,/S’esbarram em confusão/Os fantasmas sem abrigo/Nem no espaço, nem no chão…/As almas angustiadas,/Como águias desaninhadas,/Gemendo voam no ar./E enchem de vagos lamentos/As vagas negras dos ventos,/Os ventos do negro mar!”

site: popcultpulp.com
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Grazi @graziliterata 30/01/2017

"Meu coração desmaia pensativo,
Cismando em tua rosa predileta.
Sou teu pálido amante vaporoso,
Sou teu Romeu... teu lânguido poeta!...
Sonho-te às vezes virgem...seminua...
Roubo-te um casto beijo à luz da lua...
- E tu és Julieta..."

- Primeiramente, quem é Castro Alves?
Um poeta baiano, que nasceu em 14 de março de 1847, e viveu apenas até 6 de julho de 1871.
Seu pai era culto, a mãe chamava-se Clélia Brasília, e seus irmãos também poetavam.
Nasceu no sertão baiano, da Bahia, seguiu para Pernambuco, a fim de candidatar-se ao curso na Faculdade do Recife.
Na época Castro fez-se príncipe da juventude, uma espécie de general de dezoito anos. Como se apaixonou pela atriz Eugênia, os seus versos também foram atraídos pelo teatro.
Depois, terminou o curso de direito em São Paulo, e veio em companhia de Eugênia Câmara.
O nome de Castro acabou na fachada da Academia de Direito da Piratininga, ao lado dos nomes de Fagundes Varela e Álvares de Azevedo.
Dizem que morreu de tuberculose aos 24 anos.

Minha opinião sobre o livro:
Achei a leitura bem difícil e cansativa, por se tratar de uma linguagem muito antiga. Tem muita palavra que parece até que está errado pra nós hoje, mas antigamente se escrevia daquele jeito mesmo. Vou citar algumas delas: inda = ainda, fronte = frente, minh’alma = minha alma, coa = com a, enfim muitas outras palavras que no decorrer da leitura você vai vendo como era diferente a escrita naquela época.
Esse livro não é uma história de começo, meio e fim. É um livro com poesias, nenhuma poesia liga uma na outra, são ao todo 54 poesias.
Não sei se eu comecei pelo livro errado a ler Castro Alves, mas não achei tudo isso não, e olha que eu gosto de poesia, mas não me agradou.
Quero ler algum outro dele pra ver se eu mudo minha opinião, mas por enquanto é essa.

site: https://blogdietaecultura.wordpress.com/2017/01/30/resenha-de-livro-castro-alves-espumas-flutuantes/
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Josimar 27/12/2016

Viajei mais olhando a capa do que lendo o livro que achei chatão.
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Luciano Luíz 03/02/2015

Para quem conhece o mínimo de literatura brasileira, sabe que ESPUMAS FLUTUANTES é o único livro publicado em vida de CASTRO ALVES. Uma coletânea de poemas densos, que não me conquistaram.
O livro também conta com obras de outros autores que o brasileiro traduziu.
E sinceramente, acho que estes não deveriam constar no livro...
Eu adoro poesia, mas no caso do Alves eu nunca me senti atraído em seus versos. Parece tudo lento demais, onde é um esforço em querer se alicerçar de alguma forma em palavras que não saem do lugar.
Confesso que há alguns textos de sua autoria que acho fantásticos. Mas estes são poucos.
Enfim, não foi a minha melhor viagem em palavras empilhadas. Mas com certeza há quem considere este como uma das melhores coleções de poemas brasileiros.

L. L. Santos


site: https://www.facebook.com/pages/L-L-Santos/254579094626804
Anderson 07/02/2015minha estante
Luciano, você já leu "Os Escravos", do mesmo autor? Eu o li e não gostei de todos os poemas que nele são encontrados, contudo ele é bem mais atraente do que "Espumas Flutuantes", talvez pela sua temática social. Enfim, se você já o leu, o que achou dele? Se não, eu aconselho a leitura. Quem sabe você muda um pouco de ideia com relação ao autor, rs!

Abs,


Luciano Luíz 07/02/2015minha estante
Opa, vou dar uma bizoiada em OS ESCRAVOS. ^_^ Obrigado pela dica, amigo Anderson.




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