Espumas Flutuantes

Espumas Flutuantes Castro Alves




Resenhas - Espumas Flutuantes


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Rangel 05/02/2013

Poesias de amor, sensualidade e depressão castrianas
Resenha do livro "Espumas Flutuantes" de Castro Alves se distribui assim:
1. Prólogo: o sol no acidente recorda os amigos, comediantes do infinito, indiferença do oceano e punhado de versos, flores perdidas.
2. Dedicatória: a praia, o bom de ver a árvore com ninho manda o grito o livro como ramo no bico do louro.
3. O livro e a América: o grêmio literário com o novo mundo de Colombo, sua eterna oficina, o continente desperta as artes da Europa e de Deus, que manda marchar os mundos no firmamento da Alemanha e os filhos terão a grande nação que conquista o mundo inteiro, como mármores de Roma, que com a igualdade de voar, cai na alma o templo da ideias.
4. Hebreia: estrela do pastor, filha linda e sedutora de Israel, como Raquel do escravo Jacó, Susana do frio e do medo, Micol, a filha de Saul e canto de Davi.
5. Quem dá aos pobres: empresta a Deus o cego que pede luz, pequeno nos Andes, grandes heróis e soldados, filhos dos povos e bravos.
6. O laço da fita: criança que se prende, a moça bonita como pássaro bravo, a alma se embate nela, anseia o beijo;
7. Folhas, versos e o Gênio: ao poeta e amigo felizardo, o fogo de tenda em tenda, mísero ateu rejeitado pelo mundo, forasteiro caminhante da Terra, gênio solitário e invejado.
8. Mocidade e morte: alma de viajar ao infinito como borboleta, que morre quando o mundo é paraíso.
9. Ao Deus de julho: hora das epopeias da eternidade que dialoga com a mortalidade.
10. Os Três amores: sonhadora Eleonora, Julieta virgem e Júlia Espanhola.
11. O fantasma e a canção: necessidade é o nome foragido e errante, o rei fantasma da orgia do tempo Átila, que morreu desgraçado no motim.
12. O gondoleiro do amor: dama-negra, voz cavatina que ama o cantador.
13. Sub-regime: campo ninho do poeta, prece do paganismo.
14. As três irmãs do poeta: indiferença, fome e morte.
15. O voo do gênio: para vários mundos, o louco da alma.
16. O adeus de Teresa: conhecer-se na valsa e dizer adeus.
17. A volta da Primavera: alma revive apesar da descrença e angústia.
18. O Maciel Pinheiro: amigo-peregrino.
19. A uma taça: feita de crânio humano dos vivos que derrama alegria.
20. Pedro Ivo: noite sombria dorme a cidade da revolução da república.
21. Oitavas a Napoleão: régida tempestade, firmamento colossal.
22. Boa noite, Maria: a tarde dos desumanos.
23. Adormecida: flor da vida do poeta.
24. Jesuítas: fé apostólica da catequese de Deus.
25. Poesia e mendicidade: poesia estrangeira que pede ao mendigo a rede de um país melhor.
26. Hino ao sono: pálido que agita nas horas solitárias.
27. No álbum do artista: olhar que não sonha.
28. Versos de um viajante: saudades dos seus filhos da Tijuca.
29. Onde estás? -pergunta durante o vento do deserto.
30. A Boa Vista: tarde triste de entrada do jardim da visão branda de saudades e lembranças.
31. A uma estrangeira: Inês, que vive da noite imensa para o Oceano Atlântico, a espanhola de Andaluzia.
32. Perseverando: águia-gênio, cuja garra atinge a alma.
33. O coração: colibri dourado do amor com mel.
34. Murmúrios da tarde: natureza-poema santo do sol que morria.
35. Pelas sombras: noite brava que faz acender a fé no coração.
36. Ode ao Deus de julho: morte em Pirajó, Bahia, tudo em chamas, o duelo da liberdade frente à escravidão.
37. As duas flores: unidas rosas nascidas como casal de amor.
38. O túnel das Danaides: alma ao som da lira.
39. A Luís: saudade do amigo desde menino.
40. As duas ilhas: o silêncio e a solidão.
41. O autor Joaquim Augusto: artista-mestre e escultor.
42. Anjos da meia-noite: insônia vampiresca e febre da loucura.
43. Primeira sombra: Marieta e seus suspiro.
44. Segunda sombra: Bárbara loura de lábios vermelhos.
45. Terceira sombra: Ester judia oriental.
46. Quarta sombra: Fabíola, solução de amor e pássaro maldito.
47. Quinta e sexta sombras: Cândia e Laura, andorinhas crianças.
48. Sétima sombra: Dulce, talismã bendito.
49. Oitava sombra: misteriosa morte.
50. O hóspede: estrangeiro solitário que procura um lar.
51. As trevas: infinitas ossadas e cadáveres.
52. Aves de arribação: andorinhas inquietas.
53. Os perfumes: invisíveis que encerram formas da mulher bonita, são os espíritos dos anseios sensuais.
54. Imensos orbitais: o dorso da índia americana, paixão serpente.
55. A uma atriz: Glória, a rainha da multidão de homens.
56. Canção da boêmia: coração triste da rua deserta com cigarro, luz de vela, violão saudoso e o castigo.
57. É tarde: o vinho e a orgia de toda a noite.
58. A meu irmão: Guilherme de Castro Alves, que hiberna nos Andes.
59. Quando eu morrer: não lançar o cadáver no cemitério.
60. Uma página da escola realista: alcova fria que lembra a neve polar, que fala de amor e prazer o vulto de uma mulher.
61. Mário: É tarde vida morta.
62. Coup d'etrier: precisa partir a mártir alma.
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Elani Araújo 06/09/2020

Você precisa ter a leitura culta em dia, para dar conta.
Poesias de excelente qualidade, mas por se tratar de uma escrita em um português antigo, acaba pro demandar um pouco mais de compreessão e calma para absorver a qualidade dos poemas. Neste, reconhecemos pelos menos três poemas bastante citados e atemporais.
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Luciano Luíz 03/02/2015

Para quem conhece o mínimo de literatura brasileira, sabe que ESPUMAS FLUTUANTES é o único livro publicado em vida de CASTRO ALVES. Uma coletânea de poemas densos, que não me conquistaram.
O livro também conta com obras de outros autores que o brasileiro traduziu.
E sinceramente, acho que estes não deveriam constar no livro...
Eu adoro poesia, mas no caso do Alves eu nunca me senti atraído em seus versos. Parece tudo lento demais, onde é um esforço em querer se alicerçar de alguma forma em palavras que não saem do lugar.
Confesso que há alguns textos de sua autoria que acho fantásticos. Mas estes são poucos.
Enfim, não foi a minha melhor viagem em palavras empilhadas. Mas com certeza há quem considere este como uma das melhores coleções de poemas brasileiros.

L. L. Santos


site: https://www.facebook.com/pages/L-L-Santos/254579094626804
Anderson 07/02/2015minha estante
Luciano, você já leu "Os Escravos", do mesmo autor? Eu o li e não gostei de todos os poemas que nele são encontrados, contudo ele é bem mais atraente do que "Espumas Flutuantes", talvez pela sua temática social. Enfim, se você já o leu, o que achou dele? Se não, eu aconselho a leitura. Quem sabe você muda um pouco de ideia com relação ao autor, rs!

Abs,


Luciano Luíz 07/02/2015minha estante
Opa, vou dar uma bizoiada em OS ESCRAVOS. ^_^ Obrigado pela dica, amigo Anderson.




Josimar 27/12/2016

Viajei mais olhando a capa do que lendo o livro que achei chatão.
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r.morel 31/08/2017

Resenha Telegráfica
Um dos pontos altos do precoce poeta que cedo foi mas cedo relegou para nós algumas obras inspiradas líricas críticas e belas.

Trecho: “Então, nas sombras infindas,/S’esbarram em confusão/Os fantasmas sem abrigo/Nem no espaço, nem no chão…/As almas angustiadas,/Como águias desaninhadas,/Gemendo voam no ar./E enchem de vagos lamentos/As vagas negras dos ventos,/Os ventos do negro mar!”

site: popcultpulp.com
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Mr. Jonas 05/02/2018

Espumas Flutuantes
O poema ?Dedicatória?, que abre o livro Espumas Flutuantes, funciona como uma espécie de prefácio da obra. O assunto central ali é o próprio livro que, como uma pomba, lança-se ao espaço, ao encontro de seu público. O poema traz alguns dos elementos comuns da obra do autor, como as imagens grandiosas e o desejo de comunicação, o que o faz produtor de uma poesia de caráter público, mais afeita à exteriorização da praça que aos sussurros amorosos característicos da poesia da segunda geração.
Em ?Dedicatória?, essa poesia altiva resiste a intempéries (referência tanto a críticas quanto às oposições políticas que enfrentava) e avança, heroica. Por fim, o poeta pede que sua poesia, como a pomba que a metaforiza, retorne a ele trazendo um ramo de cipreste, símbolo da morte. Era uma triste lembrança da morte que, de fato, começava a tomar conta do poeta, que sofria da tuberculose que o mataria em seguida. Essa poesia repleta de notas pessoais insere-se plenamente no espírito subjetivista dos românticos.
O tom predominante no livro é o do arrebatamento, que contagia desde temas de caráter político até assuntos mais intimistas. As espumas flutuantes do título podem ser associadas aos poemas que, saídos da imaginação de seu autor, fogem ao seu controle e tomam rumos inesperados, ao mesmo tempo em que eternizam seu nome.
Os versos espalhados pelo mundo funcionam como imagem da difusão da cultura, defendida pelo poeta em um dos poemas mais emblemáticos do volume, ?O livro e a América?. Ali, o poeta faz uma exaltada defesa da cultura, concebida como arma iluminista contra todo tipo de obscurantismo (leia-se, naquele contexto, a barbárie da escravidão).
Alguns dos versos do poema ficaram famosos: ?Oh! Bendito o que semeia / Livros... livros à mão-cheia... / E manda o povo pensar! / O livro caindo n?alma / É germe - que faz a palma, / É chuva ? que faz o mar?. Nota-se no poema as marcas mais evidentes do estilo condoreiro: a tendência à expressividade retórica, o apelo exagerado às multidões, o abuso de exclamações e as imagens grandiosas.
Essa vocação da poesia de Castro Alves para a fala pública é reforçada nos poemas de caráter mais explicitamente político, como as homenagens que faz à data que, na Bahia, se associa às lutas pela Independência do Brasil: ?Ao dous de julho? e ?Ode ao dous de julho?. Mais do que a celebração de uma data específica, trata-se da apologia do sentimento de liberdade de todas as épocas.
O anseio de liberdade ganha espaço também na poesia que fala de amor, tema que assume uma conotação sensual. É o que se vê, por exemplo, em ?O gondoleiro do amor?, poema no qual o tom exagerado permanece, a despeito da temática intimista: ?Teu amor na treva é - um astro, / No silêncio uma canção, / É brisa - nas calmarias, / É abrigo - no tufão?. Mas predomina mesmo o tom erótico: ?Teu seio é vaga dourada / Ao tíbio clarão da lua, / Que, ao murmúrio das volúpias, / Arqueja, palpita, nua?.
Alguns poemas do livro tratam da própria arte poética, permitindo entrever a crença do poeta de que a poesia, mais que dom ou vocação, era um estigma a que o indivíduo simplesmente não conseguia resistir e que lhe marcava a existência.
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Mr. Jonas 05/02/2018

Espumas Flutuantes
O poema ?Dedicatória?, que abre o livro Espumas Flutuantes, funciona como uma espécie de prefácio da obra. O assunto central ali é o próprio livro que, como uma pomba, lança-se ao espaço, ao encontro de seu público. O poema traz alguns dos elementos comuns da obra do autor, como as imagens grandiosas e o desejo de comunicação, o que o faz produtor de uma poesia de caráter público, mais afeita à exteriorização da praça que aos sussurros amorosos característicos da poesia da segunda geração.
Em ?Dedicatória?, essa poesia altiva resiste a intempéries (referência tanto a críticas quanto às oposições políticas que enfrentava) e avança, heroica. Por fim, o poeta pede que sua poesia, como a pomba que a metaforiza, retorne a ele trazendo um ramo de cipreste, símbolo da morte. Era uma triste lembrança da morte que, de fato, começava a tomar conta do poeta, que sofria da tuberculose que o mataria em seguida. Essa poesia repleta de notas pessoais insere-se plenamente no espírito subjetivista dos românticos.
O tom predominante no livro é o do arrebatamento, que contagia desde temas de caráter político até assuntos mais intimistas. As espumas flutuantes do título podem ser associadas aos poemas que, saídos da imaginação de seu autor, fogem ao seu controle e tomam rumos inesperados, ao mesmo tempo em que eternizam seu nome.
Os versos espalhados pelo mundo funcionam como imagem da difusão da cultura, defendida pelo poeta em um dos poemas mais emblemáticos do volume, ?O livro e a América?. Ali, o poeta faz uma exaltada defesa da cultura, concebida como arma iluminista contra todo tipo de obscurantismo (leia-se, naquele contexto, a barbárie da escravidão).
Alguns dos versos do poema ficaram famosos: ?Oh! Bendito o que semeia / Livros... livros à mão-cheia... / E manda o povo pensar! / O livro caindo n?alma / É germe - que faz a palma, / É chuva ? que faz o mar?. Nota-se no poema as marcas mais evidentes do estilo condoreiro: a tendência à expressividade retórica, o apelo exagerado às multidões, o abuso de exclamações e as imagens grandiosas.
Essa vocação da poesia de Castro Alves para a fala pública é reforçada nos poemas de caráter mais explicitamente político, como as homenagens que faz à data que, na Bahia, se associa às lutas pela Independência do Brasil: ?Ao dous de julho? e ?Ode ao dous de julho?. Mais do que a celebração de uma data específica, trata-se da apologia do sentimento de liberdade de todas as épocas.
O anseio de liberdade ganha espaço também na poesia que fala de amor, tema que assume uma conotação sensual. É o que se vê, por exemplo, em ?O gondoleiro do amor?, poema no qual o tom exagerado permanece, a despeito da temática intimista: ?Teu amor na treva é - um astro, / No silêncio uma canção, / É brisa - nas calmarias, / É abrigo - no tufão?. Mas predomina mesmo o tom erótico: ?Teu seio é vaga dourada / Ao tíbio clarão da lua, / Que, ao murmúrio das volúpias, / Arqueja, palpita, nua?.
Alguns poemas do livro tratam da própria arte poética, permitindo entrever a crença do poeta de que a poesia, mais que dom ou vocação, era um estigma a que o indivíduo simplesmente não conseguia resistir e que lhe marcava a existência.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 11/07/2018

A Transitotiedade Da Vida
Castro Alves (1847-1871) foi o último grande nome da terceira geração romântica no Brasil. Chamado de "O Poeta dos Escravos", sua indignação com os graves problemas da época marcou indelevelmente sua obra, inclusive, seu sentido revolucionário e social chega a aproximá-lo do parnasianismo. Outra questão muito peculiar refere-se ao amor, seus versos destilam uma incomum sensualidade ao abordar a beleza e a sedução do corpo feminino.

Dentre seus livros, "Espumas Flutuantes" é uma escolha perfeita para quem quiser conhecê-lo. Nele, estão seus únicos versos publicados em vida, em 1870, um ano antes de morrer, vítima das consequências de grave acidente durante uma caçada.

Com 53 poemas, a repercussão favorável da obra permitiu que seu trabalho fosse compilado postumamente, merecendo destaque o livro "Os Escravos" em que aparece o conhecidíssimo poema "O Navio Negreiro".

Aliás, o próprio título de "Espumas Flutuantes" espelha a transitoriedade da vida que o poeta via se esvair atormentado pela tuberculose, a morte dos familiares e a separação da mulher amada, a atriz Eugenia Câmara, a quem dedica um poema.

Quanto a indicações de leitura, a lista é extensa. Merecem particular atenção "América o Livro" e "Ao Dois de Julho", mas confesso que meu preferido é "Aves de Arribação", inclusive, elogiado por Eça de Queiroz.

Boa leitura!
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Volnei 26/07/2018

Espumas Flutuantes
"O livro traz uma coletânea de poesias do autor que demonstram o pensamento de sua época e quais eram suas ideias quanto algumas questões tais como o fim da escravidão. Seu poema mais conhecido é justamente Navio Negreiro que descreve a crueldade praticada contra o negro já durante a travessia do oceano. O poeta foi o maior defensor de sua época contra a escravidão

site: http://toninhofotografopedagogo.blogspot.com.br
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Ed Carvalho 13/04/2021

Maravilhoso
Eu tinha este livro há tempos e nunca o havia lido. Castro Alves foi um poeta, de fato, genial.
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Lipe 17/04/2019

Poesia Lírica de Castro Alves
Castro Alves é a principal expressão poética da terceira geração romântica (condoreira ou hugoana). Ele acreditava acertivamente que a poesia é capaz de suscitar mudanças na mentalidade e, assim, interferir no processo social. Com sua poesia social, o abolicionismo, atingiu um grande público. Entretanto, "Espumas Flutuantes" compõe o grupo da chamada poesia lírica, onde os poemas expressam um novo retrato da mulher e uma nova concepção do amor, como nos poemas "O 'adeus' a Teresa" e "Adormecida". Fazendo da mulher um ser de forma corpórea, situado no tempo e no espaço físico, apresentando assim uma visão mais real da mulher do que as representações do Ultrarromantismo.
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Tigronna 20/07/2020

Eu não sou muito de ler poesias, mas me aventurei a ler este livro, gostei. Os três amores e O fantasma e a canção são os meus favoritos.
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Manda_Evaristo 16/12/2020

Pra justificar a minha avaliação (2,5)
Eu não sou muito fã de poesia, na verdade acho que é falta de costume. Porém a leitura dessa obra realmente não é fácil, tanto pelo vocabulário quanto pela estrutura. Sofri pra conseguir terminar.
Por outro lado, tem algumas poesias lindíssimas. Vale a pena dar uma olhada.
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