Authority Omnibus

Authority Omnibus Warren Ellis...




Resenhas - Authority


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Gabriel501 12/02/2023

The Authority - Omnibus
Terminei Authority. Foram 984 páginas de aventuras intensas lidas na mais desconfortável versão de todas. Um aviso àqueles que se atreverem a ler essa resenha: eu não apenas julgarei uma história em quadrinhos, mas irei julgar uma forma de publicação porque essa foi a primeira vez que li um omnibus.

Qualquer um que passar os olhos em uma omnibus tão robusta quanto essa consegue imaginar o tormento de ler algo desse tamanho. Admito que não fiz nenhuma pesquisa antes de ler a edição, peguei o calhamaço de 900 páginas e li com a cara e a coragem. No fim, minhas costas estavam doendo, e eu estava preenchido por um medo imenso de destruir acidentalmente uma edição tão cara.

Aqueles que forem comprar omnibus por qualquer motivo além de enfeitar sua prateleira, pesquisem maneiras de ler e de preservar sua edição. Isso é importante! Deveria ter a droga de um aviso dentro da edição ou no site da Panini ou algo do tipo.

Falando assim parece que destruí o meu exemplar, mas não. Ele sobreviveu a leitura, assim como eu. O que me desgastou foi a preocupação que tive em não arrebentar a sua lombada e todo o estresse decorrente disso.

Infelizmente, hoje, essa é a única maneira lícita de se ler e de se ter histórias como Authority, sem passar dias a fio visitando sebos ou negociando inutilmente com colecionadores ranzinzas de hqs. Deveria ter no Brasil diversas edições diferentes de uma mesma história circulando pelo mercado, edições em capa dura, brochura, de luxo, de colecionador, entre outras. O público deveria ter o poder de escolha sobre qual edição ter, não deveria ser uma imposição das editoras.

Mas, no momento, se você quer uma edição nova de Authority, só há a omnibus. E ela não é uma edição feita para quem quer conhecer o grupo de heróis, é uma edição para colecionadores de longa data terem de enfeite na estante, mas nunca, jamais, sentarem e lerem por horas e horas.

De toda forma, chega de falar sobre a edição agora, vamos para a história em si. De todas as versões alternativas de superequipes de heróis, Authority é uma das mais interessantes. Ela não possui a profundidade e a complexidade de Watchmen, por exemplo, em sua construção de mundos e desenvolvimento de personagens, mas é repleta de roteiros inteligentes e perspicazes. E isso é um grande mérito. Isso faz com que Authority não seja uma obra de desconstrução de super-heróis, como a que eu citei acima, mas o torna a reinvenção máxima de uma forma estabelecida. Authority é o mercado de quadrinhos de super-heróis olhando para si mesmo e dizendo: ?Olha, os leitores não são burros. Estamos nos aproximando de um novo século, que carrega uma maturidade diferente. Vamos fazer histórias com essa maturidade?.

Dessa forma, Authority em sua primeira fase, escrita por Warren Ellis e desenhada por Bryan Hitch, nos entrega uma série de ótimas histórias, bem desenvolvidas, bem ritmadas, com novos e interessantes personagens. São super-heróis que agem como uma força especial do exercito, eles não perdem tempo com piadinhas e frases de efeito, são seguros e centrados. São um batalhão bem articulado que não briga entre si.

Ellis não se preocupa em entregar arcos dramáticos clichês sobre cada personagens e a maneira terrível como conseguiram seus poderes. Sua preocupação está na trama, está no vilão que se apresenta, está em como os heróis irão enfrentá-lo e em como irão solucionar o problema. Todos os desfechos são bons. Todas as sequências de ação são intensas e frenéticas, um grande mérito de Bryan Hitch, que constrói cenas em grande escala como ninguém. São sempre repletas de elementos e de personagens.

Destaco o último arco da dupla, ?Terror Cósmico?, o melhor dessa primeira fase. Um arco com um vilão original, diferente dos outros apresentados, uma ameaça impossível de ser lidada e um problema quase irresolvível. Além disso, acontece uma mudança significativa na equipe de Authority que foi construída com esmero e delicadeza ao longo das quatro edições.

Após a fase Ellis/Hitch, se inicia a fase Mark Millar e Frank Quitely. O seu arco inicial, ?Natividade?, é a melhor história da edição omnibus. Ele é absolutamente fantástico. Sua trama mescla o que foi produzido anteriormente com o novo que está sendo construído de modo brilhante. Millar pega o Authority de Ellis e eleva o seu nível, torna Authority uma força global de mudança. Uma força de super-humanos feita para tornar o mundo um lugar melhor.

Fora isso, há o nó narrativo com o grande vilão, onde Millar trabalha com conceitos conhecidos e reconhecíveis em qualquer lugar, mas os desenvolve de modo brutal, com uma execução perfeita de Frank Quitely que transforma elementos das hqs como enquadramento e diagramação em um mérito de potencia narrativa. Para que, no fim, a história nos presenteie uma conclusão surpreendente e original.

O arco ?Natividade? existe para todos aqueles que estão de saco cheio de histórias de super-heróis e existe para todos aqueles que não fazem ideia do que o gênero pode ser. No fundo, essas duas pessoas são a mesma. E ambas deveriam ler ?Authority - Natividade?.

Depois, a sequência da fase Millar e Quitely sofre com as mudanças de desenhistas e com a inserção de uma série de histórias curtas e desconexas que parecem não possuir conexão com a história principal.

No final, como saldo positivo, há o arco ?Terra Infernal? com um ótimo mistério, uma excelente sequência final e uma das melhores cenas de ação da hq e a primeira parte do arco ?Admirável Mundo Novo?. Como parte negativa, há a intromissão mal pensada do arco ?Transferência de Poder? que é escrito e desenhado por uma dupla diferente, antes da parte dois de ?Admirável Mundo Novo?. A inserção desse segundo arco durante o desenvolvimento do primeiro é grotesca. Ele quebra o ritmo da narrativa em prol de um complemento desnecessário à história que agrega muito pouco ao desfecho do arco principal.

Quando cheguei à página final do quadrinho, tive mais elogios do que reclamações. As histórias são de boas a excelentes. Bryan Hitch e Frank Quitely estão em seu melhor e oferecem uma experiência visual imersiva, frenética e gostosa de ser lida. A edição, por mais desconfortável que seja, é completa. Eu realmente li tudo do primeiro volume de Authority, para o bem ou para o mal. Para o bem, por causa de todas as edições excelentes que falei acima. Para o mal, por causa de histórias curtas, como ?The Authority Annual (2000) n°1? e ?Wildstorm Summer Special (2001) n° 1?, que agregam pouco, de arcos como ?Transferência de Poder? e de "The Authority n° 21 - Todas as Festas Futuras?.

Nota: 8,7.
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Batman 26/12/2023

Essa a hq é muito bom ela reúne várias histórias da equipe Authority que são muito boas realmente vare o dinheiro que você gasta nesse omnibus

Detalhe vai ter filme de Authority
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Thiago 08/05/2024

Authority é considerado um dos títulos mais inovadores dos quadrinhos modernos. Esses poderosos superseres enfrentam incontáveis ameaças à Terra, protegendo a humanidade com sua fria versão de justiça. Eles precisarão encarar uma invasão alienígena oriunda de uma Terra alternativa, um terrorista internacional que reduz a escombros as mais importantes cidades do globo, e uma inteligência extraterrestre que se autoproclama Deus!
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