À beira-mar

À beira-mar Abdulrazak Gurnah




Resenhas - À beira-mar


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Giovanni.Ariel 05/07/2022

O livro todo fiquei num misto de "estou gostando, mas cansando".
A escrita é beeeeem cansativa com blocos e mais blocos de textos com uma organização bem estranha.
Os personagens são muito bem desenvolvidos, mas a história pouco me engajou.
Me peguei pensando sobre como gostaria que algo interessante realmente acontecesse, e após a leitura refleti um pouco sobre e notei que acontecem muitos eventos que despertam o interesse, mas são narrados de uma maneira que simplesmente não engajam.
No geral acho a leitura válida, mas reconheço que o livro não seja para todos...
Marcia 06/11/2022minha estante
Bom ler o seu comentário! Me estimulou a ler um pouco mais e dar mais uma chance. Estou achando o começo muito cansativo; estou na página 58 e quase desistindo. E olha que é muito raro eu desistir de um livro... Mas vou continuar por mais algumas páginas. Quem sabe consigo engajar, não é?


Roseli 18/01/2023minha estante
Terminei esse livro com mesma sensação. Personagens incríveis mas não me prendeu. Terminei porque decidi que ia até o fim




Mari Pereira 02/08/2022

Sobre a memória e suas confusões...
Confesso que quando iniciei a leitura de "À beira-mar", tive certa dificuldade de engajamento. Achei a narrativa muito lenta, cansativa, apesar de gostar da forma como o narrador ia e vinha pelos assuntos, formando um caleidoscópio de suas memórias.
A dinâmica da narrativa muda, em minha opinião, com a entrada em cena do segundo narrador. É a aí que as memórias de um e outro se encontram, se entrelaçam e se chocam.
Naquele velho jeito maniqueísta de olhar o mundo, fiquei tentando descobrir quem era o vilão da história.
E foi aí que veio a grandeza do autor, o nobel Abdulrazak Gurnah. Não existem vilões e mocinhos. Existem pessoas que passaram por situações muito difíceis em suas vidas, que tiveram um passado colonial duro e marcado por inúmeras violências, e que ali, em um novo lugar, novamente à beira-mar, se reencontram.
E o reencontro é custoso, mas também é bonito. E abre um novo mundo de possibilidades para esses dois.
Um livro cheio de delicadeza, sabedoria, uma certa tristeza, mas também da esperança de poder começar de novo.

P.s.: Agora preciso muito ler o conto Bartleby, o escrivão! ??
Monique | @moniqueeoslivros 02/08/2022minha estante
A sensação pra mim também foi essa, depois que passei a parte da "arrebentação", foi fantástico. E eu já providenciei o meu Batleby também... hehe.


Deby Rodrigues 12/08/2022minha estante
Que resenha linda, Mari. Estou no início e já sentindo uma atmosfera nova, forte, intuitiva. Quero ir até o final. Cada linha parece uma imensidão.
Bjss




Leandro190 01/08/2023

Abaixo os mapas
Não sei se gostei desse livro. Inicialmente, ao pensar na trajetória de um refugiado, alimentei perspectivas de enredo que não se confirmaram e obviamente não precisavam se confirmar mesmo, o nobel de literatura é o autor do livro eu sou um reles leitor, mas encontrei belas reflexões sobre a vida, sobre reencontros difíceis, sobre conviver. Interessante a ideia de pensar que os mapas colocaram limites no mundo.....dá pra imaginar que nossos mapas internos também nos limitam, dificultam nossa transcender e acabam por nos apequenar.
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Mariana 01/10/2022

À beira-mar
Quando comecei a ler pensei que conheceria uma nova cultura e enxergaria pelos olhos de um refugiado. Mas vai muito além disso. Abdulrazak Gurnah conta uma história de ganância, traição e vingança por duas perspectivas, de Saleh Omar e Latif Mahmud. De cara não percebemos, mas vai se entrelaçando e notamos como o tempo e o ódio podem modificar e distorcer nossas lembranças. E que esse mesmo tempo e ódio podem se transformar em perdão e amizade.
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Carla.Cerqueira 24/07/2022

Perfeito
O autor mereceu mesmo o Nobel. Uma história fascinante, na qual fatos trágicos levam a uma linda história de amor! A oportunidade de seguir em frente.
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Alice 17/07/2022

Não sei como falar todo os sentimentos que esse livro me despertou! Mas que foi profundo, a delicadeza das descrições me fez mergulhar de cabeça na história e me sentir próxima dos personagens! Só tenho elogios mas não consigo expressar, tem que ser experimentado.
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Sabrina 09/09/2022

Do autor laureado com o Nobel de literatura em 2021. Trata de uma história muito bem costurada por dramas familiares repletos de ganância, vingança e traições na África Oriental oprimida e explorada pela colonização europeia. Os narradores são refugiados, expatriados e, entre memórias e acontecimentos vão tecendo ligações entre suas tragédias e histórias de vida. Baita livro.
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Erica.Barone 07/07/2022

Leitura envolvente e interessante, sobre o passado interligado de dois conterrâneos, que revivem suas angústias e arrependimentos. Gostei, mas em alguns momentos, achei um pouco cansativo.
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Duda Garcia 17/11/2022

As pessoas fazem coisas boas e ruins e é isso
Adoro esses livros que não têm exatamente um acontecimento, que é apenas toda uma história e não tem fim, não tem exatamente um acontecimento final com um desfecho pra um problema. É só o que é, a vida.
Gosto das histórias que se juntam.
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Pedro Sucupira 12/01/2023

2023 LIVRO 3 – À Beira-mar, por Abdulrazak Gurnah.
Abdulrazak Gurnah, nascido em Zanzibar em 1948, costa da Tanzânia, refugiado no Reino Unido nos anos 1960, ganhador do prêmio Nobel de literatura de 2021, nos prestigia com essa obra maravilhosa.

À Beira-mar é a história de dois homens nascidos em Zanzibar, criados na cultura islâmica, que se encontram como refugiadas na Inglaterra cujos passados na terra natal se entrelaçam de forma turbulenta e dramática. Um romance repleto de paixão, traição, rancor e muita vingança. Tudo isso contribuindo para um clima de tensão e curiosidade constante que prende a atenção do leitor do início ao fim.

Escrita eloquente e fluída com diálogos rebuscados, mas nada pedante, de encher os olhos. Sem contar que o autor usa metáforas de forma tão magnífica, incorporadas com tanta maestria ao longo da narrativa, que só embelezam mais a história.

E o melhor de tudo é o deboche do autor para com os britânicos, colonizadores que literalmente f*d*ram com 15 países (colônias inglesas) e que continuam se achando os bons samaritanos por concederem asilo à refugiados. Aquele ar de superioridade branca europeia que chega a dar náusea, mas que vira motivo de chacota e ridicularização nas mãos de Abdulrazak Gurnah quando esse retrata os ingleses como uma raça depressiva, suja, sem asseio nenhum por seus lares, e de uma obtusidade infinita. E tudo isso fica mais explícito ainda no ranço dos protagonistas para com essa raça inferior.

Um livro exemplar. Super indico.

#literaturatanzaniana #leituracontemporânea #abdulrazakgurnah #taglivros #companhiadasletras #abeiramar #dicasdeleitura #leituras2023
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Lusia.Nicolino 07/08/2022

Escrita nada óbvia, mas apaixonante!
A escrita nada óbvia, mas apaixonante de Gurnah, nos leva a conhecer uma história que merece um H maiúsculo. Saleh e Latif se encontram à beira-mar, em uma pequena cidade inglesa. São ambos imigrantes, refugiados, com um passado cheio de nós para serem desfeitos. Um velho que acaba de chegar, um jovem que chegou há muito tempo. Como suas histórias se entrelaçam? As fugas para o passado nos deixam cada vez mais entender o presente ao longo da narrativa. O que aconteceu em Zanzibar, o país que não conseguiu proteger os seus do imperialismo? Quem pode perdoar os desentendimentos entre aqueles que agiram em nome do poder, da sedução, da traição, do medo de encarcerar-se em si mesmo e não viver tudo? Pode parecer cansativo para leitores menos experimentados, mas embarcar nessa leitura vale cada página!

Quote: "Encontrei as lojas de móveis por acaso, nos primeiros dias depois que me mudaram para cá, apesar de eu sempre ter tido interesse por móveis. Pelo menos, eles nos alicerçam e nos mantêm no chão, e nos impedem de subir nas árvores e uivar nus quando tomados pelo terror de nossas vidas inúteis. Eles nos impedem de vagar sem rumo em descampados impenetráveis, de tramar canibalismos em clareiras de floresta e cavernas gotejantes. Falo por mim, muito embora presuma incluir os que não falam com minha banal sabedoria."


site: https://www.facebook.com/lunicolinole https://www.instagram.com/lu_nicolino_le
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Machado Neto 19/07/2022

Nada é o que parece ser
O livro retrata a história de dois imigrantes, refugiados no Reino Unido em épocas diferentes, mas vindos do mesmo lugar, Zanzinbar. O primeiro acaba de chegar, o segundo já vive a anos nesse novo país, já tendo construído uma nova história nele.
O enredo mescla passado e presente e aos poucos vamos conhecendo mais sobre a vida de cada um dos protagonistas: seus dramas anteriores, a dura vida no país de origem, como chegaram até ali e, principalmente, fatos comuns de uma vida passada que atormenta a ambos.
De início, o livro parece ser cansativo, mas aos poucos ele prende a atenção do leitor e nos faz refletir sobre temas profundos.
Não é o tipo de obra com personagens apaixonantes, mas com o passar da trama você passa a gostar e odiar os personagens, e então tudo se reverte e você passa a odiar e gostar. Assim, mesmo não se apaixonando pelos personagens, você mergulha na história e, ao final, descobre está apaixonada por ela, afinal, é um livro orgânico.
Para quem gosta de temáticas profundas, é um ótimo livro. Fala sobre o colonialismo, sobre a dura realidade dos países africanos durante a dominação inglesa e sobre a jovem nação independente, que pode ser mostrar tão ou mais cruel que aquela velha colônia. Fala sobre autoritarismo, sobre negação aos direitos das mulheres e sobre uma sociedade patriarcal. É um livro completo, vale a leitura.
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Conça 20/08/2022

Minhas impressões, opniões e sentimentos?
Abdulrazak Gurnah é escritor tanzaniano, e voz importante na representação dos dramas dos refugiados africanos.

A obra inicialmente tem como temática a vida dos refugiados. Porém, no meu ponto de vista, ela tem várias características especiais no que tange ao bem e o mal, o certo e o errado, bem como aos conflitos familiares. Esses assuntos são abordados de forma dinâmica entre presente e passado e com dois narradores, sendo um narrador principal, Sales Omar, um refugiado de Zanzibar que está tentando entrar na Inglaterra com documento falso e fingindo não entender nada da língua inglesa. E o segundo narrador é Latif Mahmud. Filho de Rajab Shaanban Mahmud que conseguiu uma bolsa para estudar na antiga Alemanha Oriental, mas acaba fugindo para Inglaterra e tornar-se professor.

A tese é bem defendida pelo autor porque faz parte da sua experiência de vida, ele próprio é um refugiado nascido em Zanzibar durante o domínio britânico que se viu obrigado a fugir da sua cidade natal quando cidadães de origem árabe passaram a ser perseguidos.

?Uma narrativa potente que mostra que um refugiado nunca chega de mãos vazias a seu destino ? afinal, ele carrega consigo suas vitórias, suas chagas, sua história e sua identidade?

Ao longo da leitura fui deslindando a intenção do autor que é aprofundar o leitor nessa cultura desconhecida por muitos, fui me envolvendo nos dramas pessoais e familiares dos personagens e na política conturbada da época. Apesar da complexidade da obra, percebi uma narrativa sensível e uma ironia tamanha: abandonar seu país de origem devido aos colonizadores, em simultâneo, são recebidos por eles como exilados.

Essa é uma leitura que deve se dirigir para todos os tipos de leitores, porque, além de existir vários elementos que dão profundidade a situação de um exilado, o tratamento dado ao tema é compreensível, possibilitando reflexões e inúmeras fontes de pesquisa.

Recomendo a obra porque achei uma escrita interessante, organizada, sensível, cheia de símbolos e extremamente real.
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Rodolfo 11/09/2022

Quando Saleh Omar decide imigrar para Inglaterra ele resolve usar outro nome, de um grande desafeto que ele teve no passado na Tanzânia. Logo que ele chega, resolve omitir que não sabe falar inglês, o que faz com que o departamento de imigração vá atrás de um tradutor.
E é assim que o passado irá retornar na vida de Saleh ao reencontrar Latif, uma pessoa com quem no passado ele teve desentendimentos.
Assim somos apresentados a uma história cheia de cultura, de um povo que sofre, em que muitas vezes se arriscar no desconhecido vale mais do que correr o risco de ficar na terra natal.
Também acompanhamos a trajetória de Saleh com as dores que lhe moldam, passando por um período em campos de concentração, no qual a vontade de viver e voltar pra família o ajuda a ficar vivo.
À beira-mar é uma daquelas leituras impossível de não tocar o leitor oi fazê-lo parar pra refletir sobre os acontecimentos do livro.
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