Três histórias de aventura

Três histórias de aventura Jack London




Resenhas - Três histórias de aventura


1 encontrados | exibindo 1 a 1


jota 24/02/2021

EXCELENTE (três narrativas que estão entre as mais expressivas histórias curtas que London escreveu)
Lido (rapidamente) em 23/02/2021.

Reler histórias aventureiras de Jack London (1876-1916) num tempo em que nos encontramos bastante imobilizados por conta da pandemia sempre traz algum conforto. Essas narrativas, para quem nunca leu nada dele, podem servir de introdução a outros livros de London, mais conhecidos, como O Chamado da Floresta (também intitulado O Chamado Selvagem), Caninos Brancos, O Lobo do Mar e Martin Eden, romance autobiográfico. Aventuras que prendem intensamente a atenção do leitor não faltam aqui: uma se passa no Alasca, outra nos mares do sul, outra ainda na Califórnia... Vamos a elas, pois:

Cara no Chão (Lost Face, 1908): Subienkow, aventureiro polonês, na verdade um ladrão de peles, capturado por nativos do Yukon, a quem um dia agrediu e tratou como escravos, aguarda sua vez de ser torturado e morto pela tribo. Enquanto seu companheiro é barbaramente torturado, recorda tudo o que se passou desde a Europa, como as coisas chegaram a esse ponto na América. Tentando escapar da morte dolorosa começa a planejar algo em sua cabeça; depois convence Makamuk, o chefe dos nativos, a ouvi-lo. Inventara uma história mirabolante, mas que convence o chefe e somente no final é que entendemos o título dessa narrativa impressionante.

A Casa de Mapuhi (The House of Mapuhi, 1909): peroleiro do Taiti, Mapuhi encontra uma pérola rara, valiosíssima. Pretende vendê-la a comerciantes estrangeiros e, por exigência da família, com o dinheiro construir uma casa segura porque moram numa área sujeita a intempéries, vendavais e inundações. Mas as coisas não correm como a família de Mapuhi havia planejado e, para piorar, na sequência ocorre um furacão devastador na ilha. Muitos habitantes morrem afogados, mas Mapuhi, a mulher e a filha sobrevivem. A mãe dele, porém, não é encontrada viva ou morta. Dias depois, numa noite, um “fantasma” faz uma surpreendente visita à família.

O Mexicano (The Mexican, 1911): simpatizantes da revolução mexicana em Los Angeles labutam pela causa. Um dia, no escritório da junta de recrutamento aparece um jovem, Filipe Rivera, dizendo querer ajudar. Mas ele é de poucas palavras e um tanto misterioso, por conta do que se passou com seus pais. Desconfiados de que possa ser um espião do sanguinário presidente Diaz, não lhe dão a devida confiança, mas mesmo assim aceitam seus serviços gratuitos. Em várias ocasiões Rivera também contribuirá com dinheiro, que os militantes desconhecem a origem. Um dia, quando a junta precisa de muitos dólares para comprar rifles e despachar para os revolucionários, Rivera tem a chance de provar que verdadeira e literalmente lutava pela revolução. Final eletrizante.
cid 24/02/2021minha estante
Excelente resenha. Vontade de reler os contos ..


jota 24/02/2021minha estante
Grato. Sim, foi o que fiz.




1 encontrados | exibindo 1 a 1


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR