O pequeno livro do Grande Terremoto

O pequeno livro do Grande Terremoto Rui Tavares




Resenhas - O pequeno livro do Grande Terremoto


2 encontrados | exibindo 1 a 2


Daniel Moraes (Irmãos Livreiros) 15/03/2023

O pequeno livro do Grande Terremoto, de Rui Tavares
"O pequeno livro do grande terremoto", escrito por Rui Tavares, autor do podcast “Agora, agora e mais agora”, foi publicado pela Tinta da China Brasil, em uma edição colecionável, ilustrada e arabescos nas páginas. Um luxo.

O historiador português, Rui Tavares escreveu neste livro, pequeno por sua estrutura, todavia, grande em seu conteúdo, ensaios que relata o Terremoto de 1755, data que mudaria a estrutura de Portugal e claro, abalaria o mundo.

A narrativa eloquente de Tavares, contrasta com elementos históricos onde traça paralelos aos eventos históricos da humanidade. Fatos que poderiam mudar a vida dos portugueses e também de toda a Europa.

Rui vai além do terremoto e explora a emoção dos portugueses ao expor as constatações da reconstrução de Lisboa decorrendo ao grande terremoto ocorrido no fatídico ano de 1755.

Embora em nossa época, não nos atentamos com as mudanças ocorridas àquela época, é inevitável não se prender à obra de Rui Tavares. Os ensaios são vívidos e nos dá a dimensão do terror sofrido por conta dos tremores que abalou Lisboa.

"Objetos maiores caíram das prateleiras, molduras e crucifixos pregados às paredes balançavam como se fossem barbatanas de um peixe fora de água — ‘the frames flapped against the wall’, descreveu uma testemunha inglesa."

Inegavelmente, os cenários reais e um tanto quando cinematográficos, se destaca em seus ensaios, sobre o grande terremoto, que por entre fatos, hipóteses e teorias, Rui compara a ação da época com os desdobramentos das catástrofes, tal com o terremoto da Turquia, em 2023, que já tirou a vida de 45 mil pessoas, entre eles, turcos e sírios, segundo noticiou a CNN Brasil.

"O pequeno livro do grande terremoto", é um livro que explora a reação da humanidade mediante à grandes catástrofes de nosso tempo. O obra mostra que a história se repete, e nós seremos sempre testemunhando as mudanças do nosso mundo a partir da percepção do nosso mundo.


Confira a resenha completa no blog Irmãos Livreiros

site: https://irmaoslivreiros.com.br/terremoto/
comentários(0)comente



Carol 13/02/2024

Impressões da Carol
Livro: O pequeno livro do Grande Terremoto {2005}
Autor: Rui Tavares {Portugal, 1972-}
Editora: Tinta da China Brasil
224p.

"No primeiro dia de novembro de 1755 Lisboa foi arruinada pelas forças combinadas de um sismo violentíssimo e invulgarmente longo, um maremoto que lançou ondas gigantescas sobre a costa e diversos incêndios, um dos quais consumiu todo o centro da capital portuguesa." p. 16

Lá se vai uma década desde que conheci Lisboa e, ainda hoje, me arrepio ao lembrar a visita que fiz ao "Lisboa Story Centre", no Terreiro do Paço. O museu possui uma seção dedicada inteiramente ao Grande Terremoto de 1755: o dia de todos os santos, o cismo, o maremoto, os incêndios, a cidade em ruínas, Pombal, a reconstrução, a cidade moderna.

Rui Tavares - historiador que conheci via podcast "Agora, agora e mais agora" (ouçam!) - parte deste evento singular para nos entregar um ensaio brilhante. Com uma escrita envolvente e capacidade rara de síntese, Rui nos faz refletir sobre as consequências sociais, políticas, filosóficas, religiosas, científicas e urbanísticas da catástrofe.

Mais do que isso. Você se pega meditando sobre a História - com H maiúsculo - e as infindáveis histórias cotidianas. Você se indaga, qual a percepção coletiva dos dias que abalam o mundo? "Terá a história esquinas ou cotovelos?" p. 14

Os capítulos são saborosos. O exercício de imaginar Lisboa, se o Terremoto não houvesse ocorrido. A figura do Marquês de Pombal, o autêntico déspota esclarecido lisboeta. Os relatos dos sobreviventes. Os folhetos e as ilustrações equevas. E, meu grande destaque: a rixa filosófica entre Voltaire - venenosíssimo - e o jovem Rousseau, ainda ansiando pela fama.

"É de longe mais frequente defender-se que a catástrofe deve de fato levar a uma profundíssima revisão de consciência- por parte dos outros. Assim, também em 1755 a maior parte dos testemunhos e reflexões pessoais viu no Terremoto a confirmação das suas convicções de sempre.
(...)
Em suma: não só as pessoas, em geral, não abdicaram das suas convicções anteriores como, pelo contrário, identificaram na catástrofe o sinal da refutação e falência das ideias adversárias." p. 17

Livraço!
comentários(0)comente



2 encontrados | exibindo 1 a 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR