What Big Teeth

What Big Teeth Rose Szabo




Resenhas - What Big Teeth


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natsukashiii 28/07/2023

Que livro HORRÍVEL (elogio)
completamente aterrorizante, ao mesmo tempo familiar e reconfortante. muito muito bom
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Mar 14/12/2021

We will be fine. We have always been fine.
De conceito amplo e moral ainda mais, What Big Teeth não possuí aspirações de ensinar e leitore como se viver. De fato não há uma moral óbvia, não há sequer uma base para isso; a família Zarrin, à qual pertence a protagonista Eleanor, rejeita qualquer tipo de normalidade. Não por preconceito, mas pela natureza do que são. Um abjecto grupo de monstros, criaturas que são rejeitadas pelo próprio tecido do mundo e encontram amor entre si mesmas, sem necessitar da aprovação do normal.

Em meio à isso tudo, porém, há Eleanor. Um monstro para outros monstros. Com medo do risco que ela posa para a família, sua avó e matriarca, Persephone, afasta Eleanor da família. Quando ela retorna, inevitavelmente alcançada por sua natureza monstruosa, Eleanor se sente perigosa e em perigo. De seu medo e da rejeição que sofre pela necessidade de controle de Persephone, nasce em Eleanor um precisar profundo de normalidade. Se ela não sobrebiver como criatura, talvez sobreviva então como garota.

What Big Teeth traça à partir daí uma narrativa rebuscada sobre a natureza de cada ume; sobre aceitar a monstruosidade intrínseca de si - ou seja, aquilo que não é tido como natural - e sobretudo sobre o amor. Amor, aqui, é uma força bestial e profunda, que gere desde a maior dor até a maior coragem. Amor é em si só uma coisa monstruosa, que Eleanor compreende ao longo da narrativa. É sobre desejar consumir (compreender) inteiramente aquilo que se ama, e aceitar que não se pode. Não se deve. É sobre deixar ser, então. Nisso, e na exímia atmosfera gótica e arrepiante, de uma estranheza encantadora, Rose Szabo sucede profundamente. What Big Teeth é, para todos os efeitos, extremamente sensível.

Ainda assim, há uma certa ternura ausente em suas páginas que parece trabalhar contra seus temas. Apesar da mensagem central parecer ser sobre formas de amor, e monstruosidades diversas, a maneira como es Zarrins parecem conter frieza demais em suas relações familiares, qualquer afeto mais óbvio parecendo de grande esforço ao menos antes dos três últimos capítulos faz com que os sentimentos trabalhados em sua maior parte de forma rebuscada não sejam muito convincentes e de repente explodam naquilo que seria esperado desde o início. Esse problema em "ritmo sentimental", por assim dizer, torna complicado apegar-se aes Zarrins como personagens, sendo essus mais interessantes como parte da atmosfera geral do que pessoas por si só, ao menos até certo ponto no livro. Isso porque, acima de tudo, passam tempo demais se não rejeitando Eleanor diretamente, simplesmente ignorando suas necessidades e existência devido aos seus medos ou meros caprichos, algo que é permitido ae leitore compreender do ponto de vista de Persephone - todas as suas ações regidas por um medo profundo de perda - mas não do restante da família, para os quais é preciso estender uma compreensão e empatia muito maiores, atentar-se à cada gesto miúdo e entrelinha. E ainda que isso funcione à favor do texto e sua temática sobre formas de amar e aceitar que se é amado, sobre não se controlar tudo e todes ao redor para de ter exatamente o que se quer, é ao mesmo tempo frustrante e parece desmedido, Szabo se perdendo entre as demonstrações de comportamento afetuoso sutil e reflexos bestiais des Zarrins - a parte que deveria ser encantadora e terna, ainda que de forma anormal - e o comportamento de uma fria família rica, o que acaba prevalecendo grande parte do livro, este então sustentado por Eleanor, uma protagonista de profundidade tecida com esmero óbvio.

Ainda que peque nas minúcias dos laços de seus personagens, What Big Teeth tem sim sucesso em sua narrativa geral, entregando uma história sombria, mas fundamentalmente amorosa, sobre dor, amor, e sobretudo os monstros que surgem para tornar autenticar as partes mais importantes de cada ume.

[eu 100% podia entrar em detalhes sobre esse livro mas resenha não é lugar de destrinchar nada. Quem quiser falar comigo sobre, por favor!! chega aí]
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