Ana Júlia Coelho 12/08/2023Um clube secreto tradicional – que todo mundo conhece – tem como participantes o grupo de amigos de Jill. Originalmente com 8 integrantes, o grupo agora conta com apenas 6 porque, 3 anos antes, Shaila foi morta e Graham foi condenado pelo crime. Todo ano os jogadores mais velhos ficam responsáveis por ditar as regras para se unir ao grupo e recrutam os novos participantes. Dessa vez, os amigos de Jill são quem darão as cartas.
Apesar da dificuldade em passar nos desafios, fazer parte dos jogadores vale muito a pena. Os integrantes nunca mais tirarão notas baixas – já que eles reúnem todas as provas em um banco de dados exclusivo -, entrar em universidades depois da formatura fica facilitado pelo contato com ex-jogadores e as melhores festas são dadas pelo grupo.
Jill recebeu uma mensagem de Rachel, irmã de Graham, afirmando que o rapaz agora jura ser inocente. Jill fica meio abalada com esse novo desdobramento 3 anos depois do ocorrido, mas decide ajudar a descobrir se Graham foi condenado injustamente, contrariando a vontade de todos os outros jogadores e até do diretor da escola. Essa investigação colocará em xeque sua posição na mesa dos jogadores.
O tema é interessante, com todo esse esquema de clube secreto poderoso, um assassinato misterioso, mas a autora falhou MUITO na execução da narrativa. Fica bem clara a divisão da história em duas partes, mesmo que a autora não sinalize isso: no início ela foca em narrar como é a vida de um jogador e como foi entrar no clubinho, e depois ela lembra que a ideia dela é escrever um thriller e decide colocar a investigação, deixando de lado toooodas as explicações sobre o clube – sim, faltou equilíbrio.
Ela coloca MUITO flashback e também falhou nesse aspecto. É tanto flashback o tempo inteiro que, quando volta pro presente, o leitor já esqueceu o que tava rolando (e fica confuso quando entra e quando sai desses momentos). A investigação é bem superficial, com pouquíssimas provas, mas Jill e companhia conseguem descobrir o que realmente aconteceu. Desde o início fica na cara o culpado, então também não foi surpresa quando rolou o desfecho. Masssss, a história prendeu minha atenção, mesmo com capítulos tão longos e tantas falhas na narrativa.
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