O Sol Poente

O Sol Poente Osamu Dazai




Resenhas - O Sol Poente


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Ramiro.ag 20/08/2023

"De qualquer jeito, pode-se ter certeza de uma coisa: um homem tem que fingir para sobreviver"
"Não foi vergonha o que eu senti, mas o sentimento de que o mundo real era um organismo estranho, completamente diferente do mundo da minha imaginação"

O livro retrata a vida de uma família de aristocratas que, após a guerra, está em declínio, tendo que se adaptar inteiramente a um novo estilo de vida, e enfrentar desafios que, até então, não faziam parte de seu cotidiano.

A história gira entorno de Kazuko, uma mulher com cerca de trinta anos e divorciada, seu irmão Naoji, viciado em drogas e de personalidade sensível, e sua Mãe, que aos olhos de Kazuko, é uma verdadeira joia, a representação da bondade e pureza, e a última imagem da verdadeira aristocracia.

Ambos os irmãos dependem da figura materna para continuar vivendo em uma linha considerada moralmente aceitável, após a perca dela, ambos que já vinham sofrendo com as angústias de seu novo estilo de vida, se veem completamente perdidos no mundo, sem sentido para sua existência e cultivando um caráter autodestrutivo.

"Vazia. Oh, a vida é dolorosa demais, a realidade que confirma a crença universal de que seria melhor não ter nascido."

O desenvolvimento dos personagens é cuidadoso, mergulhando o leitor no íntimo deles e mostrando suas angustias e suas aflições. São figuras que, incapazes de encarar a realidade, se fecharam em mundos próprios, e quando, forçados a confrontar a condição, se viram incapazes e inertes.

É o segundo livro que leio do autor, eu particularmente gostei muito, e até achei bem parecido com "Declínio de um homem". É uma leitura um tanto pesada, carregada do início ao fim de melancolia e desesperança, mostrando a fragilidade do caráter humano.

"Essa foi a primeira vez em minha vida que eu me tornei ciente da existência da parede de desespero construída a partir das muitas coisas no mundo, diante das quais a força humana é inútil"
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Clara 28/10/2023

é o dazai, isso já fala por si só
O tom melancólico e pessimista dos livros dele sempre me agrada, mesmo essa edição tendo alguns erros de tradução, consegui aproveitar a leitura. espero que um dia toda a obra desse escritor seja traduzida para português
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Marcelo.Pedroni 08/04/2024

Tal como muita gente, li este livro após ler O declínio de um homem e é claro que comparações serão feitas.
Acredito que o estilo de escrita do autor é bastante evidenciado neste romance, assim como a temática. Ao que me parece, suas obras sempre rondam temas melancólicos, depressivos e as dificuldades da vida de personagens que não se adaptam facilmente às intempéries da vida.
Neste romance a trama discorre sobre a família da personagem principal, um pouco diferente do livro anterior, mas também vejo como elemento central, o declínio ou a decadência do(s) ser(es) humano(s).
Fica nítido que o autor sempre foca nos aspectos psicológicos que levam a traumas, dificuldades e que não vê soluções "positivas".
O tema suicídio sempre vem a tona, assim como sempre está presente, tal como o abuso de álcool, drogas e a pobreza devido à avareza.
Particularmente, acho a história em si bem contada, aprecio a forma da escrita, mas de fato é mais um livro que deixa um gosto amargo, deixa aquela sensação angustiante.
Leia se estiver bem, pois não é fácil.
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manda 09/06/2023

The setting sun
O conceito do livro é muito bonito e a construção dos personagens é feita de uma forma muito cuidadosa e detalhada, porém achei que nos ultimos 30% do livro acabou ficando arrastado demais e o final não foi tão bom
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manu.villa 08/09/2023

O sol poente
?Eu bebo por desespero. É muito difícil de lidar com a vida. A miséria, solidão, as dificuldades? são de quebrar o coração. Sempre que você puder escutar os sombrios sussurros de aflição das quatro paredes ao seu redor, você sabe que não há uma chance sequer da felicidade existir só para você. Que sentimentos você supõe que um homem tem quando ele percebe que ele nunca conhecerá felicidade ou glória na vida? Trabalho duro. Tudo o que sobra é comida para as bestas da fome. Existem muitas pessoas piedosas? É uma pose de novo??
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juliaarcheron 12/11/2023

"Amor. Isso e nada mais."
O Sol Poente é um livro que me deu muita angústia, do início ao fim. Se eu, como leitora, me senti dessa forma, imagine estar na pele da protagonista Kazuko. A Mãe estar doente (o que supostamente aconteceu por causa de uma maldição da Kazuko envolvendo uma cobra, logo ela se sente culpada), o irmão alcólatra desaparecido na guerra, a frustração por estar na casa dos 30 anos e não ser casada ou ter filhos, lidar com um amor proibido e impossível e estar passando por uma mudança repentina de estilo de vida/ condições financeiras. Eu gostei muito do livro, Osumo Dazai nunca decepciona no quesito escrita, envolvente demais. O livro mostra cada centímetro do coração da Kazuko, seus sentimentos mais ocultos e suas aflições. Uma personagem com muita profundidade.

"Não foi vergonha o que eu senti, mas o sentimento de que o mundo real era um organismo estranho completamente diferente do mundo da minha imaginação. Fui assaltada por uma sensação de desolação mais intensa do que qualquer outra que eu havia previamente conhecido, como se eu tivesse sido abandonada ao anoitecer num deserto outonal em que nenhuma resposta jamais viria, por mais que eu chamasse."
"Eu senti como se agora eu estivesse passando pela extrema miséria que está envolvida em estar viva."
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Mih Vicxin 09/06/2024

Dazai continua..
Bem o meu segundo livro do Dazai e bem eu amo como ele escrevia os livros dele de uma forma tão atual mesmo sendo de 1930 por ai, o que me impressiona(o que não deveria) é a forma sucinta,brutal mais sutil como ele relata e fala sobre suicídio não sei se foi algo bem aceito na época de lançamento mais nossa hoje em dia é algo que as pessoas citam democraticamente como um pecado ao de errado, mais sabe as pessoas tem seus limites...e isso o Dazai sempre expressa e isso é o que mais recomendo nos livros dele que apesar de toda a vida dele ser entorno da pauta suicídio ele sempre mostrou como a vida é totalmente importante e necessária para ser aproveitada prazerosamente, mais como temos direito de viver também temos o direito de morrer. Então realmente muito importante a leitura das obras do Dazai.
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Leticia2513 12/04/2024

Mas estou convencido de que morrer não é um pecado
Sou simplesmente fascinada pelo Osamu Dazai e pela escrita dele. Os livros são tão característicos, tão intimistas e nada otimistas. Esse livro é uma releitura, sinto que precisava reler novamente apesar de não ter lido há muito tempo, porque lembro de ler e sentir um conforto gigatesco. Meio irônico encontrar conforto em meio a tanta dor e tristeza né? A história trata principalmente da Kazuko, que depois de perder o posto de aristocrata após a morte do pai e durante a guerra, vê-se perdida mas não solitária. Ela tem a Mãe. A Mãe é basicamente retratada como a âncora da Kazuko e enquanto lemos sobre a morte da Mãe, sentimos aquela coisa de "Meu Deus, ela não vai sobreviver à dor do luto". Mas ela sobrevive (vou colocar como spoiler porque honestamente não sei se a morte da mãe dela é algo tão óbvio no início do livro). A Kazuko representa 80% das mulheres e seus dedos podres quando se apaixonada por um homem imoral, bêbado e sem escrúpulos, além de casado e com uma filha. Acho que esse é o tipo de livro que você tem que pensar muito nele depois de ler pra conseguir entender e decifrar alguns significados, mas acho que quase todos os clássicos são dessa forma, né? Ano passado favoritei, e no início fiquei me perguntando o por quê, mas quando li a carta do Naoji, entendi tudo. Recomendo muito essa leitura a todos, mas se você quer começar a ler clássicos através desse livro, talvez não seja uma boa escolha. De fato é um livro que precisa ser sentido invés de lido.
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Vini 01/10/2023

"Não importa o quanto as ondas na superfície do mar se revoltem; a água no fundo, longe de estar experimentando uma revolução, permanece imóvel, desperta, mas fingindo dormir."
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Machessl0 05/11/2023

Legalzinho
Não achei tão bom quanto o outro livro que li do autor (O declínio de um homem) mas a história aínda consegue ser boazinha. Dessa vez narrando o processo de decadência de uma família aristocrata no pós guerra, o livro trás personagens interessantes, mas acho que a forma como a história é contada (às vezes narração em primeira pessoa, às vezes por cartas) prejudica o ritmo, prejudicando assim sua qualidade.
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Mari 19/12/2023

Um dos motivos que gostei tanto de Dazai ao ler No Longer Human, foi porque mostra a melancolia do homem moderno e a desesperança. O Sol Poente lida da mesma forma, mas dessa vez mostrando que podemos lutar por nós mesmos e viver em nossas próprias condições.
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lele 10/06/2024

?Ano passado nada aconteceu
No ano anterior a ele nada aconteceu
E no ano antes desse nada aconteceu.?
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arissaaa 13/11/2023

Uma boa leitura
Uma aristocracia decadente tendo que se adequar a uma nova realidade. Meu primeiro contato com o autor e pretendo ler outras obras.
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