A tirania das moscas

A tirania das moscas Elaine Vilar Madruga




Resenhas - A tirania das moscas


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Elineuza.Crescencio 24/01/2023

Uma família disfuncional
Leituras de Janeiro 2023 - 10 – 10
Título: A Tirania das Moscas
Autor: Elaine Vilar Madruga
País: Cuba
Páginas: 224
Editora Instante – SP - 2022
Avaliação: 4/5
Término da leitura: 24/01/2023


Autora
Nasceu em Havana – Cuba no ano 1989.
É uma poetisa, escritora de ficção e dramaturga cubana cujo trabalho apareceu em várias revistas literárias e antologias em todo o mundo.
Ela é autora de mais de trinta livros, mais recentemente A Tirania das Moscas, publicado em 2022 inicialmente na Espanha e depois na Itália, Estados Unidos, Brasil e Rússia.

O livro
Recebeu o prêmio Cálamo como melhor livro do ano.
É uma história intrigante. Um país administrado pelo General Bigode. Uma família com um pai que é um militar, que sofre de gagueira, que serve incondicionalmente ao seu país e é “amigo” do General Bigode. Ao ser dispensado de suas funções passa a reger sua família como se sua casa fosse um país e sua esposa e filhos fossem os cidadãos. Uma mãe que após passar por um grande trauma familiar se casa com o militar sem amor e sem nenhuma vontade de ser mãe. Seus três filhos: Cassandra uma jovem entre seus quinze e dezesseis anos, Caleb uma jovem de catorze a quinze anos e a bebê Calia com três ou quatro anos. Todos os garotos possuem um talento único. A mais jovem desenha muito bem é a autora de desenhos que parecem se tornar reais como se fosse magia.
Difícil dizer se é uma Realidade fantástica ou Fantasia apenas. Só sei que é muito intrigante e ao mesmo tempo real dentro de uma família tão disfuncional.
Contém gatilhos de violência doméstica.


site: https://entremeadaselivros.blogspot.com/2023/01/2023-janeiro10-leitura-anual10-tirania.html
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Danilo546 21/04/2023

Nome: A tirania das moscas
Autora: Elaine Vilar Madruga
País de origem: Cuba/Espanha
Período de leitura: 17/04 a 21/04/2023

Comentário SEM SPOILERS: Repleto de tensões políticas e dramas familiares, o livro acompanha a vida de uma família num país latino-americano que vive uma ditadura. O país em questão não é identificado, mas podemos presumir que se trata de Cuba. O ditador em questão não é nomeado, mas podemos presumir também de quem se trata; no livro, ele é chamado de ?Vovô Bigode?. Além de todo esse cenário, o livro caminha pelas terras do realismo mágico, que dá uma cara caricata à obra, mas sem abusar. Muito pelo contrário: acho que a autora conseguiu escrever um livro interessantíssimo, que levanta questões importantes, e de um jeito lúdico e singular. Achei que valeu muito à pena e recomendo a leitura! Algumas passagens causam estranheza, mas enxergo isso como uma metáfora da estranheza que devemos sentir toda vez que nos deparamos com os abusos praticados pelo ser humano, ainda mais se esse ser humano está em alguma posição de poder. Livro muito bom! ??
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isa.fsgomes 11/09/2023

A tirania das moscas, Elaine Vilar Madruga (2022)
Essa é uma história sobre autoritarismo, em sua pior forma, pois vai além dos limites de um país e adentra o ambiente familiar.
A família em si é completamente disfuncional, nenhum dos integrantes se compreende e muito menos se respeita e cada personagem tem uma característica única e sempre muito estranha. Nada nesse livro é convencional e causa choque em vários momentos. Aborda temas sensíveis, desde violência física e psicológica à suicídio, entre outros. Um ambiente muito opressor, ainda mais atenuado pelo verão eterno e sufocante que é comum nesse país fictício e a presença constante e ousada das moscas.
Acho que o mais interessante do livro é ele navegar entre uma narrativa distópica ou fabular, com uma pitada de realismo mágico. A mudança de foco narrativo também deixa o livro bem dinâmico. Para quem gosta de humor macabro, sarcasmo, ironia e imagens bem gráficas, é um prato cheio.
Como sou uma simples leitora, não uma estudiosa da literatura, minhas resenhas são sempre baseadas na minha opinião pessoal ou sobre meus sentimentos durante a leitura. Não posso dizer que gostei. É sim, muito interessante, mas sinto que não entendi sua essência.
Percebo que a autora tenta fazer um paralelo entre a situação no país e no ambiente familiar, mas, se há metáforas, eu não as entendi. Em vários momentos, pensei: "Onde ela quer chegar com isso? Se é simbólico, o que quer dizer?"
Inclusive, deve ter um grande estudo de psicanálise por trás da criação desses personagens.

Não recomendo essa leitura a pessoas sensíveis, pode conter alguns gatilhos desagradáveis.
VK 99 11/09/2023minha estante
Caramba, já adicionei em Quero Ler


isa.fsgomes 11/09/2023minha estante
Legal, espero que goste! Vou ficar esperando sua resenha pra saber o que achou.




Jacqueline.Amadio 10/01/2024

Definir é matar
Peguei esse livro despretensiosamente no sebo e me surpreendi muito!!
É daqueles livros que a gente nem sabe falar sobre o que é. Se passa em um universo absurdo e ao mesmo tempo com muita dose de realidade crua e cruel. Além dos vários diálogos de verdades nua e crua.
Os personagens são três filhos: Cassandra que sente atração por objetos com cheiro de ferrugem, Caleb que possui o tato da morte e os animais vão até ele para partir em paz e Calia que tem apenas 3 anos e não fala porque não lhe é interessante, mas que faz desenhos perfeitos e realistas de animais.
A mãe é uma mulher que odeia os filhos e também é odiada. Tem um pavor por borboletas, que foi prenúncio de morte em sua vida.
O pai é um militar fracassado que depois de perder poder começa a ser ditador dentro de casa, algum país queria governar afinal.
A família não tem nenhuma relação entre si, ninguém se compreende e nem tenta.
A escrita é muito boa, tem um estilo bem dinâmico e diferente.
É uma história que não tem muito o que se falar, é mais uma experiência.
Como Cristina Morales diz na introdução (que é muito boa por sinal) citando García Calvo: "Desse texto tiramos a diferença entre sentir e saber, diferença que não podemos e não devemos especificar muito, pois definir é matar".
Ao ler eu fui sentindo a história e entendendo, pra mim ela faz todo sentido, mas não tenho interesse em explicar e significar as coisas, o sentir da história me basta.
Acho que esse livro é para se sentir e experienciar, sem ficar buscando muitos significados além do que apresenta. "Definir é matar".
É um livro potente e que merece ser revisitado, a cada leitura provavelmente vamos descobrir novos detalhes que as vezes passaram despercebidos.
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GiuLaganá 23/01/2024

Bom livro para as férias
A história da família de um militar que perde seu posto de braço direito de um ditador e que transforma sua casa em um pequeno país.
A filha que sente atração por objetos enferrujados, o filho que atraia animais para a morte e a caçula artista que desenha animais de forma realística.
A morte da mãe e a libertação da família.
Bom, tranquilo e legal para ler sem compromisso.
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lacklusterstarchild 04/03/2024

Cadáveres, mentiras e perverção: hoje em Casos de Família
Em capítulos curtos mas ágeis, a cubana Elaine Vilar Madruga transforma a dor de crianças isoladas no campo de batalha minado da família nuclear em um manifesto de resistência nada convencional. A obra é um testemunho aos horrores ditatorias, às fantasias adolescentes e a um realismo mágico sórdido, nojento em sua natureza mas difícil de afastar os olhos.

É uma leitura dinâmica, interessantíssima e por falta de melhor palavra: rara, como dizem os hispanófanos, ou esquisita mesmo. Se têm moral além de que a ditadura não presta, eu não identifiquei mas a pura ousadia da autora é aplaudível.
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Carol 23/03/2024

Impressões da Carol
Livro: A tirania das moscas {2021}
Autora: Elaine Vilar Madruga {Cuba, 1989-}
Tradução: Carla Fortino
Editora: Instante
224p.

É entusiasmante ler uma autora contemporânea com um domínio tão absoluto da escrita. Terminar a leitura, olhar pro teto e dizer fininho: "é isso, caras, literatura é isso!". Minha exata reação ao ler Elaine Vilar Madruga e sua fábula crítica aos autoritarismos - familiar e estatal - intercambiáveis entre si.

Papai, mamãe, Cassandra, Caleb e Cália. A família como símbolo da sociedade, um microssistema. Fonte de conflitos, geracionais e de gênero, repressões, interdições, berço das pequenas tiranias. Família disfuncional. Estado disfuncional. Tiranias.

Diz Cassandra, a adolescente quem conduz a história:

"Cada família é diferente e estranha à sua maneira, mas a nossa ganhou medalha de ouro na competição olímpica de disfuncionalidade.
(...)
Eu sou a primeira semente do mal. Isto é, a primogênita. Não quero confundir ninguém com minhas palavras. Começarei de novo. É difícil falar em primeira pessoa e contar a própria história." p. 21

Já as moscas, do título, são onipresentes nessa pequena ilha, quente e úmida, do Caribe - da qual sabemos bem pouco: ilha governada pelo General Bigode, na qual métodos insidiosos, de traição e espionagem, mantêm o povo dominado, alienado. As moscas estão por toda a parte, veem tudo, a todos molestam. Como o General Bigode.

O elemento fantástico surge nas características "estranhas" dos filhos: Cassandra, Caleb e Cália. Cália vive num mundo só seu, livre, a desenhar animais hiperrealistas, como se vivos fossem. Caleb, em quem os animais buscam encostar-se a fim de "se suicidarem", transformados em peças de um quebra-cabeça macabro. E, por fim, Cassandra. Cassandra que se rebela, que deseja sexualmente objetos. Cassandra que, com seu corpo, transgride qualquer valor familiar ou social.

Um romance sensacional, de uma jovem escritora cubana. Recomendo demais. Recomendo com força.

"Eles a convenceram: qualquer trauma pode ser superado com a ajuda da ciência. (...) Não há nada neste mundo que a lógica não possa explicar. Não há nada neste mundo que a palavra trauma não possa cobrir." p. 113
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rschuwenk 05/05/2024

A tirania das moscas
Realismo com pouca mágina, mais real do que os olhos podem ver. alguns até sentir. Passa um tempo. tudo se perde com o tempo.
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@livros_no_quintal 18/09/2023

Não esperava muito desse livro, mas por ele ser realismo mágico me chamou a atenção. Que surpresa incrível tive !! A narrativa é escrita com maestria, não possui grandes plots mas me prendeu até a última página.
Quem gostou de Cem anos de Solidão certamente gostará de A tirania das moscas.
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Debora 21/11/2023

Que alegorias bobas... credo.
Só consigo dizer uma coisa sobre este livro: famílias disfuncionais sim, mas este ultrapassou cada limite. Com um fim completamente inverossímil e mal conduzido.
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Jimsalabin 20/12/2023

Somos moscas disfuncionais
Que livro divertido
Pra quem gosta de humor ácido com crítica social é perfeito
Tem partes bem pesadas e macabras
Com violência, tortura, suicídio, opressão, etc
Mas escrita de uma forma cômica
Além de um realismo mágico maravilhoso
O que eu mas gostei é da bizarrice individual que cada integrante da família tem
A ótima construção do ódio entre cada um é muito real
Da de sentir como eles não se gostam e apenas se importam com a própria liberdade
Os dialogos com a mãe
Como eles se machucam com respostas como se fosse um jogo de xadrez
O autoritarismo explícito exemplificado pelo pai que tenta repetir a tirania do país com a sua família
O fluxo de consciência maravilhoso que apresenta como cada um pensa
Como as moscas representam o povo que luta pela liberdade ao ajudar os filhos

Com certeza uma das melhores leituras do ano
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Mayra270 24/12/2023

O livro fala sobre uma família louca, fode-pontes, mata-coelho e assassina eminente da armada borboleta, mas na vrdd estava mascarada de borboleta a mosca, oq chamou mais atenção foi as predileção da família, n gostei do livro.
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Dau 04/03/2024

Uma obra de arte
Esse livro é delicioso. Tem tudo que eu amo: eu lírico criança; história contada de forma não linear; capítulos, parágrafos e até frases curtas, que fazem a leitura fluir muito bem (li em uma semana).
Além de satirizar um governo autoritário, (que é a proposta principal do livro, e que se cumpre muito bem) também apresenta todo um drama familiar e narra de forma breve, mas nem por isso rasa, as relações marido-mulher, pais-filhos, irmão-irmã.
Durante toda a leitura tive a sensação de que foi escrito sob encomenda pra mim, pq achei literalmente perfeito.
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