O herdeiro de Redclyffe

O herdeiro de Redclyffe Charlotte M. Yonge




Resenhas - O herdeiro de Redclyffe


9 encontrados | exibindo 1 a 9


Claire Scorzi 24/04/2023

" Não terei vivido em vão"
"Não terei vivido em vão".
O Herdeiro de Redclyffe foi publicado pela primeira vez em 1853, e foi o grande sucesso da romancista inglesa Charlotte Mary Yonge. Foi responsável por estabelecer um modelo de bondade que é atraente e não insípida ou chata. Um feito notável.
Guy Morville, o herói, representa não só a bondade, porém ainda o esforço para vencer e assim dominar as próprias fraquezas; numa época como a nossa de tanta autoindulgencia isso também merece elogios.
Mas, será o mérito de O Herdeiro de Redclyffe simplesmente uma questão moral? Não. Bons romances não são feitos de boas intenções; isto é tarefa da filosofia moral ou da religião, e não da literatura. Apenas, a uma boa história, personagens verossimeis, ritmo que vai num crescendo, acuidade psicológica e uma bem vinda capacidade de observar detalhes ( inclusive em relacionamentos entre homens e mulheres, coisa de que a celibatária Yonge sabia muito pouco) junta se ainda isto: uma visão moral a que não falta humor e alegria. Yonge não pontua sua verdade com sermões ou cara sisuda, haja vista personagens como Charles ( maravilhoso) e Charlotte. A fé cristã da autora é perceptível contudo não há pregação e nem cegueira, ao contrário, é também sobre o autoengano e a presunção de virtude e infalibilidade que o romance trata. E de seus trágicos resultados.
Existe perdão? Com certeza. Mas tudo o que fazemos tem consequências, e algumas delas são irreversíveis.
Também é sobre uma linda vida que não é desperdiçada. Como escreveu Emily Dickinson no seu poema, trata se de não ter vivido em vão.
Isabella.Lazarin 18/07/2023minha estante
Onde eu consigo esse livro em português ?


Claire Scorzi 19/07/2023minha estante
Pelo Clube de leitores Pedrazul. Tem que ser membro. São livros exclusivos de clássicos inéditos ou esgotados no Brasil.


Cris Paiva 09/08/2023minha estante
Estou lendo Anne Hereford, e a mocinha cita o livro algumas vezes. Já fiquei animada pra ler!




ramiromat 18/02/2023

Muito cuidado com o que a gente deseja. Principalmente, motivados pela persuasão e pela inveja.
Que história para chorar. Nossa. Guy Morville é o herdeiro de Redclyffe e, ao passar um tempo com a família de seu tutor (após a morte do avô), ele conhece o desprezo, junto com as insinuações de que não é bom o suficiente, e que tem a mente ruim, de seu primo Philip. E ali se desenrola as maquinações que resultam só em sofrimentos, para todos os envolvidos.
Que ódio. Que raiva tive do Philip. Até agora, depois de tudo, não consigo esquecer do que ele foi capaz de fazer. E sim, a gente pressente o que vai acontecer com o momento da febre. Tentava não chegar nessa parte da história. Mas cheguei e sofri junto. E só o bem ficou.
E no final veio a lição: tudo o que queremos com afinco, e que operamos de forma justa, vêm de uma forma ou de outra. Mas aquilo que conquistamos através de meios errados, traz junto as consequências.
Recomendo muito.
Jessica.Ferreira 22/03/2023minha estante
Terminei esse livro a uns dois dias e até agora não me recuperei.


Natty 08/04/2023minha estante
Eitaaaaa começei a leitura, mas parei pq achei enfadonha nas primeiras páginas. Mas,depois do que falou tô chocada.


Gisela.Bortoloso 16/07/2023minha estante
Sua resenha resume tudo que senti. Como a Natty, achei uma leitura enfadonha nas primeiras páginas e depois achei sensacional! Os personagens foram muito bem construídos, não é uma leitura de um personagem só, amei principalmente o Charles. Chorei até ficar desidratada e como a Jessica, demorei a me recuperar.




Jessica.Ferreira 22/03/2023

Livro cativante
Esse foi um livro que me agradou bastante durante a leitura. Ao longo da leitura não senti aquela ânsia por concluir o livro rapidamente mas ao mesmo tempo sentia sempre vontade de pegar o livro para ler, de forma que pude apreciar ainda mais a obra. As coisas vão acontecendo aos poucos e muitas surpresas vão acontecer na vida do personagem principal.
O livro, um drama familiar, gira em torno da rivalidade entre dois primos: um, herdeiro de grande fortuna e sempre buscando aprender e melhorar como pessoa, o outro bastante senhor de si e orgulhoso, porém pobre. O último sempre criando obstáculos na vida do primeiro.
Essa foi uma leitura maravilhosa, muito enriquecedora, pois foi um livro que me tirou da zona de conforto e por não saber muito sobre ele me surpreendeu bastante. Sem dúvidas a autora merece mais reconhecimento.
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Souza.Barbosa 13/05/2024

Perdão.
Demorei para concluir esse livro,não por conta da história mais atividades diversas que me impediram de concluir antes.

O Livro no início é um pouquinho cansativo, mas a partir do 3 capítulo já se tem o desenrolar dessa história de crescimento dos personagens e de caráter duvidosos.
Charles para mim é o melhor, mesmo no início do livro sendo rude e mal vemos um ser humano perspicaz que enxerga de fato as intenções dos outros com ele e ao redor...viu que Guy era diferente e o amava enquanto outro...
Lágrimas sim muitas lágrimas ao sentir o luto de outra pessoa
Chorei
Recomendo se vc quer aprender a perdoar ou se acha que sempre é certo esse livro serve pra vc ampliar suas ideias
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Taisgreg 24/05/2023

Espetacular.
Os sentimentos que esse livro passa são indescritíveis. Você sente a alegria, a tristeza e os anseios dos personagens. Extremamente descritivo, mas sem ser cansativo.
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Lohan Pedro 25/09/2023

Fake News do Século Passado
? O Herdeiro de Redclyffe, de Charlotte M. Yonge ?

É preciso registrar que este foi meu primeiro contato com a autora.

O livro é tão bom que até os capítulos que são maiores não me irritaram com a leitura. Até porque é tanto disse me disse neste livro que a leitora fica perdida... Mas nem tanto.

Eu digo não ficar tão perdida, pois a autora deixa bem claro quem devemos odiar. "Rsrs". No livro há uma grande revira volta, porém não tão bom suficiente para que eu mude de opinião sobre determinados personagens. Inclusive acho que ela se perde com a personagem Amy. Durante a leitura vocês entenderão... Mas não se preocupem, não é nada que estraga a história.

Longe de ser um gossip girl de época, pois não tem tanta fofoca, mas sim A FOFOCA que consegue segurar nossa leitura do começo ao fim.

Deixo registrado que não gostei do final e tão pouco da forma que ele foi retratado. Mas não e desagradável, porém, longe de bom também.

Não é difícil falar do livro e seu enredo... A história é sobre um órfão herdeiro e sua relação com a sociedade, vida, construção enquanto ser humano e "família". Tudo isso adocicado com uma bendita "FAKE NEWS" que balança o livro do começo ao fim.

Para quem não gostou do final eu até que estou hablando bem. Vocês sabiam que o melhor personagem na obra se chamar Charlie? Quem concorda, respira. Quem não concorda vá ler o livro.

? O que você vai encontrar nesse livro??

? Temática de pessoa com deficiência, entendam nas entre linhas;

? Fake news, fofocas e achismos;

? Até que ponto o arrependimento pode chegar? (indagação)

É notório presença da influência de religião na escrita da autora. Talvez para quem seja muito religioso algumas coisas se encaixam... Outras eu fiquei perdido.

#classicos #oherdeiroderedclyffe #clubedeleitores #livros #booklover #books #pedrazuleditora
Claire Scorzi 26/09/2023minha estante
Acredito que entendi o que a autora quis dizer, a razão das escolhas que fez na trama e desfecho. Isso não significa que eu tenha ficado feliz com o final.




tiadodudu 25/03/2024

Pessoas que são estrelas cadentes
Às vezes, somos premiados pela breve presença de uma pessoa com a capacidade rara de iluminar nossa vida e nos trazer alguma forma de inspiração ou aprendizado.
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_bbrcam 02/08/2023

COMECEI NA PAZ E TERMINEI EM CHORO E LÁGRIMAS
Eu não estava esperando NADA no início desse livro! Inclusive, demorei uns bons capítulos para me apegar. Na metade para o final, não descansei até descobrir os desdobramentos e, ao fim, fui totalmente envolvida nessa história! É triste? SIM! Me dá MUITA raiva? SIM! Tive que me segurar para não querer esganar "certos" personagens? SIM! Mas é humano e traz diversas reflexões sobre nossos preconceitos e arrogância. Foi isso.
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Tuca 05/10/2023

Meu jugo é suave e meu fardo é leve” (Mateus 11:30)
Dois primos. Uma herança. Inveja e perseguição, orgulho e perdão. Essa é uma jornada do destino conectado de dois homens e do que cada um plantou e colheu em suas vidas.

“- Quero que todos leiam, cada pedaço – disse Mr. Edmonstone – , para que possam ver como é de fato o grande herói que vocês criaram!” (pg. 330)

Sir Guy Morville era o herdeiro de uma grande propriedade chamada Redclyffe. Seu primo, a quem todos admiravam, o capitão Phillip Morville, era um exemplo para toda a família, e até mesmo para Guy, e era também o herdeiro do herdeiro. Muitos anos, achando que o pequeno Guy, raquítico e de saúde precária, não vingaria, Phillip cresceu acreditando que Redclyffe seria sua, mas a prosperidade de Guy tirou de Phillip tudo com o qual ele sonhara. E pior, tudo o que ele achava que deveria ser seu passou a pertencer a alguém que o capitão não considerava digno. Quando os dois primos são obrigados a conviver e o brilho de Guy começa a ofuscar Phillip é que a batalha entre poderosos sentimentos e perigosas ações se inicia.

Uma coisa que eu acho sensacional é como Charlotte constrói e desconstrói gradativamente a personalidade desses dois antagonistas na história. Quando eu comecei o livro eu já sabia que Phillip seria considerado vilão, enquanto Sir Guy seria o mocinho pela sinopse. Mas no início eu me perguntava o que fazia de um o vilão e do outro o herói? Pois ambos tinham características e sentimentos muito humanos. Em Guy era possível ver um adolescente comum, vulnerável e órfão, cheio de dúvidas em relação a tudo, principalmente tendo sido criado muito isolado em sua propriedade, e com muita disposição para cada vez mais se tornar uma pessoa melhor mesmo com seus problemas de temperamento e sua falta de etiqueta. E em Phillip tínhamos um jovem orgulhoso e pedante, e o qual a maioria dos seus problemas estavam relacionados a sua pobreza. Não uma pobreza no sentido de miserabilidade, mas uma que o impossibilitava de se casar e de sustentar a mulher que ele amava, de estudar o que sonhava, e que o obrigara a ingressar em uma carreira que ele não queria.

Phillip era bastante inteligente, e ele gostava de exercer sua inteligência manipulando aqueles ao seu redor. Perceber que o que ele pensava exercia influência nos primos, nos tios e nos amigos era para ele não só um combustível para sua soberba, mas o único exercício de poder que lhe era permitido. Mas ele podia ter usado esse poder para o bem, e optou para usá-lo como uma arma para uma inveja que ele não conseguia nem perceber que o habitava, principalmente porque seu orgulho fora bastante alimentado. Assim, a construção do vilão e a construção do herói é feita com parcimônia, tal qual a inveja e a ambição, que crescem quando são alimentadas. Mas a bondade, o perdão e o desejo de fazer o certo também precisam do seu próprio combustível. É como a antiga fábula dos Cherokee acerca dos dois lobos. Dentro de cada ser humano existe um lobo do bem e um do mal, e o que vence é sempre aquele que escolhemos alimentar.

É muito interessante ver como Phillip e Guy agem de formas diametralmente opostas quando colocados em situações idênticas. E quando chegamos ao ponto da virada, que é a dispersão de uma fake News é que ocorre o firmamento do caráter dos dois personagens e que realmente conseguimos enxergar o vilão e o herói, porém ambos ainda bastante humanos e com desenvolvimentos coerentes. É quando conseguimos ver com muita clareza os lobos que eles escolheram alimentar. Sir Guy traz em si uma força e uma fé que o faz florescer na adversidade. Ele pega sua dor e transforma em gentileza. Ele alimenta o lobo do bem e isso o traz paz e uma inteligência que Phillip não era capaz ainda de compreender.
Amy é uma personagem que merece ser destacada, assim como seu irmão Charles. Ambos passam por um lindo processo de evolução quando são tocados pela personalidade e pelo amadurecimento de Guy. À medida que ele cresce, ele consegue aflorar o melhor das pessoas, e consegue também alimentar o lobo bom de cada uma delas. Acho que Amy e Charles são a maior herança de Guy. O enredo de “O herdeiro de Redclyffe” é uma grande imitação da vida: repleto de dor e de amor, de culpa, de arrependimento, e de perdão, de tristezas e de alegrias. É lindo, emocional e trágico. Eu gostaria que a autora tivesse conseguido passar a mesma mensagem com um outro desfecho, mas não sei se isso seria possível. Só sei que “O herdeiro de Redclyffe” é um romance memorável.


site: IG: https://www.instagram.com/tracinhadelivros/
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