Salvar o fogo

Salvar o fogo Itamar Vieira Junior




Resenhas - Salvar o Fogo


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Beta 16/06/2024

Vale a pena
A escrita de Itamar é uma delícia, porém em alguns momentos desse livro achei um pouco lento e arrastado.
Alguns outros pontos são bem lúdicos então estou tendo que pensar bastante para chegar a uma conclusão.

O livro conta a história de uma família que mora em uma zona agrícola e pobre e acompanha o cenário de miséria e provações deles.
O livro reveza entre a perspectiva de 3 personagens da família:

Luzia: uma das irmãs que possui uma deficiência física que a torna motivo de discriminação e piadas, atribuem a ela também poderes sobrenaturais malignos? todo esse cenário de provações faz com que ela lide com a vida e os acontecimentos de maneira amarga e triste
Moisés, ou o ?menino?- o mais novo membro da família, nascido de um parto narrado na introdução, que tem em tem uma realidade de muita escassez.
Mariazinha: a primeira das irmãs que deixou a cidade e vicie uma vida de miséria e violência doméstica?.

O livro é bonito, poético e muito triste, mas um pouco pior do que Torto Arado, o que frustrou um pouco minhas expectativas.
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Dulcinea2 16/06/2024

"Que o rio cuidasse de sua cria"
Em Salvar o Fogo, Itamar Vieira Junior, volta a contar a história de um local, agora o Recôncavo Baiano, através de uma família. Aqui, uma narrativa de várias vozes, acompanhamos a história de Luzia, uma jovem que é perseguida numa comunidade que desenvolveu ao redor do mosteiro onde Luzia trabalha como lavadeira. Ali ela vive com o irmão Mundinho, que ela cria com extrema rigidez e seu pai, um alcoólotra.

A partir da trama acima, Vieira vai mesclado problemas da terra, o controle da religião, a violência contra os povos através de uma estrutura que não os permite ascender.

Mas enquanto em Torto Arado, a narrativa parecia fresca, aqui o autor vai usando do mesmo processo de narrativa e falando de assuntos muito parecidos, o que torna a obra, às vezes, um requento da anterior.

Aqui estamos focados numa comunidade que tem fortes influências da cultura indígena e africana, mas com a presença da igreja católica e como ela controla essa comunidade. Nesse assunto, Itamar consegue desenvolver novas e boas ideias.

Além disso, a personagem Luzia é muito bem construída, através da violência do seu passado e do seu presente, trabalhando pela família, mas vendo os irmãos partir para melhores destinos, enquanto ela fica só nessa comunidade que a menospreza por ser diferente.

Não tem o frescor de Torto Arado, mas é um romance bem construído, e que vale a pena ser lido.
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Rafael.Prearo 13/06/2024

Segundo livro do Itamar e a escrita dele me prende bem. Em todo momento imaginei a família da minha avó materna que são nordestinos, com varios irmãos com os quais não tem mais contato. Difícil imaginar como isso era comum. E a Igreja, como sempre explorando, sendo preconceituosa e acobertando.
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@aloeliane 11/06/2024

Só leia. Sem pensar.
Mulher/passaro, rio de sangue, mentiras e verdades. A vida na Tapera nunca foi para poucas emoções e a vida é dura e rasgada.
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Bia 11/06/2024

Salvar o fogo
Itamar Vieira Junior fez de novo: um futuro clássico com toda a certeza do mundo. Confesso que teve alguns momentos meio confusos por causa da passagem do tempo e dos flashbacks que eu demorava um pouco pra entender que eram passagens de tempo/flashbacks. Mas a história como um todo é muito boa
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Maicon.Desordi 10/06/2024

Eu esperava mais.
Após terminar a leitura de "Salvar o Fogo", não pude evitar compará-lo ao trabalho anterior do autor, ?Torto Arado", que me cativou completamente.

Enquanto "Torto Arado" me impressionou com uma narrativa envolvente e personagens memoráveis, "Salvar o Fogo" se mostrou uma leitura densa, prolongada com alguns enredos que considerei desnecessários e pouco cativantes. A experiência, para mim, foi algumas vezes cansativa e menos fluida do que eu esperava.

A introdução de Maria Cabocla, uma personagem de "Torto Arado", foi uma escolha genial e incrível. Essa conexão entre as obras é um ponto alto e oferece uma continuidade interessante para quem, como eu, se apaixonou pela história anterior.

Luzia é uma personagem que me marcou profundamente. ?A feiticeira, a menina que tem parte com o Mal, a mocinha maltratada pela Tapera era a lavadeira dos padres e cuidava das roupas brancas da casa de Deus.? Luzia é complexa e intrigante.

Na relação entre Luzia e Moisés eu esperava mais, esperava por um mínimo acerto de contas entre eles. Infelizmente, o passado permaneceu na história, sem um desfecho satisfatório sobre esses personagens.

É um excelente livro, mas eu esperava mais.
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EduardaCGP 09/06/2024

Laços familiares
Talvez eu tenha iniciado o livro com muita expectativa, pensando em como Torto Arado mexeu comigo e virou, sem dúvidas, um dos meus preferidos.
?Salvar o Fogo? foi uma leitura relativamente rápida, gostei das divisões a partir do olhar de cada personagem, mas senti falta da profundidade em alguns temas, achei até algumas tratativas superficiais, mas sem perder a genialidade da escrita.
Os capítulos trazendo as memórias de Maria Cabocla foram de uma sensibilidade tocante.
Os laços familiares costurados nessa narrativa são de uma força e complexidade muito fortes.
Itamar já é um dos maiores que temos!
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Gabriel.SabiAo 09/06/2024

Eu já sabia que ia chorar por ter lido Torto Arado, mas não contente em me fazer chorar de tristeza e alegria, Itamar agora também me introduz o choro de raiva.
Eu consigo entender claramente as motivações pra cada decisão dos personagens, e ainda querer ver eles terem finais trágicos por suas ações..
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Barbara857 09/06/2024

Em Salvar o Fogo, Itamar se mantém em um cenário similar ao de Torto Arado, retratando a vida de famílias descendentes de escravizados cultivando uma terra que não é deles, onde são explorados e lutam para obter o sustento.
No livro, é retratada a história de Luzia e sua família, seus pais, irmãos e irmãs, e seu filho. São abordados temas como a fome, a exploração do trabalho análogo à escravidão, e a conivência da igreja católica normalizando este contexto em prol da ganância de alguns. Aqui também é abordado o tema da pedofilia e estupro.
Na narrativa, focada principalmente em Luzia, a história de sua família é contada, sua luta para sobreviver com poucos recursos e praticamente nenhum suporte. Além desse contexto, ela sofre ataques da comunidade local por seus supostos "poderes" en relação ao fogo, além de sua deformidade física nas costas.

O livro é muito sensível e tocante, nos faz enxergar pontos de vista que, quando distantes da nossa realidade e contexto, nem nos passam pela cabeça. Esse é um dos livros que exemplifica muito bem o porquê eu amo ler e o quanto isso me ensina e me enriquece como pessoa.

As 4 estrelas ficam por conta de que na última parte, e especialmente mais para o final, fiquei com a sensação de que as coisas se bagunçaram um pouco e o desfecho foi um pouco vago.

"Na teia do esquecimento, a memória se faz de doses iguais de verdade e imaginação".

Maria Cabocla "Mariinha" ao optar por não compartilhar com Luzia o sofrimento que passou com a violência do marido ao longo da vida:
"Quando se nasce em meio à miséria, não se deve alimentar o desespero de sua gente com mais histórias de desgraças."
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iasmin 05/06/2024

Genial! itamar segue pra mim como um dos maiores autores da literatura contemporânea brasileira, trazendo temáticas abordadas de um ponto de vista único
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Ju.ninho 04/06/2024

Itamar se tornou meu autor brasileiro (vivo) favorito
?Salvar o fogo? é lindo, cru e sensível. O autor traz dessa vez a história dos afro-indígenas, uma cultura apagada e consumida.
E de novo uma personagem feminina forte. Esse autor sabe bem como construir personalidades poderosas e sofridas. Uma história de tirar o fôlego e te fazer pensar no passado do nosso país, chorar por uma relação entre mãe e filho e mostrar o punho de uma igreja que abusa de um vilarejo.
De uma certa forma ?ainda escravidão? assim como em ?Torto arado?. A terra não é deles, não podem construir casas duráveis, suas covas também não são suas.. já que quando outro morre é preciso desenterrar os ossos dos outros e jogar em uma vala.
Mesmo assim Luzia luta pela sua Tapera e para viver nela.


Luzia do Paraguaçu é forte. É coragem, e não teme mais a morte. Ela é fogo que consome.
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Indria 04/06/2024

Luzia
Mais uma obra prima, assim como Torto Arado, esse autor consegue prender a atenção do leitor desde a primeira pág.
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_ijaqline 03/06/2024

"o fogo só existe livre."
Tanta coisa pra ser dita e nada que eu consiga transcrever em palavras. Itamar escreveu (mais uma vez) uma obra incrível e valiosa, mais um clássico para a nossa literatura.
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Dafne.Campos 02/06/2024

Maravilhoso!
O livro conta a história de indígenas que teve suas terras e sua cultura explorados pela igreja, a história é pesada pois traz racismo, pobreza extrema, a luta por uma vida melhor, preconceito, fome, abuso sexual, marginalização e como acontece a perca da cultura de povos originários.
Itamar mais uma vez trouxe poesia e realidade em sua escrita, leitura ótima.
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Danielle 31/05/2024

Lírico, duro, atual
Mais duro que Torto Arado, mas tão fantástico quanto. Itamar retrata de forma profunda e dura a vida do povo do sertão, colonizado, as amarguras e durezas da vida. Para mim os livros os Itamar são uma mistura de sentimentos, algumas vezes uma prosa mais lírica e suave, outras dura e atual. Quem meu Torto arado Alves ache mais confuso, mas é um livro igualmente bom
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