Marcella.Pimenta 05/04/2024
Se Deus não é visto como Criador, a sexualidade vira ídolo
Num mundo em que a sigla do "lgb" tem cada vez mais letras, criança de 12 anos tendo relação sexual com o namorado não espanta e homem barbado de vestido exige ser chamado de "ela", dizer que a sexualidade (ou o sexo) virou uma obsessão e uma deturpação é o mínimo. E a alemã Gabriele Kuby traz um resumo histórico, político e cultural de como chegamos aqui.
Primeiro, revela as influências vindas de diferentes áreas por personagens como Margaret Sanger (eugenia), Sigmund Freud (psicologia), John Money (teoria de gênero) e Simone de Beauvoir (feminismo).
Depois, fala das alterações no campo político, desde a proteção da família na Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948 até a relativização do casamento, a nível mundial e nas legislações nacionais, para excluir a definição de "união entre homem e mulher".
Grande parte do livro trata dessas mudanças vindas de cima: da ONU, da União Europeia (como é alemã, Kuby aborda bastante essa região) e de organizações (financiadas por grandes corporações) como a famosa Planned Parenthood, que atua fortemente na promoção de abortos e na doutrinação sexual. Os princípios de Yogyakarta são um capítulo à parte.
A autora também expõe os males da pornografia e como a atual "agenda de gênero" promove a normalização da pedofilia (há organização que recomendam a "liberdade sexual" para crianças). Inclusive, hoje isso já não é tão velado, já que vemos uma defesa aberta dos MAP ("minor attracted person" ou pessoa atraída por menores").
Na introdução, Kuby informa que é católica, e esse posicionamento permeia todo o livro, principalmente no final. A ideia do homem como ser livre, da mulher e do homem como iguais em dignidade é, essencialmente, cristã. Aqueles que veem o cristianismo como aprisionador se esquecem de que "Deus nos fez à sua imagem e semelhança" e com livre arbítrio (até para escolher o mal).
A revolução sexual não é libertadora, não é verdadeira, não é benéfica. É uma revolta do homem contra a criação, contra a natureza, contra si mesmo.