A Última Luz de Loreena

A Última Luz de Loreena Henggo




Resenhas - A Última Luz de Loreena


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Amanda.Riselli 04/10/2023

Sobre A Última Luz de Loreena
#4ªDeContos

De todos os contos que já li até hoje, talvez esse seja o que mais me fez refletir sobre até onde a irracionalidade e imbecilidade humana pode chegar. Uma guerra, por exemplo, é um cenário marcante para a confirmação de que não há limites quando se trata dessa estupidez!

A trama retrata a situação atual da cidade de Loreena que, há quase cento e cinquenta dias, se pinta de cinzas e fuligem, após uma explosão da usina nuclear que, segundo os boatos apontavam Gargara (uma cidade que sempre julgou Loreena como inimiga) como a grande causadora de tudo aquilo. A gente se comove, chora e se revolta pela situação dos sobreviventes e dos ?noturnos? (aqueles contaminados pela radiação). E através das memórias de duas crianças, também podemos visualizar como a vida ali era feliz e pacífica antes dessa guerra começar.

É uma leitura emocionante e comovente, que te faz questionar o tempo inteiro sobre o quanto a inocência das crianças podem ser afetadas (já que são obrigadas a amadurecerem precocemente diante do horror) e se a esperança é capaz de sobreviver em meio às cinzas do caos e da destruição. Sobre a importância de se manter o amor pulsando forte junto ao coração (mesmo que as circunstâncias estejam aí para nos testar a todo momento), de não rotular o bem e o mal e de se enxergar os dois lados (ou quantos tiverem) de uma guerra, pois (quase sempre) o que te dizem não é exatamente verdade, o que de fato aconteceu. Há outras versões da história (essas sim, reais) muito bem escondidas para que os que querem continuar vistos como heróis permaneçam em seus pedestais e sejam aplaudidos.

Vou deixar alguns trechinhos abaixo para que vocês também possam refletir sobre isso e queiram ler esse conto que, apesar de ficcional, traz tanto da nossa realidade?

O fogo é um abraço que queima até a última gota de inocência.

Brincar de guerra é algo peculiar. Os idealizadores do jogo, ricos e poderosos, participam de longe, escondidos em seus bunkers, fazem ligações para posicionar os jogadores, apertam botões para lançar mísseis e depois voltam aos seus afazeres comuns. Mas quem mais participa, quem mais sofre e perde à cada jogada, não são os mestres e nem os peões, e sim o público ao redor do tabuleiro.

O instinto cega qualquer civilidade. E a violência abre um sorriso quando a civilidade fecha os olhos.

A guerra transforma crianças em adultos, joga sobre elas um lençol de maturidade pesado demais para seus corpos. Transfere para os pequenos os fardos dos erros das pessoas grandes, exige decisões e atitudes impossíveis até para o mais sensato dos adultos.

A guerra mata a todos, mas a primeira vítima é a inocência.

Somos todos humanos e isso, por mais óbvio que pareça, é ignorado por aqueles que difundem falsas verdades? Nomes, religiões, crenças, poder, dinheiro, mentiras, tudo se esvai. O que fica é a chance de fazer diferente. De seguir o próprio coração. De fazer história.

É difícil nadar para longe de certos confortos trazidos pelas mentiras ditas a nós. A mentira conforta, cria bolhas, é aconchegante; cria um inimigo sobre o qual podemos vomitar todas as nossas raivas, todas as nossas frustrações. Lidar com a verdade é indigesto porque exige enfrentar a maré.
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Vivaz0 13/02/2024

Por quanto tempo a luz brilha?
O livro é um conto que retrata os horrores da guerra entre duas nações outrora irmãs. Para ser honesta, não consegui me conectar direito. O livro não é ruim, a leitura flui bastante, porém creio que a ideia não funciona tão bem como conto por conta das características do gênero literário em si.
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Thiago Souza 18/04/2024

Uma flor em meio ao deserto
Esse livro em formato de conto é uma distopia interessante que retrata os horrores da guerra entre Loreena e Gargara dois países que já foram unificados e como essa guerra a corda arrebenta pro lado mais fraco: os civis.
A experiência em si foi muito interessante mas teve alguns pontos que me incomodaram, primeiro: alguns erros ortográficos que afetaram a experiência. Segundo: o final que não é tão amarrado, deixando algumas pontas soltas, acho que sairia melhor se fosse um pouco mais longo. Por fim, deixo um trecho que sintetiza a mensagem deste livro:
" Brincar de guerra é algo peculiar. Os idealizadores do jogo. Ricos e poderosos, participam de longe escondidos em seus bunkers, fazem ligações para posicionar os jogadores, apertam botões para lançar mísseis e depois voltam para seus afazeres comuns. Mas quem mais participa, quem mais sofre e perde a cada jogada, não são os mestres e nem os peões, e sim o público ao redor do tabuleiro."
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