Justiça como Arte

Justiça como Arte Paulo Ricardo Schier...




Resenhas - Justiça como Arte


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Paulo Silas 02/07/2023

Fruto dos trabalhos desenvolvidos em disciplinas do Programa de Pós-Graduação em Direito da UNIBRASIL nas quais foram estudadas diferentes teorias sobre a justiça, a obra reúne vários artigos produzidos nesse âmbito que possuem como base a relação entre as teorias abordadas nas matérias e obras ficcionais que incluem literatura, cinema e séries. Em que pese os trabalhos partam sempre do mesmo ponto, a obra é bastante plural ao considerar o universo da ficção que é abrangido pelos tantos autores que contribuem para a formação desse trabalho conjunto.

Como já pontuado, os trabalhos presentes no livro abordam diferentes e diversas obras da ficção, presumindo-se que os autores tiveram bastante (e bem aproveitada) liberdade nesse sentido. O filme "Gattaca", a série "Round 6", o seriado "Chicago P.D.", o livro "O Conto da Aia" e várias outras ficções são utilizadas de alguma forma e em diferentes níveis comparativos nos 14 capítulos que compõem "Justiça como Arte: teorias da justiça e a ficção", cujo título bem enuncia o seu conteúdo, tratando-se de mais uma abordagem concreta que evidencia possibilidades tantas de se aproximar o âmbito jurídico das artes em geral.

Por mais que a obra explore a contento relações aproximadas entre o direito e a arte (deixando, porém, salvo uma ou outra exceção, de trabalhar com o aspecto metodológico de forma suficiente), o fato de o referencial de base ser o mesmo em todos os trabalhos acaba tornando a leitura árdua e cansativa. Não que os artigos individualmente assim o sejam (por mais que há alguns - poucos - que podem tranquilamente ser considerados fracos ou mal escritos), mas o conjunto da obra faz com que se tenha muita repetição (explanação sobre teorias da justiça em autores como John Stuart Mill, John Rawls, Amartya Sen e alguns poucos outros - e justamente por serem apenas abordagens sintéticas sobre as principais ideias de cada um desses autores, não há nada de novo quando se compara qualquer capítulo com qualquer outro nesse sentido) e as novidades fiquem por conta apenas da obra ficcional que é trazido como exemplo comparativo. De todo modo, é uma obra regular no todo e boa se considerados de formas isoladas a maioria dos seus capítulos e que chama a atenção pela proposta realizada, a qual efetivamente entrega ao leitor.
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