Anny50 30/06/2023
É impossível ser a melhor sempre
É impossível ser a melhor sempre e Carrie Soto estava prestes a descobrir isso, quando uma tenista mais nova ameaçou bater o seu recorde, então ela decide voltar às quadras e mostrar que ainda era a maior jogadora de todos os tempos.
Gostei do livro, me interessei por causa dos temas, tênis & obsessão; porém acabei sendo conquistada pelos personagens também, Carrie é sincera e não esconde sua vontade de ganhar sempre, não faz de suas adversárias amigas e nem finge ser humilde quando sabe que é a melhor, não por sorte, mas por dedicação e talento. A imprensa é cruel, principalmente para as mulheres e o esporte devora seus próprios jogadores, o mundo é ainda mais competitivo nesse ramo. Os personagens secundários são incríveis e o romance é tão sutil que não incomoda, na verdade, ele se aproxima muito de alguma coisa real, sem floreio e frases bregas, ponto bastante positivo para mim.
Achei terrível como as personagens femininas são tratadas pela mídia, até quando voce conquista o respeito, voce não recebe isso, sempre estão encontrando formas de diminui-las e mesmo quando voce é a tenista mais foda da história, ainda vem um homem e te fala isso não é nada, que o tênis masculino sim é o que importa, patético e triste, muito difícil encontrar quem valoriza seu sucesso, esforço e talento, ou mesmo aceita essa verdade sem que isso machuque seu ego.
Torci muito pela Carrie, fiquei tensa nos jogos, ansiosa para descobrir o que ia acontecer, por qual caminho a autora decidiria seguir, a experiência foi muito boa, não fui decepcionada e tem boas reflexões no decorrer do livro, recomendo. A Carrie amadurece muito durante a história, fiquei impressionada, as partes sobre o tênis não são chatas, foi bom aprender sobre o tema e as referências sutis sobre os outros livros foram ótimas, quando citou Daisy Jones aaaaaaaaa, enfim, bom fim de era para Taylor Jenkins Reid.