Quarto aberto

Quarto aberto Tobias Carvalho




Resenhas - Quarto aberto


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luizbrbs 23/10/2023

Precisei de uns dias pra pensar um pouco mais sobre esse livro. Confesso que estava querendo algo que me levasse para longe, o que não aconteceu aqui.
Todos os acontecimentos, sem exceção, são de uma familiaridade muito próxima da minha vivência e de amigos. O que me incomodou bastante no começo, mas que no decorrer da leitura, acabei me deixando levar sabendo que haveriam similaridades com minha vida e de tantas gays, o que acabou fazendo eu me aproximar de todos os personagens, entender todos eles, querer saber mais sobre a vida deles e fechar o livro com o coração quentinho.
Ótima leitura. Gostei muito da escrita do Tobias.
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Carla Maria 11/06/2024

Definitivamente não é meu tipo de leitura
Ato de extremo arrependimento. De onde eu imaginei que essa ideia de ler esse livro, poderia dar em algo bom? Isso define exatamente o tamanho do torpor em que meus neorônios se encontravam. Não fez o menor sentido essa escolha. Mas tudo bem, não deu certo para mim, mas para alguns rapazes, com certeza.
Primeiramente, fazia MUITO tempo, aliás, nem sei se ao menos já aconteceu alguma vez, mas eu senti extremo nojo do personagem principal, o tal do Artur. Que pessoa sem noção, totalmente desprovido de empatia.
Segundo, o livro aborda com maestria a realidade do universo gay, totalmente promiscuo e inconsequente. Me senti incomodada em vários momentos. Mas consegui vencer a ideia de abandonar a leitura.
Terceiro, apesar dos pesares, cheguei até o fim, louca para ver o tal do Artur levando um chute na bunda do namorado Caíque. Mas será que isso aconteceu? Se você é uma das pessoas que se enquadram nesse tipo de leitura, corra para ler, porque você com certeza irá curtir.
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andersonvbranco 11/10/2023

Um romance sobre a complexidade das relações homoafetivas na era da não-monogamia
Comecei a leitura com um pé atrás. Li 'As Coisas' do mesmo autor há algum tempo e senti falta de conhecer mais os personagens, me apegar a eles e entender suas motivações, tinha receio de aqui acontecer a mesma coisa, mas não foi assim.

Em 'Quarto Aberto' Tobias Carvalho explora a relação de dois casais que acabam se entrelaçando. Em meio a isso muitas questões e reflexões surgem e me peguei totalmente fisgado pela história de Artur, Caíque, Eric e Antônio de forma que não pude largar o livro até finalizá-lo. Outra coisa que contribuiu para isso foi a narrativa fluída, limpa e direta, às vezes até ríspida do autor, que funciona muito bem com essa história.

Me senti na pele de Artur enquanto ele enfrentava as consequências de suas ações e torci para que encontrassem alguma forma de ficarem bem. Recomendo! :)
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Mari Guerra 18/02/2024

Esse livro tem uma questão ambígua. Ao mesmo tempo em que as descrições das cenas de sexo foram feitas de forma muito adulta e sem pudor, outras partes do livro tinham uma narrativa muito amadora. Alguns trechos do livro poderiam ter sido cortados por não acrescentarem nada, eram recursos narrativos de quem não tem muita experiência. Eu inclusive achei que era um romance de estreia. Como aquela parte da apresentação como Karma em que ela fala sobre política, foi uma pincelada estranha, era texto do Caíque, mas nada daquilo entrou na história. Antônio também era um personagem estranho, quase caricato, com uma forçada de barra na questão política.
O tema e a premissa são muito bons, pena que foi mal executado.
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Delduque.Avelino 14/08/2023

Necessário!
Tobias cria uma história praticamente verídica, sobre a não monogamia nas relações, cada vez mais líquidas e efêmeras. O livro não levanta a bandeira de certo ou errado, apenas ilustra, dois casais gays com relacionamentos abertos, nessa quadrilha de todo mundo se pega, até os sentimentos serem postos a prova. Muito bem escrito e reflexivo.
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leooc 12/09/2023

Belo
Após ter terminar ‘Quarto Branco’ me deparei com um vazio e um preenchimento instantâneo. Há muito tempo não me deparava com uma obra tão bela e verdadeiramente cruel. Com bastante semelhanças às obras de Proust, Tobias vai criando aqui personagens humanos e que nos faz desenvolver empatia por suas dores e anseios.
Desde o tema até a ambientação da história, tudo nos envolve de uma forma direta e apaixonante. É como se o tesão presente nos personages nos envolvesse, tal qual o imediatismo do prazer que eles buscam, nos deixando excitado e querendo pertencer aquela dinâmica tão confusa. Um voyeurismo ora vulgar ora delicado.
O texto é um recorte do ser humano em busca do amor, do prazer, do pertencimento e de um sentido à existência. E conforme vamos avançando a leitura, assim como na vida, ficamos à mercê do que pode ser o resultado da escolha de cada um, afinal, o que nos resta é o êxtase da viagem e o anseio pelo o que está por vir, mesmo sabendo que “A vida nem sempre é como a gente quer. Quando tu vê -“
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Gabriel1679 15/12/2023

Acho que minha questão com esse livro é que, apesar da temática ser ótima e inclusive achei que se aprofunda bem, o protagonista é um chato e insosso, inclusive é como ele mesmo se descreve sobre a cara de 🤬 #$%!& dele pra tudo

fica difícil inclusive acreditar que ele é drag
no fim, gostei muito mais do namorado do protagonista do que dele mesmo
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Augusto Stürmer Caye 20/09/2023

Como sempre, mais um livro maravilhoso de Tobias Carvalho. Primeiro romance propriamente dito, ele remonta ao assunto de sua primeira obra, o livro de contos As Coisas: as relações gays de Porto Alegre.

Nós vemos o desenrolar de dois relacionamentos não monogâmicos entre quatro jovens, com as ansiedades e medos decorrentes dos sentimentos que vão sendo construídos entre eles. Tobias traz em sua obra tanto a efemeridade quanto a força que estas relações possuem, e as põe em debate; afinal, os relacionamentos abertos são tão válidos quanto, o que pode vir a acabar com a relação é onde está centralizado todo o seu ethos. Será apenas sexo?

Um ótimo livro, sempre é delicioso ler sobre a comunidade LGBT de Porto Alegre. Tobias, mais uma vez, nos trouxe voz.
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FellipeFFCardoso 20/10/2023

Trama simples, repleta de lugares-comuns, personagens construídos sem profundidade, cenas e imagens batidas e estereotipadas. É um passatempo razoável, quase em tom de fofoca ou conversa de bar, sem qualquer pretensão. Não traça perfil temporal ou geracional, não debate as complexidades e os desafios relacionais, apresenta conflitos de forma sem qualquer visão crítica (e não estou falando de julgamentos de valor, claro). É uma leitura rápida, que não fará falta a ninguém se não a encarar.
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Pedro3906 03/12/2023

Como é que se transa com um papo tão ruim?
"Quarto Aberto" é uma daquelas experiências sugeridas quando se é consumidor ativo de literatura contemporânea ou de algum podcast entusiasta ? e justamente num desses, sabe-se lá quem divulgou o lançamento, que porventura observei num dia anterior. Tentando escapar da literatura visceral embarquei nele, imaginando a abordagem dos relacionamentos abertos, dos protagonistas em jogo de adoração e feridas e firulas e tudo que se há direito no mundo da ficção. Pois bem.

Se me perguntassem o enredo, ficaria logo desnorteado e ao mesmo tempo seco. São sucessivos acontecimentos e viagens e discussões e conversas e não sei bem quê. O narrador, Artur, sofre de problemas diagnosticáveis nos perdidos, desconhece algum destino, vaga na poça d'água dos dias, absorto do mundo, absorto das sensações ou da ocupação plena do corpo ? e quanto a isso dou-lhe colher de chá, também eu sofro vicioso de igual ciclo. Mas é por aí. Junte traumas, perdas e narrações supérfluas da vida com geolocalização no sul do país, piadas vez ou outra, a monotonia incessante e pimba, saiu o livro. Empolga tanto quanto parece.

São duzentas e quarenta e oito páginas em trinta e cinco capítulos, tamanho normal, tranquilo a uma leitura, que agarra e se arrasta por horas e horas com destaque ao início e desenvolvimento. Muitas vezes tive a impressão de que nada acontecia, porque de fato nada acontece. No máximo gente se comendo e isso não me assusta mais, nem desperta graça. Os parágrafos amontoam descrições vãs (por escolha artística será?), de linhas de ônibus, do clássico sol ofuscante com sua luz divina cegando e afins, de sensações explicadas. Eu me inclino a pensar que certas sensações, ainda que passíveis de tradução ao linguajar dos homens, permanecem dignas e íntimas no próprio mistério interior, quando a palavra deixa de ser o suficiente na transfiguração da vida. Aqui não sinto isso, sinto uma obrigação violenta de encher, de mastigar. Talvez eu esteja duramente enganado, talvez eu ignorei com a cabeça ruim que estou a grandíssima agressão por trás da cortina que a narração crua, da boca do protagonista cru ele em retrospecto, gera aos ânimos. Se assim for, que assim seja, joguei a toalha aos entendimentos da literatura.

Que vício é esse com rios?

Metade do ocorrido, se cortado, despertaria um alívio, uma alegria por parte do leitor, já que é trivial.

Vale a pena ler esta história? Vale a pena aguardar 70% do livro pra que um fisgar de esplendor acenda na cabeça, ou prometa explicações, ou então cultive êxtase nos leitores? Há maneiras delicadas e complexas de abordar esse tema, maneiras descontraídas e naturais que demais autores contemporâneos fizeram. Queria eu me esmagar nas entrelinhas e nas palavras do Tobias. Pra não dizer que tudo é ruim, a monotonia é tão agoniante que instiga o espírito parado para se libertar, para pensar. Se alguém mais jovem ou recém-nascido na temática ler e absorver pontos positivos, fico feliz. Eu não consegui absorver nada, quem sabe se por inocência, quem sabe se por estrangeirismo.

Ponderei durante toda a leitura em qual selo da Companhia das Letras "Quarto Aberto" deveria estar. O principal me ofende, o selo Seguinte é insuficiente e para outros meios. O livro é tão perdido que não cabe em lugar algum, alusão terrível aos relacionamentos nele retratados.

Eu dei uma olhada em Visão Noturna porque a escrita do autor me instigou (ouvi falar deste outro trabalho muito antes), e segue lógica parecida. Não sei se isso é bom ou ruim.

Estou com medo da futilidade.
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Mayky 06/03/2024

Uma bomba!
Fraquíssimo, com a a profundidade de uma poça d'água, personagens chatos e sem carisma, uma encheção de linguiça sem fim. Além de tudo, a questão da não-monogamia foi tratada de forma estereotipada e vazia, tudo é sexo sexo sexo. Só li dois livros desse autor, mas já percebi que os livros dele são sobre nada; nada acontece, nenhuma profundidade, nada de interessante. É um monte de gente chata de classe média conversando e transando. Uma versão gay de Sally Rooney.
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Karen580 09/02/2024

Julguei pela capa, e a capa é melhor que o livro
Juro, me decepcionei. tô há quase um ano com vontade de ler pq parecia ótimo, uma premissa com super potencial. mas achei tão fraco :( um personagem principal que termina do jeito que começou, parece que a história não deu em nada, nem causou tanta reflexão de tão rasos e rápidos os acontecimentos do livro.

de lindo é só a capa ?
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leobalarin 31/08/2023

Que livro incrível!
O livro vai mergulhando profundamente no tema de relações não monogâmicas, a vivência de personagens gays que precisam lidar com o desejo de serem livres e ao mesmo tempo lidar com conflitos que estão ligados diretamente a essa liberdade e tudo isso de uma forma sincera, forte e explícita, nos levando pra dentro da história.
Conhecemos Artur que trabalha em uma livraria e se apresenta como drag queen e vive com seu namorado Caíque, até Eric, que foi uma pessoa do seu passado surge e bagunça tudo que até então parecia estar em ordem, pois Eric vive um relacionamento com Antônio e isso virá a tona de uma forma que Artur não espera.
Recomendo demais, primeiro livro que leio do Tobias Carvalho e sem dúvidas pretendo ler mais sobre o que ele escreve.
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leo 03/01/2024

Um oceano com profundidade de meio palmo. uma orquestra silenciosa, de barulho inaudível , ininterrupta no ócio. ?cool? e ?ok.
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Lucas 09/05/2024

Relações complexas e diálogo
Eu peguei esse livro com muitas expectativas pois a sinopse me atraia muito e havia muitas comparações com Sally Rooney (autora que eu amo). Eu posso dizer que não me decepcionei.

Acho que o ponto principal desse livro é discutir as relações e suas imperfeições - problemas de comunicação, pequenas chateações do dia a dia, ciúme, insatisfações. O livro desmistifica a relação perfeita e destaca a importância do diálogo ao nos mostrar as consequências de não tê-lo.

É uma história em que o foco é o desenvolvimento das relações, como as pessoas se entrelaçam, atitudes que são tomadas e as consequências que surgem com isso. Eu percebo que são personagens extremamente reais, que fazem m**da e tomam decisões que você não entende e se irrita, mas que vê pessoas na sua vida fazendo a mesma coisa com certa frequência e talvez até já tenha feito algo parecido.

Senti que alguns personagens ficaram em um campo superficial e isso poderia ter sido melhor trabalhado. O protagonista parece bem blasé com tudo, algo que me incomoda profundamente e pode ser difícil de se identificar, mas existem pessoas assim na vida real né?!

A leitura é bem fluida e dinâmica, eu particularmente fiquei muito envolvido na história e em alguns momentos era difícil parar de ler, apesar de ter tido diversos incômodos devido a atitudes dos personagens.

De modo geral, eu gostei bastante do livro e se você gosta de Sally Rooney é muito provável que você vai curtir esse aqui.
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