Posta-Restante

Posta-Restante Mark Cardoso




Resenhas - Posta-Restante


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@retratodaleitora 02/08/2023

Excelente!
Nessa última semana tive o imenso prazer de ler a obra Posta-Restante, um livro que aborda os recantos mais íntimos e curiosos da existência com suas crônicas, cartas, diários e contos. Que maravilha foi descobrir esse livro do @heymark e sair da leitura sentindo que somos melhores amigos.

Acompanhar os textos que formam esse livro foi muito especial. Em Posta-Restante o autor abre as portas da clínica de psicanálise e narra algumas conversas com sua terapeuta. Conversas essas que renderam muitos diálogos espirituosos e impactantes. Achei isso muito corajoso e importante para conhecer mais a fundo a personalidade do autor em sua forma mais intimista.

O livro é uma delícia de se ler! Os textos são muito curtos e extremamente envolventes, além de reflexivos e muito bem escritos. Saí da leitura muitíssimo satisfeita com o que encontrei aqui. Tanta coisa real, tantos assuntos importantes sendo debatidos.

É vida real, é poesia e é literatura brasileira em sua melhor forma. Recomendo para todos!

site: @retratodaleitora
Mark.Cardoso 02/08/2023minha estante
Fico muito feliz que você tenha tido essa experiência com o livro, Gaby. Obrigado por compartilhar ela comigo e com demais leitores




Marianne Freire 04/09/2023

Entre diários, crônicas, cartas e contos ficcionais de posta-restante

A escrita de Mark Cardoso tem o labor da palavra no tempo cronológico de análise na clínica de sua terapeuta. O autor escreve pequenas pílulas de sua experiência como paciente, desta vez não atendendo como profissional, mas elaborando, transferido e sintomatizando as mensagens,seus códigos, suas camadas de mensagens de sentidos que clareiam a sua escrita literária, com um nivelamento sensível de tom poético, estrutura, técnica, narrativa, composição de um estado da arte das mensagens psicanalíticas.

A escrita de Mark Cardoso é marcada pelo seu cosmopolitismo entre Brasília, Barcelona e Salvador, colhendo histórias e mensagens.

Desde as cartas imaginárias aos encontros afetivos, Mark constróe uma planície de significados para o seu Posta restante.

Em diários, sua analista diz uma coisa sensível e doce: sua criança seguramente amada vai lhe conduzir a lugares antes visitados só pela imaginação.

?A analista faz com que eu me indague? o que me lembrou Lya Luft em Perdas e Ganhos, onde ela pede ao leitor: ?me ajude a indagar?.

?Chega uma hora em que as histórias contadas aqui passam a ser só veículo. A gente para de ouvir as histórias contadas aqui para ouvir apenas o inconsciente falando? o que é lindo, generoso e poético: elaborar o insconsciente na análise.

Todo mundo pode fazer análise. Seja em Brasília, Barcelona e Salvador, façam análise.

Como é bom sentar no divã da literatura terapêutica de Mark Cardoso.

#literaturabrasileira #literaturanacional
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FellipeFFCardoso 15/08/2023

Ler o livro do Mark me colocou num lugar curioso: criança, enquanto visitava a casa de um familiar, vagando sozinho pelo quintal a descobrir coisas. Eu adorava fazer isso. O silêncio da investigação, a antecipação da descoberta, o medo de ser indagado sobre o que estava fazendo ali. Por que esse foi o lugar ao qual o livro me levou? Porque vasculhar páginas e páginas de palavras íntimas me deu, por alguns dias, a sensação de poder desvendar o mistério. Enquanto me embrenhava, fui percebendo duas coisas essenciais: a primeira é que o sentimento exploratório não desaparece. À medida que o lemos, não é raro perceber-nos olhando detrás das palavras para ver o que há por ali e, havendo, o que da novidade nos atravessará. Já a segunda é a dicotomia de quem busca: uma hora se encontra maravilhas, noutra não se encontra absolutamente nada. Gerenciar o contentamento e a frustração torna-se, assim, sinônimo da experiência da vida, em busca do gozo, do desejo, algo que pode-se dizer ser o grande epíteto do autor ao nos limitar o acesso ao subtexto, especialmente aos momentos romanescos que geraram tantas sessões e, claro, palavras. Senti, por isso, falta de poder projetar-me e buscar a catarse naqueles momentos negados, porque ao leitor o livro se dá como uma espécie de divã, mas isso diz muito mais sobre mim/leitor do que sobre Mark/autor. Recuperando o título bonito inspirado por uma música de Chico, o livro está ali disposto para que alguém o recupere e o reclame como seu. Por alguns momentos, ele foi meu (até que eu me vi criança e, claro, fui ser gauche eu mesmo na minha terapia, em busca de explicações sobre meu eu, meu eu mesmo e a potência que a literatura me dá). No geral, como se entregue a um canto sirênico, mas redivivo, o livro é um grande incômodo - isso é um baita elogio.
Mark.Cardoso 15/08/2023minha estante
Uau.
U-au.

Que mergulho preciso e atencioso. E que belas palavras para relatar, apos o retorno à superfície.

Muito obrigado




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