michele-biblioteca 07/10/2023
Leitura agradável.
O historiador francês Ralph Schor reuniu nessa obra escritores, artistas, colecionadores de arte, livreiros, fotógrafos, entre outros, para honrar alguns dos nomes mais influentes daquela famosa Paris do entreguerras, explorando a conjuntura política, social e cultural francesa - e em menor proporção a norte-americana - do período. Além dos óbvios Hemingway, Fitzgerald, Eliot, Miller, Joyce e Stein, o autor também dá espaço para Peggy Guggenheim, Natalie Barnes, John dos Passos e outros nomes menos populares, mas igualmente influentes; iluminando a história da chamada Geração Perdida, ou seja, os escritores americanos em Paris nas décadas de 20 e 30. Para essa geração de intelectuais, fugir da cultura materialista, puritana e intolerante dos Estados Unidos era essencial e, em Paris, encontraram a liberdade que queriam. E é nesse ambiente de liberdade que o autor nos insere, nos aproximando de alguns dos maiores artistas da história. Trata-se de um leitura interessante, rápida e agradável, mas sem grandes surpresas para quem está familiarizado com todos esses autores. Um dos grandes presentes do livro encontra-se no final, em um encantador "resumo biográfico", no qual Schor sintetiza a vida e a obra de alguns dos principais nomes citados no livro.